Em pauta!

terça-feira, dezembro 20, 2016

[N! 10 Anos] Fatos e citações em uma década de muita história


É chegado o momento do sexto post especial
pela campanha #netoin10anos que, agora, te fará um 
majestoso convite a bordo de uma máquina do tempo...

Está sentado? Está confortável? Quer ir ao banheiro, beber uma água? Porque esse artigo ficou grande, sendo o resultado de duas semanas de pesquisa (e uma à mais para sua produção). E ainda acho pouco para a hercúlea tarefa que me dei: escrever sobre os onze anos de anime durante os quais o NETOIN! existiu (o blog completa dez anos, mas se existe desde 2006, de lá para cá são onze anos e não há nada de errado com a matemática, mas não se preocupe demais com isso).

Eu sou Fábio de Godoy, o "Mexicano", criador e redator do Anime21, e vivo me dando tarefas enormes assim. Mas alguém ousaria discordar que o Carlírio mereça pelo menos tudo isso por manter-se no ar e manter-nos entretidos e informados por tanto tempo nesse nicho carente onde blogs e sites nascem e morrem todos os dias?

Então sem mais demora, convido-o para uma viagem pela história dos últimos onze anos de anime.

2006: os todo-poderosos...

Sorrisos e sustos na medida certa...
No ano em que o NETOIN! foi para o ar dois animes se destacaram: Death Note e Code Geass. Em comum, eles têm como protagonistas anti-heróis que adquirem logo no começo da história todo o poder de que precisam para colocar seu plano em execução: Lelouch pode dar ordens que ninguém pode resistir cumprir, e Light pode matar qualquer um desde que saiba tão somente o nome da pessoa. O sucesso de ambos e a popularidade adquirida foram tão avassaladores que ainda hoje grandes projetos estão em produção nas duas franquias.

Não assisti nem um nem outro, mas pelo que sei ambos buscam, cada qual a seu modo, passar uma mensagem moral sobre como o poder corrompe, como ele pode ser a raiz do mal, mesmo quando usado com boas intenções. No final das contas, os dois são variações cínicas do que pode acontecer caso não se observe a Moral do Homem-Aranha (cujo primeiro filme havia sido lançado em 2002 e sua trilogia se encerraria no ano seguinte, em 2007): com grandes poderes vêm grandes responsabilidades.

Muito menos sério do que Death Note e Code Geass, um terceiro anime nesse ano trataria do tema: Suzumiya Haruhi no Yuuutsu (A Melancolia de Haruhi Suzumiya). Nele, a protagonista e personagem que cede o nome para o título do anime tem o poder de literalmente manipular toda a realidade, sendo efetivamente Toda-Poderosa, algo que Lelouch e Light poderiam apenas sonhar. Mas há um porém: ela não sabe disso. Seus colegas de clube todos sabem e a mantém propositalmente na ignorância temendo o que alguém hiperativo e instável como ela faria se soubesse poder fazer tudo.

Ao contrário de Code Geass e Death Note, Suzumiya Haruhi não é sério (e não se leva a sério). É uma comédia divertida que foi bastante popular na segunda metade da década de 2000. Até o estúdio que o produziu, o Kyoto Animation, brincou de ser "todo-poderoso" transmitindo os arcos do anime fora da ordem cronológica para nos lembrar quem é que realmente estava no poder ali.

Outros animes relevantes de 2006: Air Gear, NHK ni Youkoso! (Bem-vindo à NHK!), Black Lagoon, D.Gray-man, Ergo Proxy, Fate/Stay Night, Gintama, .hack//Roots, Higurashi no Naku Koro ni, Katekyo Hitman Reborn!, Kekkaishi, Nana, Ouran High School Host Club, School Rumble Ni Gakki, xxxHolic, Zero no Tsukaima, além dos filmes Paprika e Toki wo Kakeru Shoujo.

O mundo em 2006
* Evo Morales é eleito presidente da Bolívia pela primeira vez.
* Onda de ataques do PCC em São Paulo.
* Começa a reconstrução do World Trade Center, em Nova Iorque.
* Fidel Castro passa o poder em Cuba para seu irmão, Raul Castro.
* Morre Telê Santana.
* Saddam Hussein é executado.

2007: do nada ao topo...

Uma bela visão de mundo e sua passagem de tempo.
Contrastando com os destaques do ano anterior, os meus destaques para 2007 são animes de pessoas que começaram fracas, vieram de baixo, treinaram muito, viajaram muito, até que finalmente conquistaram seu objetivo. São parecidos? Eu acho que não poderiam ser mais diferentes. Falo de Afro Samurai e Gurren Lagann.

Gurren Lagann é uma jornada do herói típica, temperada com uma animação, trilha sonora e roteiro malucos que poucos além da dupla Hiroyuki Imaishi e Kazuki Nakashima, então na Gainax, seriam capazes. Já Afro Samurai é uma produção nipo-americana muito mais sombria sobre um homem que busca vingança. Como já adiantei, ambos conquistam seus objetivos.

Simon, o protagonista, e vários outros personagens em Gurren Lagann, realizam sacrifícios ao longo de suas jornadas. Não é coisa pouca, não é mesmo, mas esses sacrifícios aumentam suas responsabilidades, os obrigam a amadurecer, e, no final, seu objetivo altruísta diz que tudo valeu a pena - mas mesmo assim, o que foi perdido, perdido está, e para sempre. Já Afro, de Afro Samurai, tem uma jornada solitária e ao longo dela também sacrifica muitas coisas valiosas. Lutando por uma causa egoísta, porém, será que no final ele acha que valeu a pena?

