Em pauta!

domingo, dezembro 15, 2013

Análises em Geral - parte #73: falando de Little Busters! Refrain...

Um artifício nobre para o anime...

Obras do gênero drama. Eis aí a maior preferência que este humilde blogueiro que vos apresenta tal post tem, como preferência, dentro da animação japonesa. Não para menos, a maior parte dos títulos preferidos pertencem ao citado ou segmento (ou pelo menos trabalham o gênero com dignidade).

Na temporada que está para se encerrar, alguns animes têm apresentado uma marca muito expressiva dentro deste gênero. Para que exista uma confortável afirmação na ideia lançada, se farão citar três obras. Uma delas é White Album 2 que, muito embora seja do gênero romance, tem trabalhado um drama sentimental deveras consistente e presente. A outra obra é Nagi no Asukara que, mesmo longe de seu final (pois passará dos vinte e dois episódios), tem mostrado um drama repleto de questões pessoais e sentimentais que envolve as principais estruturas de seu elenco e enredo.

Mas o post em questão se tratará de Little Busters! Refrain. Com onze episódios já transmitidos, o anime mostrou o porque de carregar o bom selo de qualidade da Key Visual Art's. Diferentemente da primeira temporada (entre outubro'2012 e março'2013), a JC Staff tem mostrado um trabalho muito mais aceitável nesta sequência, sendo este o fator de várias teorias em torno das ações de tal estúdio com este anime.

Riki e Rin: um grande destino aguarda esta dupla...

A grande chamada de propriedade acerca desta obra está no desenvolvimento de seus protagonistas. Os primeiros episódios foram tão alegres e prazerosos que, dificilmente, você poderia imaginar alguma calamidade ou uma situação que se poderia converter em algum agravante mais substancial. Com o passar dos capítulos, a narrativa foi mudando radicalmente parta o gênero drama, delimitado justamente pelas ações de um único personagem..

Seu nome é Kyousuke. O rapaz que uniu à todos para formar um time de beisebol, conhecido como Little Busters!, para com o mesmo vivenciar os últimos momentos de vida estudantil com os seus preciosos amigos, estando entre eles o baixinho e persistente Riki e a medrosa porém amável Rin, que por sinal é a irmã do Kyousuke. O praticante de kendô chamado Kengo e o "simpático idiota" Masato. Este quinteto dividiu momentos preciosos de alegria e tristeza, acompanhados por outros personagens que deram um saudável complemento para toda a trama.

O escopo enaltecido de guardar preciosos momentos em grupo, como se fossem os últimos de suas vidas, acabou sendo apenas uma cláusula de escape usada pelo Kyousuke, pois seu propósito estava muito além disto. Na visão do rapaz, preparar seu amigo Riki e sua irmã Rin para a difícil vida no mundo real (adulto) era o seu real desafio. Sua possessão para que tal objetivo fosse alcançado aparentava não conhecer limites. Tanto isto é verdade que ele se deu ao luxo de executar ações que o transformariam em um verdadeiro monstro para alguns dos personagens e para vários que assistiam ao anime.

Uma reação do Kengo ante as ações do Kyousuke...

Este foi o caso indubitável de minha pessoa. Nas ações mostradas e nos subterfúgios por ele mantidos, a imagem do Kyousuke acabou se tornando a de alguém que não merecia confiança, prestígio ou o mínimo de respeito. Basicamente, ele havia sido convertido em um verdadeiro monstro com feições humanas. E isto era algo dado como muito nítido e até viril. Dificilmente a minha pessoa cogitava, em algum momento, poder mudar de opinião e ver o personagem com outros olhares mais positivos.

Lágrimas, suor e emoção. É possível aqui conotar uma entrega feita pelo Kyousuke, no intuito de fazer com que a dupla Riki e Rin pudesse se sentir preparada para vivenciar o mundo real, tal como o mesmo se faz apresentar. O Kyousuke errou em diversos momentos, ao ponto de sua imagem como líder ter ficado seriamente abalada. Mas este humilde blogueiro pôde notar algo ao longo destes onze episódios que já se fizeram exibir, com especial conotação para o mais atual.

