Em pauta!

quarta-feira, abril 20, 2016

Análises em Geral - parte #88: relembrando o ótimo Bust-A-Groove 2...

A capa da vez.
Uma verdadeira coqueluche na época

O período conhecido como "fim da vida" para o PlayStation, em sua primeira e nostálgica versão, acabou reservando o lançamento de grandes jogos, incluindo nisto títulos inéditos, sequências, remakes e até mesmo conversões de outras plataformas. Pode-se dizer que a Sony soube brindar, com justiça, o fim do ciclo para o PS1 com muita dignidade (somando à isto o advento de seus jogos e periféricos funcionarem no console que o sucederia, sendo este o PlayStation 2).

Este post, inclusive, vem aqui fazer a menção para um destes jogos. A palavra que melhor pode resumi-lo é diversão, uma vez que o mesmo não tinha uma tarefa das mais fáceis, sendo esta a de competir frontalmente com a série Dance Dance Revolution da Konami. Obviamente, o relato se trata do jogo Bust-A-Groove 2 (Bust-A-Move 2 no Japão), lançado no ano 2000 pela Enix, sob o rótulo da responsabilidade em ser a sequência direta de seu título predecessor, lançado um ano antes.

Em si, o título em pauta possuía na dança o seu modal de ser. Por mais que fosse uma verdadeira febre na época os jogos deste estilo, Bust-A-Groove 2 não exigia um tapete para ser desfrutado. Todo e qualquer comando era feito diretamente pelo controle tradicional do PlayStation, no qual o modo de jogo escolhido determinava se tu usaria apenas de das setas direcionais, dos botões de ação ou de uma combinação entre ambos. À rigor, isto dava uma maior liberdade para quem quisesse desbravar cada ponto deste título.

Poses de vitória da Shorty (após um Fever Time) e do Heat (após uma vitória normal). 

A tela de seleção apresentava um total de dezoito ícones (representando o elenco presente), nos quais dez eram liberados desde o início, sendo que os outros oito iriam aparecendo de acordo com certas exigências que o jogo te incitava à cumprir (geralmente, encerrando com certo personagem tu liberava um secreto co-relato ao mesmo, por exemplo). Cada um dos dezoito personagens no geral possuía uma segunda roupa de apresentação, que servia mais como distinção (no caso de um confronto espelhado ou um "combate versus" com o mesmo dançarino).

Muitos destes personagens vieram diretamente do primeiro jogo, sendo este o caso de nomes como Shorty (a garotinha contente), Kitty-N (apresentadora de programa infantil de televisão), Heat (um dançarino profissional), Hiro (um cidadão que "se acha o máximo" com as mulheres), Kelly (a policial), Strike (o "fora da lei") e Capoeira (uma dupla alienígena). Os novos integrantes do elenco acabaram sendo Comet (uma garçonete), Tsutomu (um estudante que gosta de aprontar) e Bi-O (uma aberração tipo morto vivo, pai de Gas-O, sendo este personagem do jogo original). Dentre os secretos à serem liberados estavam Columbo (o mascote de estimação da Shorty), Hustle Kong (o gorila que aparece no cenário do Hiro), Robo-Z Gold (o ser de aço gigante) e Pander (chefe secreto do jogo), além de outros personagens.

A mecânica por detrás da jogabilidade é bem simples, mas requer uma boa dose de atenção, especialmente no que tange na observação constante da tela à sua frente. De acordo com o que se faz indicar em seu personagem escolhido, tu deve apertar os botões do controle não apenas de acordo, mas também dentro de um período correto. O último comando acaba sendo o mais importante e desafiador, pois ele exige ainda mais de sua sincronia entre aquilo que vê e a música que se faz entoar. Desta maneira, Bust-A-Groove 2 acaba rendendo uma grande nota de replay value (nome dado ao jogo que consegue ser divertido o bastante para ser jogado inúmeras vezes, seguidamente).