Outros animes relevantes de 2007: Baccano!, Clannad, Darker than Black, Devil May Cry, Hidamari Sketch, Kaze no Stigma, Lovely Complex, Lucky Star, Naruto Shippuuden, Nodame Cantabile, Sayonara Zetsubou-sensei, School Days, Seto no Hanayome, Shugo Chara!, além dos filmes Byousoku 5 Centimeter (5 Centímetros por Segundo), a primeira parte do Rebuild of Evangelion e as duas primeiras partes de Kara no Kyoukai.

O mundo em 2007
* Lançamento do primeiro iPhone.
* A sonda New Horizons sobrevoa Júpiter.
* O último livro da série Harry Potter é publicado.
* Morrem Boris Yeltsin, Enéas Carneiro e Luciano Pavarotti.

2008: mais amor, por favor!

Um país real retratado de maneira fictícia...
Embora tenha havido animes de ação (e de todo tipo) em 2008, como não poderia deixar de ser, foi um ano com um conjunto muito melhor de animes sobre emoções humanas. Para adolescentes, para adultos, tanto faz, teve de tudo um pouco!

Teve os sobrenaturais Spice and Wolf e Natsume Yuujinchou. O primeiro sobre uma deusa-lobo que já protegeu a colheita de incontáveis gerações de seres humanos mas agora perdeu seu lugar para a nova fé no deus único e que por isso embarca em uma jornada com um cacheiro-viajante para voltar para sua terra natal, mas ao invés de voltar para o passado ela e ele acabam entrelaçando seus futuros mais do que poderiam imaginar. O segundo sobre um jovem que herdou um livro capaz de controlar os youkais cujos nomes sua avó escreveu nele. Ao invés de poder, Natsume busca apenas um lugar que seja seu no mundo, e cada encontro com cada youkai é uma história única sobre formar laços com os outros.

Teve os adolescentes Toradora! e True Tears. Os dois são variações de histórias que você já deve ter assistido caso goste do gênero: vários adolescentes em ambiente escolar, relacionamentos complicados e paixões. Enquanto Toradora! continua sendo uma referência, True Tears meio que caiu no ostracismo, o que é bastante injusto dado que, apesar de tudo, ele no fundo é uma história com relações muito mais realistas.

E teve aquele que é um dos meus animes preferidos de todos os tempos: Michiko e Hatchin. Mãe e filha. Uma desajustada que foi presa e não pôde aprender a ser mãe, e uma garotinha carente e ao mesmo tempo forte que nunca aprendeu o que é ter uma família. Em sua grande fuga da prisão para reencontrar o amor de sua vida, Michiko busca Hatchin - não por amor maternal, mas porque achava que seria um trunfo para ser aceita pelo pai da garota. Hatchin segurou a mão estendida de Michiko e as vidas delas nunca mais seriam as mesmas. A história sozinha já é incrível e merece ser assistida, mas possui o charme extra de ser ambientada em um Brasil fictício, sendo que os criadores desse anime original não economizaram na pesquisa para criar cenários incríveis e críveis até a tinta descascando na parede, a televisão mal sintonizada e a garrafa de 51 na prateleira no boteco.

Outros animes relevantes de 2008: Black Butler, Blade of the Immortal, Casshern Sins, ChäoS;HEAd, Junjou Romantica, Macross Frontier, Skip Beat!, Slayers Revolution, Soul Eater, Strike Witches, To Aru Majutsu no Index, Vampire Knight, Zettai Karen Children, além do OVA Detroit Metal City.

O mundo em 2008
* A falência do Lehman Brothers, nos Estados Unidos, inicia uma grande recessão mundial.
* Barack Obama é eleito presidente norte-americano pela primeira vez.
* Morre Dercy Gonçalves.
* Morre Fujio Akatsuka, mangaká criador de Osomatsu-kun.

2009: battle shounen, o retorno!

O momento para uma grande foto.
Depois de alguns anos com poucas ou nenhuma estreias de adaptações animadas do gênero de mangá mais popular, eis que chegou 2009. Não foi uma, nem duas, nem três, mas quatro grandes estreias do gênero. Mas o ano foi um renascimento para o gênero em mais de uma forma: das quatro estreias, três foram de franquias que já haviam sido adaptadas antes.

Dragon Ball Kai, a saga dos Guerreiros Z contra ameaças cósmicas onde a morte e o tempo não têm a menor importância (se morrer basta reunir as esferas do dragão, e se o problema for tempo existe um lugar convenientemente chamado Sala do Tempo sempre à disposição para treinamentos de fazer inveja aos 50 anos em 5 de Juscelino Kubitschek), trouxe Dragon Ball Z de volta às televisões.

Fullmetal Alchemist Brotherhood teve o mérito de contar a história dos irmãos alquimistas completa do início ao fim, diferente da primeira série de poucos anos antes que havia tido um final original porque foi produzida enquanto o mangá ainda estava em publicação. Quem conhece o mangá, aliás, costuma preferi-la, mas quem conheceu Edward e Alphonse em suas versões animadas gosta mais da primeira série pois ela tem um começo mais devagar, explicando melhor conceitos da série.

Lost Canvas, de Saint Seiya (Cavaleiros do Zodíaco), foi produzido direto para vídeo ao invés de ser uma série para TV mas isso não significa nada para quem não tenha assistido no Japão - o que não é o meu caso e tenho quase certeza que não é o seu também. A franquia já possuía várias produções animadas, e Lost Canvas foi mais um spin-off original dos cavaleiros defensores de Athena que transformaram os animes em mania nacional no Brasil.

