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domingo, janeiro 21, 2018

[N! Drops] Jan'2018 #6: simbologia ou algo à mais?


Definindo limites...

Darling in the Franxx é a mais nova aposta do estúdio Trigger (Little Witch Academia, Kill la Kill), mas desta vez em um tipo de co-produção com o time do A-1 Pictures (Hai to Gensou no Grimgar, Working!!, Demi-chan wa Kataritai). Trata-se de um anime original, ou seja, que não é uma adaptação provinda de uma outra mídia (mangá por exemplo). Seu universo, baseado no gênero sci-fi, mostrou possuir um forte apelo logo que os primeiros PVs foram liberados, ao final de 2017.

Dois episódios deste anime foram exibidos. Seu ponto de partida já havia deixado, à vista clara, todo aquele protótipo clássico por parte da Trigger, em especial pelos momentos ecchi e algum fanservice. Os cenários, repletos de cores e bem feitos, foram os elementos técnicos mais representativos. A história não mostrou poder ser definida como inovadora ou impactante, e o elenco de personagens (salvo algumas exceções) não possui um fator carisma representativo (em uma comparação direta, Kill la Kill e Hai to Gensou no Grimgar foram muito mais felizes neste aspecto). Ainda assim, o primeiro episódio chamou a atenção da minha pessoa o bastante para seguir adiante com o mesmo.

Por sua vez, o segundo episódio mostrou com propriedade o significado para o nome deste anime. Mas não se limitou à isto. A verdade é que tudo aquilo que se define como motivo existencial para as crianças, nesta obra, ganhou uma visibilidade cuja conotação fez explodir diversas discussões pela internet afora. É necessário, visitante, saberes que tais jovens pessoas precisam (e devem) pilotar os Franxx (são os mechas do anime), para provarem serem dignas de existirem (pode ser o chamado "propósito de vida"). Como se trata de um mundo futurista arruinado, muitos dos costumes "antigos" se perderam com o passar do tempo, estando entre eles algo mais básico como o ato de beijar (que também possui forte conotação).

O protagonista Hiro (também chamado como Code:016) já foi um prodígio, mas atualmente está em um tipo de ruína própria, não conseguindo pilotar um Franxx apropriadamente, o que agora lhe vale uma péssima fama. A chegada de uma estranha garota com chifres, nomeada como Zero Two, é conhecida por já ter possuído muitos parceiros de combate, uma vez que todos eles morreram ao lado dela em um Franxx. Em razão disto, a fama dela está longe de ser das melhores e, ainda assim, o Hiro encapou um desafio inusitado no episódio inaugural que, na sua sequência, fez com que a atenção se voltasse novamente para ele (e não que isto fosse exatamente algo bom).

Concentração total. Mas, nem sempre querer é poder...
Para que estas crianças possam pilotar com maestria um Franxx, é necessário que o sincronismo de cada dupla dentro dos mechas seja, no mínimo, ótimo (sendo o fator excepcional mais indicado para tanto). E o segundo episódio fez questão de mostrar muito bem o modal como se dá tal ação. O posicionamento dos garotos e das garotas, no cockpit do Franxx, é mais do que distinto, sendo instintivamente ligado à conotação sexual por visualização simples. Eles ficam sentados, manipulando as alças que emergem de suas companheiras, usando de tais para controlar o equipamento no todo. Elas, por sua vez, ficam deitadas à frente dos rapazes, aguardando pelo sincronismo que determinará o quão os mechas poderão seguir adiante em suas missões, sendo que as garotas é que determinarão a face real do Franxx.

O descrito no parágrafo acima define, claramente, como que o segundo episódio de Darling in the Franxx fez eclodir exaustivas trocas opinativas na internet. Muito falou-se em um simbolismo sobre como a sexualidade é atualmente tratada no Japão, ao mesmo tempo no qual também cogitou-se que tudo isto não passa de um fanservice raso, desnecessário e sem sentido algum. Em ambos os pontos citados, contudo, subtende-se que poderiam haver outras maneiras das duplas buscarem o sincronismo perfeito em seus Franxx, na finalidade de obter a melhor operação possível dos seus mechas.

Não muito distante à isto tudo, está a figura da Zero Two. Esta incógnita personagem assistiu ao teste do Hiro no final do segundo episódio, que buscava pilotar um Franxx em batalha (tendo como parceira a Ichigo que, entre outras coisas, parece nutrir sentimentos por ele). Como adversário estava o Zorome (cuja parceira era a Miku). Uma vez que o Zorome costuma tratar mal o Hiro, o embate parecia ser perfeito, mas o resultado final do confronto apenas deixou em xeque a razão da Zero Two ter sorrido com algo de felicidade em seu semblante, destoando a discussão da Miku com seu parceiro no Franxx, enquanto a Ichigo mostrava-se em profundo desespero e angústia pelo que havia acabado de fazer.

Não se pode deixar de lado que a conotação sexual existiu. Talvez possa ser algo sério e muito além de um simples simbolismo, ao mesmo tempo no qual não queira nada significar e ali estar por puro fanservice. Para a minha pessoa, ainda é relativamente cedo para presumir algo ou prescrever alguma definição com maior propriedade, mas o fato é que Darling in the Franxx começou a lançar as suas cartas, para a alegria ou desespero de quem o anime assistir. Com uma história bem básica até o momento, e um elenco que ainda não cativou o bastante (mesmo para um início de jornada), fica difícil presumir o que deverá ocorrer daqui em diante. Mas por agora a Zero Two tem todos os motivos para continuar chamando o Hiro de "darling" (onde qualquer subjetividade para/com o nome do anime não será uma mera coincidência).

Aguardar é preciso...

Momentos...


"Uma incógnita chamada Zero Two..."


"Os líderes recomendam apenas a observação, então..."


"Preocupação e fúria, lado a lado, com prováveis outras intenções existentes..."



"Posições e gemidos que fizeram a internet entrar em polvorosa, em muitos sentidos..."


"Definindo o bom e o mal sincronismo em uma unidade Franxx..."


"Zero Two, a amante de doces e que também 
cordialmente pediu para a Ichigo cuidar bem do seu 'darling'..."


"Zero Two, aquela que definiu a Inchigo como sendo 'doce' também..."



"Uma tentativa. E então..."

Até a próxima!

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Carlírio Neto
Carlírio Neto, um fã de animação e cultura japonesa desde os anos noventa. Dramas são a especialidade pessoal. O personagem Wataru, de Sister Princess, representa bem a personalidade de minha humilde pessoa.

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