Se no post do terceiro filme de Puella Magi Madoka Magica foi conotado que as pessoas naturalmente mudam, em Little Busters! Refrain foi mostrado que algumas ações podem esconder sentimentos generosos e sucintos por detrás das mesmas. Quem teve a oportunidade de se dedicar ao jogo desta obra já deveria estar à par disto, sendo o caminho oposto de pessoas como este humilde blogueiro (cujo único contato com a obra se deu através do anime). O Kyousuke mostrou que minha pessoa estava, no mínimo, com um pensamento equivocado ao respeito de tal personagem. Não há perdão para as ações já cometidas, mas existe a compreensão completa sobre o porquê das mesmas terem assim se realizado.

As reais lágrimas do Kyousuke...

O mundo adulto pode parecer glamoroso, mas há momentos em que tal universo é hostil e conspiratório. O mundo infantil vem à ser delicado, mas consegue ser resguardado e por vezes muito delimitado em suas ações. Não há bondade ou maldade perfeita, da mesma maneira que o certo (por ventura) não existe sem o errado em seu encalço (e vice-versa). São todos caminhos paralelos que, em algum momento, poderão acabar se cruzando em razão da estrada assim acabar permitindo. Não se faz aqui pedir para que você, amigo visitante, aceite estas palavras como realidade absoluta (e este nem é o anseio de minha pessoa), mas Little Busters! Refrain tem sabido trabalhar isso com muita ousadia.

O anime ainda não findou, mas já é possível lançar aqui um belo resumo para a obra que, qualitativamente, mereceu uma recomendação positiva do NETOIN! caso você deseje assisti-la. A entrega nos sentimentos, anseios e perspectivas é muito real, presente e nítida. Como um bom anime do gênero drama que se preze, chegar ao ponto de lágrimas não é uma tarefa complicada e, seguramente, faz o título ganhar preciosos pontos de satisfação e de equilíbrio em uma avaliação bem pessoal.

Little Busters! Refrain tem, realmente, o selo da Key Visual Art's para o dito drama e fantasioso. Chega a ser muito bonito rever passagens dos episódios dez e onze desta obra e acabar, por naturalidade, soltando um tímido sorriso por um dos lados de sua face, acrescido de uma expressão facial triste e quase chorosa. Parece que haverá muito para se comentar desta obra mais adiante, mas de momento é possível salientar que o drama e as situações mostradas neste anime farão falta, em algum momento.

Até breve, Little Busters!.

Little Busters! Refrain
recomendação positiva do NETOIN! para você, nobre visitante

Até a próxima!

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Carlírio Neto
Carlírio Neto, um fã de animação e cultura japonesa desde os anos noventa. Dramas são a especialidade pessoal. O personagem Wataru, de Sister Princess, representa bem a personalidade de minha humilde pessoa.

9 comentários:

  1. Concordo plenamente contigo. Little busters foi um anime que em sua primeira temporada se mostrou muito decepcionante, apresentando uma história slice of life monótona, e ao meu ver, muito cansativa de se assistir, inclusive dropei. Contudo, li e ouvi de que a segunda temporada seria o inverso e que seria o ápice do enredo e mesmo lendo isso não tive fé quanto a isso, mas para minha surpresa a história tornou-se dinâmica e bem mais rápida, por este motivo, comecei a me interessar e assistir todos os episódios dessa nova temporada. Em minha modesta opinião, comparado as demais obras trabalhadas pela Key considero ser uma obra relativamente ruim, não sei se é porque eu não assisti a primeira temporada completa, mas não consegui ter o feeling do clímax, meus sentimentos referentes ao diálogo entre Riki e seus amigos foram quase inertes apenas apresentando algo quanto ao momento da cadeira (evitar de soltar spoilers). Enfim, a meu ver eu aconselharia a quem quiser assistir que veja os 3 ou 4 primeiros episódios para entender o que é o Little Busters e passe a assistir o Refrain que ainda conseguirá entender tudo, salvo as novas garotas que entram no grupo, mas que no fim não fazem diferença alguma, faltou trabalharem bem esse lado relativo a elas. Agora quem tiver muita paciência pode assistir a todos os episódios espero que goste e que consiga. Ficou um pouco longo, porém, falar no geral é difícil em poucas palavras e espero que meu pensamento seja de fácil interpretação.