O posto de única estreia realmente original do gênero e do ano coube a Fairy Tail, uma enorme história (e ainda em publicação) sobre magos em um mundo fictício onde a magia é comum. Muitos personagens diferentes em um mundo enorme. Criativo? Não tenho certeza. Mas possui uma legião de fãs e isso não deixa de ser um mérito depois de tantos anos.

Outros animes relevantes de 2009: Aoi Hana, Bakemonogatari, Higashi no Eden, K-ON!, Kimi ni Todoke, Kobato, Maria+Holic, Pandora Hearts, RideBack, Seitokai no Ichizon, Sora no Otoshimono, To Aru Kagaku no Railgun, Tokyo Magnitude 8.0, White Album, além dos filmes Cencoroll, Ibara no Oh (O Senhor dos Espinhos), Redline e Summer Wars.

O mundo em 2009
* Morre Michael Jackson.

2010: fim de feira...

Uma das obras mais marcantes de seu ano...
Tive muita dificuldade pensando em uma narrativa para 2010 e no fim das contas não encontrei nenhuma. Hoje é fácil classificá-lo como uma ressaca entre duas gerações (e isso vai ficar claro na próxima entrada), mas não faz sentido pensar algo na linha "ei, já produzimos muito disso, vamos descansar um pouco até o ano que vem". Anime é um negócio afinal, e negócios não param. Qual a explicação para a ocorrência dessas entressafras?

Suponho que tenha a ver com desgaste de material. Os consumidores-expectadores cansam e enjoam de tudo o que veio antes. Mas não vou me alongar sobre isso, não é o objetivo desse artigo afinal. Nesse ano tivemos alguns animes que encerraram seus ciclos, outros tantos que começariam timidamente, e no geral uma produção bastante fragmentada, com poucos destaques e nenhuma unanimidade.

O maior anime do ano quase certamente foi Angel Beats, um dos últimos grandes sucessos de adaptações de visual novels da Key para anime, sendo o primeiro que não foi produzido pelo Kyoto Animation. A parceria entre a Type-Moon e o Studio Deen também teve sua última obra nesse ano, com o lançamento do filme de Fate/Stay Night: Unlimited Blade Works. Outro filme que encerrou uma era foi Suzumiya Haruhi no Shoushitsu (O Desaparecimento de Haruhi Suzumiya), o último da linha do tempo principal da franquia. Ainda no tema "fim da linha", em 2010 teve a estreia de Bakuman, uma boa obra sim, mas que vendeu mais por capitalizar em cima do sucesso anterior de seus autores, Death Note, do que por seus próprios méritos.

Highschool of the Dead foi um sucesso tão arrebatador que praticamente arruinou o mercado para animes de zumbi (nada que não fosse muito criativo obteve o mínimo de reconhecimento depois). E deixou um arranhão que jamais se cicatrizaria no uso de fanservice em geral. Nos dois casos eu estou exagerando, lógico, atribuir tanto a uma obra só baseado em um estudo tão raso quanto eu fiz não é apenas temerário, mas prepotente mesmo. Ainda assim, pelo pouco que eu sei, identifico no mínimo a correlação entre os eventos.

Até Digimon assistiu nesse ano a estreia de sua série derradeira (até a reestreia inesperada em 2016): Digimon Fusion como ficou conhecido no ocidente, ou Digimon Xros Wars em seu nome original em japonês. Ah, e como não falar de Panty e Stocking, não é? O último grande sucesso do estúdio Gainax. As únicas estreias realmente originais e duradouras do ano foram Durarara! (e mesmo assim foi adaptação de outra light novel de um autor que já havia sido adaptado antes, com Baccano, e por interessante que tenha sido, demorou anos até ter uma segunda temporada) e Working!.

Outros animes relevantes de 2010: Arakawa Under the Bridge, Baka to Test to Shoukanjuu, Dance in the Vampire Bund, Hanamaru Kindergarten, Kaichou wa Maid-sama!, Katanagatari, Seitokai Yakuindomo, Shiki, os OVAs Black Rock Shooter e Gundam Unicorn, além dos filmes Colorful e The Secret World of Arriety (O Mundo dos Pequeninos).

O mundo em 2010
* O vulcão Eyjafjallajökull entra em erupção na Islândia. Ele só está nessa lista porque até hoje acho seu nome muito engraçado, além do fato das cinzas de sua erupção causaram o fechamento do espaço aéreo de boa parte da Europa.
* Começo da Revolução Tunisiana, que entrou para a história como o estopim da Primavera Árabe (um termo cunhado pela imprensa ocidental).
* Morre Satoshi Kon, diretor e autor de obras como Paprika, Tokyo Godfathers, Perfect Blue, entre outros.

2011: o início da nossa era!

Lágrimas sentidas...
Puella Magi Madoka Magica, Steins;Gate, Ano Hana, The Idolmaster, Fate/Zero, Hunter x Hunter. Os filmes de Fullmetal Alchemist e K-ON!. Esse foi um ano cheio de obras seminais. Se você não começou a assistir anime há muito tempo, provavelmente tudo o que você conhece sobre anime começou em 2011. Se assiste há muito tempo, o que você assiste hoje remonta a 2011.

