Em pauta!

sábado, agosto 15, 2015

Volta ao Passado - Bucky, a Grande Criança!

O logo da obra.
Saudosismo à toda prova...

O início dos anos 2000 reservou grandes surpresas para os fãs de animes no Brasil. Mais precisamente por intermédio da Rede Bandeirantes de Televisão, que já no final de 1999 havia começado à investir nas obras nipônicas. Em tal época, Pokémon reinava absoluto na Rede Record. A Rede Globo mostrava a sua força com Digimon, que buscava nitidamente competir com os Pocket Monsters. Por sua vez, o SBT aparecia em alguns momentos com reprises de uma parte da saga inicial de Dragon Ball e também com o título Street Fighter II Victory.

Para alguns, estava instaurada uma guerra entre as emissoras nacionais, na tangente dos animes. De certa forma, tal afirmativa não estava incorreta, até porque um ano depois algumas das emissoras citadas acima iriam trazer ainda mais obras vindas do Japão, satisfazendo a gama de fãs brasileiros (inclusive os canais pagos, contando até com divisões exclusivas para tanto). Mas a Bandeirantes, em 1999, resolveu emplacar com a exibição de Dragon Ball Z (sagas dos Saiyajins e do Freeza) e conquistou uma multidão de telespectadores.

Com a repercussão de tal conquista, no ano seguinte a dita emissora criou um programa exclusivo na sua grade, destinado à exibição de desenhos (cartoons e animes). Nascia o Band Kids que, sob a tutela da apresentadora Kira, esbanjava alegria ao longo das tardes de segunda à sexta. E com tal bloco, outros animes passaram à serem exibidos. As aventuras de Son Goku e companhia eram o carro chefe, mas isto não minimizou a boa recepção que as outras obras acabaram tendo. Entre elas estava Jibaku-kun, mais conhecido no Brasil como Bucky.

Bucky em sala de aula. Entediado...
A história por detrás deste anime estava rodeada por um universo inerte a um grande problema, pois algo de errado estava acontecendo em um lugar chamado Torre Pontiaguda, sendo que da lá saíam as normativas do mundo e muitos de seus grandes heróis. Desconsiderando esta premissa, em uma escola normal estava um jovem chamado Bucky, cuja ambição estava em governar todo o mundo e transformar cada um de seus habitantes em seus escravos particulares. Uma prerrogativa aparentemente comum, mas que tinha o poder de cativar em boa medida.

Fazendo valer de seu grande desejo em vida, o rapaz costumava desmerecer as doutrinas daquele mundo, estando entre elas a concepção da Grande Criança (heróis que defendiam, cada um, uma das doze regiões daquele mundo, ao lado de pequenos e poderosos espíritos). A mente do Bucky começou a mudar de pouco em pouco, principalmente após ter conhecido acidentalmente a Grande Criança do Primeiro Mundo, que se chamava Spaak. Este herói se sentiu, de alguma maneira, cativado pela coragem e ambição do protagonista deste anime, ao ponto de nomeá-lo como o seu sucessor.

Independentemente do Bucky ter questionado tal ação por parte do Spaak, a verdade é que ele teria de, deste ponto em diante, cuidar da paz e da ordem do Primeiro Mundo, incluindo no repertório enfrentar perigosos seres denominados como Monstros Encrenqueiros. Estas criaturas não costumavam ser tão perigosas antes, mas com os problemas que têm ocorrido na Torre Pontiaguda, tais seres acabaram ganhando mais força e, com isso, ameaçando severamente a paz e a ordem no mundo conhecido.

Quando o Espírito ataca...
O primeiro episódio de Jibaku-kun centralizou-se justamente neste arquétipo de enredo. Apresentou o conceito de mundo daquele anime, mostrou quais eram as potencialidades do protagonista, os desafios que estavam à espera dele e, sobretudo, que alguém estaria à partir dali em seu pronto encalço. Este anime foi exibido originalmente na temporada de outubro'1999 no Japão, encerrando-se em março'2000 e totalizando vinte e seis episódios. Importante notar que, pouco tempo após a sua transmissão original, o anime desembarcou com força em terras brasileiras.

O estúdio responsável por esta animação foi o Trans Arts, sendo exibido na conceituada emissora TV Tokyo. A adaptação provém do mangá shounen de mesmo nome, cuja publicação (entre 1998 e 2000) contou com um total de seis volumes. Deve-se ressaltar que o anime de Jibaku-kun não teve grande aceitação dentre os nipônicos, mas os bons resultados obtidos no Brasil acabaram valendo despertar, na época, a chamada para as investidas que diversas emissoras acabaram fazendo com vários outros títulos.

Bucky, de uma maneira ou de outra, deixou a sua marca. O anime fez valer muitas das tardes deste humilde blogueiro, que se recorda com alegria de tal época. Com o advento da internet e da transmissão de animes por streaming (oficial e não-oficialmente) torna-se cada vez mais difícil imaginar o retorno destas obras para a televisão mas, sem a menor sombra de dúvidas, merece o relato ficar aqui bem registrado.

Vai, Jibak!


"Spaak, a Grande Criança do Primeiro Mundo..."


"Um encontro inusitado..."


Jibaku-kun (Bucky)
Episódio #1 - "Sou Bucky! Sonho em governar o mundo!"


"Grandes aventuras no aguardo desta dupla..."

Até a próxima!

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Carlírio Neto
Carlírio Neto, um fã de animação e cultura japonesa desde os anos noventa. Dramas são a especialidade pessoal. O personagem Wataru, de Sister Princess, representa bem a personalidade de minha humilde pessoa.

4 comentários:

  1. Eu gosto bastante de Bucky , ele tem um apegada de rpg bem maior que pokemon , como cada região tem criaturas próprias , gostava de Bucky , apesar que na época eu estudava de tarde , só assisti nos feriados .

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    Respostas
    1. Saudações


      Bucky é um anime que soube deixar a sua marca.
      Aliás, os bichinhos de cor rosa foram os verdadeiros mascotes desta obra, de alguma forma...


      Até mais!

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    2. é uma obra prima, procurei algo na internet e não achei nada, não existe especial ou até mesmo uma readaptação do anime?

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    3. Saudações

      Não, nobre.
      Nada disto que perguntastes existe acerca do anime de Bucky.

      Até mais!

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