Em pauta!

quarta-feira, janeiro 28, 2015

Volta ao Passado - Fofura sem fim em Tsubasa Chronicle...

"Gao! Beam!!!". Eis a frase do Kurogane na imagem acima.
E o Kurogane ganhou um visual extremamente malvado (e dócil) ao mesmo tempo...

Tsubasa Chronicle foi um anime bastante promissor que, dentro daquilo que se esperava, entregou tudo que se fazia possível ao longo de seus cinquenta e dois episódios. A obra foi exibida entre abril'2005 e novembro'2006, contou com três capítulos em OVA (Tokyo Revelations), mais dois em OAD (Tsubasa Shunraiki) e um filme (Genkijouban Tsubasa Kuronikuru: Torikago no Kuni no Himegimi). Por mais que tenha sendo divida no fandom entre insatisfações e congratulações, o anime em si acabou realizando um bom papel, conseguindo trabalhar diversos de seus temas originais ao explorar o vasto universo que se fazia cercá-lo.

Contudo, o episódio que será aqui tratado é deveras interessante, justamente no sentido de sua aparente calma ter resultado em um bom impacto (dentro daquilo que se define por diversão). De fato, o entretenimento mais do que absoluto se fez presente no trigésimo sétimo capítulo deste anime em pauta. E tudo isto por que o conhecido grupo de viajantes (Syaoran, Sakura, Kurogane e Fye) acabaram apartando em um mundo, no mínimo, curioso. Um ambiente nada hostil e mal, mas sim cercado de muita beleza e fofura para todos os lados.

Tendo como título "Mokona é um artista", este episódio foi ao ar no segundo cour do anime, em 2006. Enquanto os quatro viajantes interplanetários estavam juntos na forma mais caricata e meiga possível, o simpático ser branco e saltitante se encontrava em um sala, aparentemente de uma mansão, na qual se deparou com uma das penas da Sakura e uma estranha garota. Esta jovem por sinal era uma adoradora convicta na fina arte de criar histórias, sentir-se livre para imaginar novos universos, e o objeto de busca do citado grupo lhe conferia poderes excepcionais para tanto.



 Do encontro ao Mokona surpreso, passando pelo Kurogane sendo
devorado e o mundo com os seus dias contados...

A jovem artista disse ao Mokona que, para salvar seus amigos e trazê-los novamente ao mundo real, seria necessário criar um enredo no qual eles pudessem sair daquele estado caricato. Contudo, não podia ser escrito/desenhado "qualquer coisa", pois o simpático ser teria de executar a ação com o mais sincero sentimento por eles, que residia em seu coração. Um projeto ambicioso, em tese, que acabou levando o "senhor puu" a se perder inicialmente com aquilo que via e tentava criar em cima.

Por sorte, a moça que o observava concordou com um pedido feito pelo próprio Mokona e ele pôde, então, criar uma nova estória do zero com os seus valiosos amigos. Aquele universo acabou sendo apagado e o novo enredo se desenvolveu na Terra conhecida pelo simpático mascote. Para cada viajante um papel digno e diretamente ligado ao seu contexto. O Kurogane era um professor na escola. A Sakura (e vários outros personagens que já haviam aparecido na série até então) era uma aluna dele. O Fye era um dos instrutores da instituição. E o Syaoran era um aluno transferido.

Todo o enredo, segundo a mente do Mokona, se passava no dia em que o rapaz chegava àquela escola, como um estudante transferido. Ele foi se sentar ao lado da Sakura e ela, gentilmente, se apresentou ao recém-chegado (embora tinha se recordado dele). Por sua vez, o Syaoran disse à ela que não havia a necessidade de se apresentar, pois nele haviam muitas recordações de quando ambos brincavam juntos quando crianças, com o adendo de um certo e rico sentimento sempre ter estado ao lado desta dupla.



 Agora, o Kurogane é professor. Syaoran e Sakura são dois jovens apaixonados
que se encontram depois de um bom tempo. E o Fye... Bom...

O Mokona havia pensado em tudo. Ele criou um mundo (ambientado na Terra) no qual o Syaoran não iria se sentir sozinho com relação à Sakura, dando-lhes a oportunidade de se entenderem e ficarem juntos. Outorgou ao Kurogane a responsabilidade de sábio e mestre, muito disto graças à sua seriedade constante. E colocou o Fye como aquele personagem que sabe quebrar um clima nítido, e que também consegue ser muito atrapalhado. O mascote saltitante também se colocou em tal universo, de uma maneira extremamente adorável, como um tipo de robô que salvaria o mundo de uma terrível profecia (a qual o Fye foi o grande culpado em tê-la concretizado).

Contudo, o Kurogane acabou sendo um grande ícone neste episódio em questão, pois ele foi o alvo da citada profecia e acabou se transformando em um "perigoso" e "horrendo" monstro, similar ao Godzilla na essência (poderia ser ele o "Kuroganezilla") e dono de um poderoso golpe, batizado unicamente como "beam" (raio em inglês). Somado ao seu assustador "Gao" (servindo de fala única e bem chamativa) ele estava destruindo a cidade, até que ele acabou encontrando o seu fim, graças a uma certa ação ter sido realizada por um apaixonado casal levando, assim, ao encerramento da profecia e a salvação do quarteto de viajantes, de volta para a sua realidade.

Um episódio carismático, cômico e (como se pode esbravejar) muito fofo. Tsubasa Chronicle saiu por um momento de seu contexto mais linear e resolveu dar uma pausa na profundidade do seu enredo, apresentando um capítulo de relaxamento e digno de suaves suspiros risonhos ao ser assistido. A arte simplória, caricata em formato super-deformed (o conceituado SD) ajudou muito na premissa, trazendo para si a grande responsabilidade na ação deferida. Mesmo já tendo passados quase nove anos desde a sua exibição original, este episódio é digno de grande e irrefutável recordação.

E um viva para o Mokona...

Momentos...


"Estas eram as ruínas... Extremamente fofas, não?"




"Alguém fez o que não devia e o resultado final foi..."


"Gao! Beam!!!"


"Um beijo poderia salvar o mundo... Mas algo não ocorreu bem assim..."


"Puuu!!!"


"Kurogane, como dragão, sendo derrotado pelo Mokona metálico gigante..."


"Para voltar à realidade, então que seja sugado pelo Mokona metálico!"

Tsubasa Chronicle - Episódio #37
"Mokona é um artista!"

Até a próxima!

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Carlírio Neto
Carlírio Neto, um fã de animação e cultura japonesa desde os anos noventa. Dramas são a especialidade pessoal. O personagem Wataru, de Sister Princess, representa bem a personalidade de minha humilde pessoa.

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