Steins;Gate foi em sua época e continua sendo até hoje o anime mais popular e mais elogiado da série de adaptações de visual novels de ficção científica da 5bp e Nitroplus. Com Ano Hana a Mari Okada atingiu o auge de seu sucesso artístico e reinaugurou o gênero dramalhão para uma nova era de fãs de animação japonesa, rompendo seus nichos tradicionais. A volta de Hunter x Hunter estabeleceu um novo padrão de qualidade exigida em battle shounens. Fate/Zero rebootou com estrondoso sucesso a franquia Fate nos animes. E The Idolmaster é uma das obras fundamentais do gênero idol.

E teve Puella Magi Madoka Magica. A parceria entre Akiyuki Simbo, diretor do Shaft, e Gen Urobuchi, escritor do Nitroplus, foi um sucesso arrebatador. Duvido que seus criadores sonhassem com tanto. Qual foi a razão do sucesso? Criativo o anime foi, mas todo ano há muitos animes criativos, isso sozinho não responde. E esqueça a besteira sobre ser uma "desconstrução do gênero garota mágica". O termo "desconstrução" deveria ser usado com mais parcimônia - talvez jamais devesse ter saído da academia. Enfim, Madoka não é uma desconstrução de gênero. Nenhum anime que eu tenha notícia é uma desconstrução de algum gênero de anime. Mas não é hoje nem aqui que vou me aprofundar nesse tema.

Puella Magi Madoka Magica é um anime trágico de garotas mágicas, e o segredo de seu sucesso está em algum lugar nessa micro-sinopse. Garotas sofrerem (especialmente, garotas moe sofrerem) não era novidade, nem mesmo no gênero garota mágica. O diferencial de Madoka Magica foi reunir esses elementos em uma boa história, tecnicamente bem produzida, e colocar exatamente o sofrimento no centro do enredo. Madoka Magica não é uma história onde garotas moe sofrem, mas sim uma história sobre o sofrimento de garotas moe. Isso logo após o fraco ano de 2010 foi um enorme sucesso. Sim, as pessoas (homens principalmente, não vamos fingir que não) gostam de ver menininhas fofinhas sofrendo para sentir pena delas e querer protegê-las. Madoka Magica transformou esse conceito em um gênero e marcou nossa era.

Em outra nota, não sei se teve a ver com a fraca temporada de 2010 ou se é só mais uma correlação, mas em 2011 começou o Anime Mirai, projeto para formar novos animadores no Japão. Naquele ano foram lançados pelo projeto os curtas Bannou Yasai Ninninman (P.A. Works), Kizuna Ichigeki (Ascension), o excelente Ojiisan no Lamp (Telecom Animation Film) e Tansu Warashi (Production I.G).

Outros animes relevantes de 2011: Beelzebub, Ben-To, Blue no Exorcist, Chihayafuru, Deadman Wonderland, Dog Days, Gosick, Hourou Musuko, Ikoku Meiro no Croisée, Mawaru Penguindrum, Nichijou, Mirai Nikki, Tiger e Bunny, Toriko, Usagi Drop, Uta no Prince-sama, o OVA Carnival Phantasm, além dos filmes Buddha de Osamu Tezuka (parte 1), Hoshi wo Ou Kodomo e Hotarubi no Mori e.

O mundo em 2011
* Terremoto e Tsunami de Tohoku, nordeste do Japão.
* O Sudão do Sul declara a sua independência.
* Morre Steve Jobs.
* Osama Bin Laden é morto.

2012: a vitória do moe!

Aventuras ao melhor estilo RPG de ser...
Outro título possível para esse ano seria: "tudo K-ON!". Seria uma boa metáfora, principalmente considerando como se tornou comum dizer que anime tal é "K-ON! de tal", e anime que tal é "K-ON! de que tal". Nesse ano tivemos "K-ON! de piratas espaciais" (Mouretsu Pirates) e "K-ON! com tanques" (Girls und Panzer). Mas acho que K-ON! é só um dos exemplos mais vistosos de animes moe e eu não faria justiça ao fenômeno atribuí-lo inteiramente a um único anime.

O gênero idol como um todo teve um peso muito grande no estabelecimento do moe como uma estética economicamente viável. Puella Magi Madoka Magica provou que ela pode ser levada a sério. Com isso passamos a ver essa estética não apenas em animes de gêneros tradicionalmente associados a ela como também em outros gêneros. Bom, nada realmente novo (Another não foi o primeiro terror moe e Psycho-Pass não foi o primeiro thriller), mas acredito que foi mais ou menos a partir dessa época que isso deixou de ser questionado. O moe se tornou de fato a estética dominante do anime.

O maior sucesso indisputado de 2012 foi Sword Art Online. O gênero "preso em mundo virtual" está por aí pelo menos desde a franquia .hack mas nunca havia chegado tão longe. Talvez o lançamento poucos meses antes de Accel World, que adapta outra light novel do mesmo autor, com o mesmo tema, tenha ajudado. O que o anime tem de realmente notável, creio, nessa grande história que estou contando, é que foi um dos primeiros (o primeiro?) anime de ação, de sucesso, a ter um protagonista de aparência normal, frágil. E ao longo das temporadas que teve Kirito construiu um harém invejável. Os battle schools dos anos posteriores usariam essa fórmula até quase o seu esgotamento.

Os curtas do Anime Mirai de 2012 foram os seguintes: Buta (Telecom Animation Film), Puka Puka Juju (The Answer Studio), Shiranpuri (Shirogumi) com sua mensagem poderosa (assista!), e o fantástico Wasurenagumo (Production I.G).