Robo-Z Gold, o chefe do jogo. Mas tem líder secreto logo após ele...
Deve ter ficado fácil notar que, com um bom número de personagens disponíveis, o efeito eclético nas músicas do jogo acabaram servindo como referência positiva ao título. Cada um dos presentes no elenco possui uma melodia cujo ritmo diz respeito ao próprio, influenciando harmoniosamente na dança à ser apresentada. Como exemplos, podem-se citar a Kelly (soul music), a Shorty (estilo funky), o Hiro (disco music) e a dupla Capoeira (cujo embalo é a capoeira propriamente dita). Para cada ritmo, o grau de dificuldade nos comandos à aparecerem na tela são variáveis, até porque tu seleciona o nível logo após escolher o seu personagem. Porém, pouco isso adianta quando tu for enfrentar o Robo Z-Gold ou ainda, com um pouco de "sorte", o temido Pander (e seu cenário psicodélico, em todos os níveis possíveis e imagináveis).

Pode-se dizer que o jogo, mesmo para a época de lançamento (ano 2000), possui gráficos e visual bem simplórios (naquele ponto, as softhouses já tinham mostrado que o PlayStation era capaz de fazer bem mais). Porém, a Enix caprichou justamente no ponto que um jogo deste nível mais clama por atenção, que é o fator de imersão/diversão no mesmo. Personagens chamativos, músicas legais, jogabilidade fácil mas que exigia muita atenção e um grande poder para ser apreciado e jogado por muitas vezes à fio, foram as qualidades máximas que Bust-A-Groove 2 apresentou, ao menos no ponto de vista deste humilde blogueiro. Soma-se à isto o fato de "golpes especiais" que podiam ser desferidos pelos seus integrantes, que tinham a opção de fugir de tais ou então de "devolvê-los ao remetente", por assim exclamar.

Com toda a simplicidade aflorando pelo jogo em si, Bust-A-Groove 2 deixou a sua marca. Trata-se de um título que a minha pessoa recomenda até hoje, mesmo com a máxima dos dezesseis anos que já se fizeram passar desde o seu lançamento oficial. É um jogo para tu aproveitar, relaxar e se divertir bastante, especialmente na hora de fazer os famosos versus bem caprichados.

Diversão à toda prova...

Imagens gerais...
Clique nelas para vê-las em tamanho real...



Telas - diferentes imagens do jogo, com escolha de personagens, caminho de confrontos e um tipo de histórico básico de uma das dançarinas presentes no elenco.


Hiro - na versão japonesa do jogo, o ícone do Hiro na tela de seleção é um cigarro, sendo que ele dança com um na boca o tempo todo. Em terras norte-americanas, o citado personagem não mais tem um cigarro na boca, e seu ícone apresenta escrito algo próximo do "eu me amo".


Pander - o chefe secreto, que é desafiado após derrotar o Robo Z-Gold (sob certas condições durante o jogo). Ele começa bem pequeno, mas alguns segundos depois mostra a sua real face. Sua fase possui tantas cores e movimentos que fica difícil prestar atenção nos comandos que aparecem na tela.



Jogabilidade - telas diversas do jogo em prosseguimento.


Presente - na versão japonesa do jogo, após enfrentar o chefe do mesmo o personagem tem seu final revelado em um mini programa de auditório. Quando o mesmo apartou em solo norte-americano, as sequências finais deixaram de existir e, no lugar, o seu personagem faz uma dança solo para o público, no cenário do mesmo mini programa.

Até a próxima!

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Carlírio Neto
Carlírio Neto, um fã de animação e cultura japonesa desde os anos noventa. Dramas são a especialidade pessoal. O personagem Wataru, de Sister Princess, representa bem a personalidade de minha humilde pessoa.

2 comentários:

  1. Só algumas coisas que passaram despercebidas ou não foram noticiadas:

    1 - Bi-O é PAI (e não filho) de Gas-O;

    2 - Comet é irmã mais nova de Frida, do primeiro game;

    3 - Michael Doi (secreto da Kitty-N) foi seu instrutor e, como demonstrado no jogo, é declaradamente homossexual;

    4 - Na versão em inglês, além de todos os finais serem removidos, o personagem James Suneoka foi igualmente removido (ele é o apresentador do programa "Dancing Heroes" no final do jogo e é o cara que conta as histórias do personagem que o jogador finaliza).

    Acho que é isso, abraço!

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    Respostas
    1. Saudações


      Agradeço pelas indicações citadas, porém o escopo do post não era ser informativo à este nível, mas sim de ser um convite prazeroso ao saudosismo ou, ainda, dar uma chamada para quem ainda não conhece tal jogo e resolver se divertir com tal.

      Entretanto, foi feita uma correção sobre Bi-O, a qual a minha pessoa deveria ter prestado mais atenção antes de publicar o post.


      Até mais!

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