Outros animes relevantes de 2012: Black Rock Shooter, Jinrui wa Suitai Shimashita, Jojo's Bizarre Adventure, Kamisama Hajimemashita, Kingdom, Kuroko no Basket, Magi, Papa no Iukoto wo Kikinasai!, Sakamichi no Apollon, Saint Seiya Ômega (Cavaleiros do Zodíaco Ômega), Sakurasou no Pet na Kanojo, Shin Sekai Yori, Sukitte Ii na yo, Symphogear, Uchuu Kyoudai, o OVA Gyo, além dos filmes 009 Re:Cyborg, Berserk: The Golden Age (partes 1 e 2), Evangelion: 3.0 You Can (Not) Redo e Wolf Children.

O mundo em 2012
* Disney compra a Lucasfilm, incluindo os direitos das franquias Star Wars e Indiana Jones.
* Barack Obama é reeleito presidente dos Estados Unidos.
* "Gangnam Style" é hit mundial no YouTube e vídeo mais assistido da história da plataforma.
* Apesar do calendário maia (cujo "fim" era só um equívoco de todo modo), o mundo não acabou.
* Morrem Oscar Niemeyer e Chico Anysio.

2013: os dois estúdios...

Aventuras e lutas inimagináveis...
Dois estúdios fizeram sua estreia no mercado de animes para TV esse ano: Wit Studio com o grande sucesso Shingeki no Kyojin (Ataque dos Titãs) e Trigger com o muito esperado Kill la Kill. Os dois vieram de lugares bem diferentes, em circunstâncias muito diferentes, mas perfeitamente alinhados às novas tendências, tanto como partes delas quanto como criadores.

Shingeki no Kyojin trouxe de volta um pouco do gore, da violência, da sanguinolência aos animes de ação que encontravam (e ainda encontram) nos grandes battle shounens uma ação bastante contida, limpinha, feita para poder ser vendida para todas as idades. Apesar de seus inúmeros defeitos, Ataque dos Titãs tinha o que One Piece e Naruto não têm (não com frequência, pelo menos): violência, morte, sofrimento.

O Wit Studio que o criou é uma subsidiária do Production I.G, que por sua vez surgiu em 1987 como uma divisão do tradicionalíssimo Tatsunoko, que se tornou independente. Traz consigo portanto tanto os atributos da novidade e juventude quanto os da tradição e estabilidade.

Kill la Kill foi muito mais controverso. Eu pessoalmente achei-o muito bom (e melhor que a saga dos titãs), mas sei que estou longe de ser unanimidade. As razões para isso são várias, mas a primeira delas provavelmente é a grande expectativa que se criou em cima da mais nova criação original da mesma equipe que trouxe Gurren Lagann ao mundo. Era simplesmente responsabilidade demais!

O estúdio Trigger foi criado por ex-funcionários da Gainax após o naufrágio do estúdio (até seu fundador e mais reconhecida figura pública, Hideaki Anno, já havia abandonado a Gainax anos antes para fundar o Khara). É um estúdio novo, um estúdio cool, e que tem apenas o seu trabalho a seu favor, contando com nenhuma proteção de um grande guarda-chuva empresarial.

Os destaques pelo Anime Mirai de 2013 foramArve Rezzle (Zexcs), Death Billiards (Madhouse), Little Witch Academia (Trigger) - dê uma olhada nesses dois últimos -, e Ryo (Gonzo).

Outros animes relevantes de 2013: Aku no Hana, Daiya no Ace, Danganronpa, Free!, Gatchaman Crowds, Kyoukai no Kanata, Log Horizon, Love Live!, Nagi no Asukara, OreGairu, Red Data Girl, Samurai Flamenco, Gin no Saji (Silver Spoon), Suisei no Gargantia, Tamako Market, WataMote, White Album 2, além dos filmes Berserk: The Golden Age (parte 3), Dareka no Manazashi, Dragon Ball Z: Battle of Gods (Dragon Ball Z: A Batalha dos Deuses), Kaguya-hime no Monogatari (O Conto da Princesa Kaguya), Kaze Tachinu (Vidas ao Vento), Kotonoha no Niwa, Puella Magi Madoka Magica Rebellion (Madoka Magica 3: Rebelião), Saint Young Men Sakasama no Patema.

O mundo em 2013
* Papa Bento XVI renuncia; Cardeal argentino é eleito novo papa e assume como Francisco I.
* Morrem Hugo Chávez e Nelson Mandela.

2014: como se fazem os animes e as salsichas...

Quando a face transmite sabiamente a mensagem desejada...
Um dos sucessos desse ano foi Shirobako, cujo enredo conta sobre como se faz animes. Vários de seus personagens são baseados em pessoas reais que trabalham na indústria e sua sede era uma réplica da então sede do P.A. Works, estúdio que o produziu. Esses vínculos sensíveis com a realidade o fazem verossímil. Mas ele não nos contou porque, aparentemente sem explicação alguma, alguns temas "pegam" e são desenvolvidos paralelamente por vários estúdios. Talvez não haja explicação.

Excelentes obras como Knights of Sidonia (o primeiro anime inteiramente em 3D e que não parece visualmente uma droga), No Game;No Life (adaptado de light novel de um nipo-brasileiro e que conta com uma estética interessantíssima para obras do tipo "viajando para outro mundo") e o fantástico Ping Pong The Animation (se ainda não assistiu, pare tudo e vá assistir agora) não foram senão pontos fora da curva em um ano dominado por gore e violência sem sentido.

Resultado do sucesso do Shingeki no Kyojin? Provavelmente. Akame ga Kill conta a história de um grupo de assassinos revolucionários e possui uma altíssima taxa de mortes por episódio. Kiseijuu: Sei no Kakuritsu (Parasyte) animou um mangá de terror antigo (e teve dificuldade em adaptar-se a tecnologias contemporâneas por causa disso) sobre uma ameaça alienígena que veio para nos parasitar e canibalizar.

E a maior estrela do gênero no ano: Tokyo Ghoul. E se ghouls, criaturas que só podem se alimentar de carne humana mas são indistinguíveis em aparência vivessem escondidos entre nós? Como viver com medo que o seu melhor amigo esteja só esperando o momento certo para te transformar em uma refeição? Por outro lado os ghouls não escolheram essa vida. Muitos deles tentam honestamente viver sem matar, se alimentando de cadáveres (e de café, a única coisa normal que conseguem ingerir sem passar mal). Mas basta que um ghoul mate um ser humano para que o ciclo de medo, desconfiança, raiva e morte se inicie. E não há quem possa pará-lo. Ou há?

Os destaques pelo Anime Mirai de 2014 foram: Harmonie (Studio Rikka), Kuro no Sumika: Chronus (Studio 4°C), Ookii 1 Nensei to Chiisana 2 Nensei (A-1 Pictures) e Parol no Miraijima (Shin-Ei Animation).

Outros animes relevantes de 2014: Aldnoah.Zero, Ao Haru Ride, Cross Ange, Fate/Stay Night: Unlimited Blade Works, Gekkan Shoujo Nozaki-kun, Isshuukan Friends, Mekakucity Actors, Nanatsu no Taizai, Noragami, Sanzoku no Musume Ronja, Selector Infected WIXOSS, Shigatsu wa Kimi no Uso, Shingeki no Bahamut, Space Dandy, Wake Up Girls!, Yuuki Yuuna wa Yuusha de Aru, Zankyou no Terror, o direto para streaming Sailor Moon Crystal, e os filmes Buddha de Osamu Tezuka (parte 2), Omoide no MarnieSaint Seiya: Legend of Sanctuary (Cavaleiros do Zodíaco: A Lenda do Santuário), The Last: Naruto The Movie (The Last: Naruto O Filme) e Wake Up Girls!.

O mundo em 2014
* Começa a crise na Ucrânia.
* Epidemia de ebola em países da África Ocidental.
* O Estado Islâmico começa seu avanço.
* A nova Freedom Tower é inaugurada em Nova Iorque, no World Trade Center.
* Maior derrota da seleção brasileira de futebol em Copas, com o 7x1 para a Alemanha na semifinal em casa.
* Morre Robin Williams.

2015: talvez o importante seja apenas parecer cool?

O anseio é um, mas isso não significa que o mesmo seja pleno...
Qual é, chega de violência gratuita, sangue e mortes para todos os lados, não é? Não é isso que as pessoas gostam de verdade, é? Bom, não existe "o que as pessoas gostam de verdade". Seu amigo chato que reclama de "modinha" no Facebook está meio certo: os animes, como qualquer outra coisa, tem movimentos e tendências. Ele está errado quando acha que negar tudo o que seja "moda" o faz superior, mas isso está além do escopo desse artigo.

De todo modo, é um exagero dizer que o gore saiu de moda. Talvez tenha apenas esgotado o material, mas não a demanda por ele. De um jeito ou de outro, o único anime relevante a abraçar essa estética nesse ano foi o quase-adulto Gangsta, que teve um final abrupto com a trágica falência do estúdio Manglobe, um de meus preferidos, responsável por animes como Samurai Champloo, Ergo Proxy, Samurai Flamenco e Michiko e Hatchin. Isso não teve nada a ver com o gênero, mas não deixa de ser um mau agouro que ele tenha vindo no mesmo ano de animes de ação super coloridos, engraçados e fantasiosos como Assassination Classroom, Dungeon, Blood Blockade Battlefront e One Punch Man.

Na verdade, se há mesmo uma tendência aqui, eu diria que é a emergência do gênero super-herói, ao estilo americano mesmo, conforme apropriado e reinterpretado pelos japoneses. One Punch Man é apenas o pináculo dessa tendência, mas no mesmo ano houve Concrete Revolutio com uma história muito mais sombria explorando o mesmo tema. E bom, isso é muito recente e são poucos os animes do gênero ainda para falar em tendência, a análise será mais fácil daqui uns anos - e dependerá bastante do sucesso de um certo anime sobre uma academia de super-heróis.

Os destaques pelo Anime Mirai de 2015 foram: Aki no Kanade (J.C.Staff), Happy ComeCome (SynergySP), Kumi to Tulip (Tezuka Productions) e Ongaku Shoujo (Studio Deen).

Outros animes relevantes de 2015: Arslan Senki, Charlotte, Death Parade, Dragon Ball Super, Hibike! Euphonium, Gakkou Gurashi!, Gundam: Iron-Blooded Orphans, Houkago no Pleiades, KanColle, Nagato Yuki-chan no Shoushitsu (O Desaparecimento de Nagato Yuki-chan), Ore Monogatari!!, Osomatsu-san, Plastic Memories, Shokugeki no Souma, Ushio to Tora, o OVA Saint Seiya: Soul of Gold (Cavaleiros do Zodíaco: Alma de Ouro), além dos filmes Boruto: Naruto The Movie, Digimon Adventure Tri 1: Reunion, Dragon Ball Z: Fuukatsu no F (Dragon Ball Z: O Renascimento de Freeza), Girls und Panzer der Film, Little Witch Academia, Miss Hokusai e The Boy and the Beast.

O mundo em 2015
* Reaproximação diplomática entre os Estados Unidos e Cuba.
* A sonda New Horizons chega em Plutão.
* Os muppets Miss Piggy e Caco, o Sapo, se divorciam.
* Rompimento de barragem da Samarco em Mariana e desastre ambiental no Rio Doce.
* Morre Leonard Nimoy, o Spock de Jornada nas Estrelas.
* Morre Satoru Iwata, CEO da Nintendo.

2016: encerrando a nossa viagem no tempo...

Não há desconfiança nenhuma aqui, mas sim o anseio por mais adiante...
Ainda têm fôlego para aguentar mais um ano? Essa jornada por onze anos de anime foi longa, um pouco cansativa, mas espero que tenha sido muito proveitosa! Agradeço do fundo do coração a quem leu tudo até aqui, foi muita pesquisa e muito trabalho para que esse artigo nascesse. De verdade, muito obrigado! Mas vamos lá que ainda não acabou, falta 2016.

E é uma deliciosa ironia que uma viagem no tempo pelos animes termine em um ano que entrará para a história marcado pelos animes sobre viagens no tempo. Se você costuma acompanhar temporadas deve ter percebido isso já. Vários blogs e sites pelo mundo já escreveram seus artigos sobre esse fenômeno, e outros ainda escreverão. Esses curtos parágrafos nesse artigo gigante serão a minha contribuição para isso, pelo menos por enquanto. O ano contou com animes leves que apenas usam a viagem no tempo como instrumento narrativo, como Time Bokan 24 e Time Travel Shoujo, mas o que marcou mesmo foram as grandes produções que fizeram sucesso usando a viagem no tempo, em alguma de suas variantes, como elemento narrativo central.

Boku Dake ga Inai Machi conta a história de um rapaz que é perseguido desde a infância pelo trauma de ter sido o último a ter visto uma colega de classe que seria a primeira vítima de uma série de assassinatos em série. E se ele pudesse voltar no tempo, ele teria agido diferente? Que bom então que ele ganhou esse estranho poder!

Re:Zero Kara Hajimeru Isekai Seikatsu é um anime sobre ir para outro mundo e é um anime sobre viagem no tempo também. No caso de Re:Zero, o protagonista volta no tempo cada vez que morre até um ponto que até onde ele sabe é mais ou menos aleatoriamente definido. Se ele contar isso a alguém, a pessoa morre. Para piorar, ele morrer é bem comum dadas as circunstâncias complicadas desse mundo nas quais ele se meteu. Como salvar todo mundo com o poder aparentemente pouco útil de morrer para tentar de novo?

Orange é baseado em mangá premiado. Mais uma vez, a morte está presente. Parecido com BokuMachi, e se um seu colega de colégio morresse, como você (e seu grupo de amigos) viveriam? Se pudesse voltar no tempo e salvá-lo, o faria? Mesmo às custas da nova vida que construiu? Bom, aqui ninguém pode voltar de verdade no tempo, mas descobriram como enviar cartas para o passado.

ReLIFE completa o grupo com uma história que não é sobre voltar literalmente no tempo, mas sobre poder voltar a uma fase passada de sua vida e tentar dessa vez não repetir os mesmos erros.

Os destaques pelo Anime Mirai de 2016 foram: Colorful Ninja Iromaki (Signal. MD), Kaze no Matasaburou (Buemon), Kacchikenee! (Tezuka Productions) e UTOPA (Studio 4°C).

Outros animes relevantes de 2016: 91 Days, Ajin, Battery, Berserk, Bungou Stray Dogs, Fune wo Amu, Hai to Gensou no Grimgar, Kanojo to Kanojo no Neko: Everything Flows, Keijo!!!!!!!!, Kiss Him Not Me!, Kiznaiver, Kono Subarashi Sekai ni Shukufuku wo, Koukaku no Pandora, Koutetsujou no Kabaneri, Mob Psycho 100, My Hero Academia, Sangatsu no Lion, Shouwa Genroku Rakugo Shinjuu, Tales of Zestiria the X, Yuri! ON ICE, o direto para streaming Planetarian, além dos filmes Kimi no Na wa e Koe no Katachi.

O mundo em 2016
* Impeachment da Presidente Dilma Roussef.
* Plebiscito no Reino Unido decide pela saída da União Européia e o Primeiro-Ministro David Cameron renuncia.
* Queda do avião que levava a equipe da Chapecoense para a final da Copa Sulamericana em Medelin, na Colômbia.
* Morrem David Bowie, Muhammad Ali e Fidel Castro.

Desde agora, o NETOIN! fica muito agradecido pela participação
do Fábio, representando o blog Anime 21, nesta série especial
válida pela campanha #netoin10anos.

Contudo, os posts especiais ainda não cessaram e,
para breve, novos estarão disponíveis para você, nobre visitante.

Até a próxima!

O NETOIN! está com você, no Facebook e no Twitter

[ made in NETOIN! ]

Conheça o autor do Anime 21, visitante...
Fábio Mexicano Godoy
Fábio, o rapaz que criou o seu próprio blog para ter uma interação mais aguçada e diversificada com todos, o que tem dado muito certo. O Anime 21 é o seu lar na internet brasileira.

7 comentários:

  1. Parabéns pelos dez anos!

    E magnífica escolha de imagens para os anos, adorei poder me surpreender um pouco com o meu próprio artigo =)

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Saudações


      Admita, nobre rapaz... Consegui me sair bem na escolha das imagens, hehe...

      Mas o seu texto foi primoroso.


      Até mais!

      Excluir
  2. Ah, Fabio, colocando Lucky Star e Free! como "outros" destaques, nem citando Chu2koi e nem a polêmica temporada do Endless Eight... Tô sacando uma tendência aí...

    Brincadeiras a parte, adorei a retrospectiva! Por coincidência, 2006 foi o ano em que eu comecei a acompanhar temporadas de anime então foi muito viagem no tempo ler isso. Rolou aquele momento "nossa... tô velha" ao lembrar que algumas séries que eu considero "de ontem" (Toradora, wtf?) são de 2008. Um ou outro eu daria mais destaque (e não vou nem falar desses acima) mas no geral eu gostei. Senti falta de duas menções, pessoalmente: Star Driver, provavelmente um dos maiores exemplos de 'one hit wonder' de anime da década, e Owari no Seraph. Mas eu não vejo nenhum dos harens populares desde 2010, então...

    Enfim, grata pelo post e parabéns novamente, Carlilio! Vamos aos próximos!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Eu tinha respondido ontem, escrevi um montão, mas daí perdi porque deu bug aqui porque eu estava no trabalho e estava logado em duas contas do Google, aí fiquei com bode de responder na hora e depois não tive mais tempo, desculpe a demora =/

      Enfim.

      Procurei criar uma narrativa para cada ano para tornar a leitura mais divertida em primeiro lugar, e talvez mais útil caso as hipóteses-chute que eu inventei aí estejam corretas =D Lucky Star e Free não se encaixam nas narrativas de seus respectivos anos, por isso não foram citados no texto.

      Não obstante, à priori não há diferença de importância e relevância entre os animes citados no texto e os animes que constam em "outros", exceto em alguns casos. Eu sei que continua havendo diferença psicológica, no mínimo, e eu mesmo fiquei frustrado por não ter podido encaixar alguns de meus preferidos nas grandes narrativas. Em particular, chorei lágrimas de sangue por ter exilado Tiger & Bunny em "outros".

      Outro detalhe sobre a minha seleção é que via de regra deixei de fora segundas temporadas e reboots (mas nem sempre, e alguns até foram parar nos destaques principais). Bom, só o making of desse artigo daria um artigo tão grande quanto ou maior =D

      E puxa vida, você começou com essa vida (??) de acompanhar temporadas já em 2006? Eu já assistia anime desde antes disso, mas só assistia recomendações, nomes famosos, coisas que lia em notícias e reviews, enfim. Comecei a assistir anime em lançamento com Fate/Zero. Era e sou ainda um grande fã do Fate/Stay Night da Deen, então não me aguentei de ansiedade. Isso na última temporada de 2011. Imediatamente depois, na primeira de 2012, comecei a assistir vários animes e vim parar nessa maravilhosa cracolândia do anime que é assistir animes da temporada atual no Japão. Pena que não ganho casa e teto de graça pra isso, HAHAHA!!!

      Muito obrigado pelo comentário ^^

      Excluir
    2. Saudações


      Ah, jovem Chell...

      Igualmente, tem animes que o Fábio citou que eu não citaria, além de colocar outros no lugar.

      Contudo, é muito válida a proposta, mostrando principalmente que os conceitos são bem diversificados. E acho isso esplêndido.


      Até mais!

      Excluir
    3. @Fábio:
      Primeiramente, meus pêsames. :P Depois... entendi, estava brincando. Saquei isso mas não podia deixar passar como puxa-saco oficial do KyoAni. E eu também gostei pra caramba de T&B, mas no ano de Madoka Magica, S;G e AnoHana (três das séries mais hypadas da década, com certeza?) ficava difícil mesmo.

      "Essa vida" HAHAH a vida loka, né, colega... os primeiros que eu acompanhei foram Ouran Host Club e NANA (este que eu nunca terminei porque gostava muito mas na época demorava 1 mês pra sair legenda de 1 episódio, e era horrível pensar todo dia "será que saiu o episódio novo?" e me decepcionar, LOL). Mas eu sempre fui de assistir só o que me atrai, então sempre vi muitos flops e só ouvi falar de muitas séries populares. Eu bem que assistiria todos se ganhasse teto de graça por isso também, mas é aquela coisa vamo faze o que.

      Obrigada você e parabéns pelo artigo muito nostálgico e divertido!

      @Carlílio:
      Pois é, concordo! Em geral, do que lembro, o resumo foi bem completo. Claro que tem aqueles animes "populares nos seus nichos" - de Milky Holmes, passando por Precure, até Tsuritama - que ele não mencionou, mas se é pra falar dos mais populares, foi um bom recordar é viver!

      Grata e até a próxima!

      Excluir
    4. Saudações


      Realmente, concordo plenamente contigo, jovem Chell.
      E isto classifico como a graça do mundo ainda. Extremamente digno de nota.


      Até mais!

      Excluir

Dê a sua opinião sobre este texto do Netoin!, visitante.

Critique, elogie, argumente sobre o post que acabou de ler.

Quer indicar alguma matéria? Fique à vontade. Esse espaço também é seu.

Expor as ideias é legal e algo bem-vindo, tenha certeza. Apenas peço para que mantenha o bom senso no que você escrever.

Apenas uma observação deve ser feita, pois não será admitida nenhuma forma de spam.

Agradecido pela sua visita e por seu comentário.

Até mais!