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    1. Saudações


      Na verdade, eu acredito que seja importante ver toda a primeira temporada.
      Temporalmente falando, existem alguns eventos nela que auxiliarão muito na compreensão total sobre o que está por acontecer em Refrain.

      De toda a forma, os episódios #10 e #11 de Refrain foram de tamanho clímax sentimental que, com a maior sinceridade do mundo, não se sentir emocionado com os mesmos torna-se bem difícil.

      Não se preocupe. Seu comentário foi realmente de fácil compreensão, nobre.


      Até mais!

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  2. Boa noite!

    Um ótimo post e sem grandes spoilers sobre a série, podendo influenciar o leitor a assistir a obra. Parabéns!

    Comentar sobre Little Busters! sem citar o grandioso quarteto é muito difícil, duplicando de dificuldade sem citar o importante Kyousuke, IMO.

    O jovem preferiu se tornar o alvo de ódio e raiva de seus amigos em prol do crescimento de sua amada irmã e de seu estimado amigo. Contudo, o mesmo preferiu não focar seus pensamentos nas consequências dessas ações sobre ele e nos demais. Sendo que essas atitudes ocasionaram na cisão do quinteto e em momentos de fortes emoções . Um exemplo, seria a apresentação dos motivos de cada um e as diferenças de opiniões, especialmente as do Kyousuke em relação aos outros.

    Enquanto que na primeira temporada o mundo é apresentado, na segunda, percebemos que o mesmo é mais complexo que a visão do Riki nos proporcionava. Nesse ponto sua analogia sobre o mundo adulto é excelente. Temas como nos preparemos para ele e quais são seus requerimentos sobre nós.
    O próprio Riki prefere esquecer esses questionamentos e o avanço do tempo, pois, ele almejava ficar com seus amigos para sempre, portanto, aproveita ao máximo todos os momentos com eles. Em algumas situações, ele refletiu sobre o futuro, como também o peso da graduação de Kyousuke sobre sua vida. Porém, não se importou muito com tais pensamentos, pois, lembrou que o mesmo estaria ao seu lado no que fosse preciso. Por isso, o jovem sofre muito com a mudança de personalidade do admirável amigo (o ídolo a se seguir). Riki não compreendia a causa disso, porque ele não esperava algo dessas proporções advindas dele. Como consequência se tem o fim do querido Little Busters, com muitas dores e pesares para os seus integrantes.

    O episódio 11 marca muito bem a série com sua boa adaptação e direito a lágrimas por muitos minutos. Sendo os causadores delas, aqueles que possuem um peso maior para toda a obra. Com certeza a cena das lágrimas do Kyousuke são muito dignas e dolorosas. O mesmo almejava continuar forte durante toda sua árdua caminhada. Ele sabia como ninguém que teria de ser o alicerce dos amigos naquele momento, entretanto não resiste as carinhosas palavras ditas por seu grande amigo. Como qualquer um, ele não queria que o trágico futuro ocorresse para com os dois (Riki e Rin) e os separassem.Nesse momento percebemos como ele não queria perder nenhum daqueles que amava, perdendo sua compostura depois de um longo período. Cumprindo muito bem seu papel de reconciliação de uma forma emocionante e digna, IMO.

    O final do anime se aproxima, prosseguindo para a revelação dos últimos segredos. Estou muito ansiosa para assistir a adaptação do final dessa bonita obra.

    Até mais o/

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    1. Saudações


      Certeza de que este foi um comentário normal?
      Pareceu ser um post dentro do próprio post, nobre amiga Melima. E muito lhe agradeço pelo mesmo, com sinceridade total.^^

      Concordo plenamente com o que tu enfatizaste.
      O Kyousuke mostrou o porque de suas ações e que, de pronto, taxá-lo como "malvado" foi um grave equívoco de minha parte.
      O episódio #11 não foi o final da obra, mas com certeza representou o ápice da mesma, com total propriedade.

      Grato por sua motivação em cada palavra.^^


      Até mais!

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    2. Agradecida demasiadamente e sem palavras, meu bom amigo.

      Pelo menos era para ser um xD
      Muito obrigada mesmo! Eu que agradeço por possibilitar as discussões sobre as séries que nós acompanhamos.

      Não apresentar tais pensamentos sobre o Kyousuke sem antes saber de suas reais intenções seria muito difícil, não se sinta mal. Kyousuke conseguiu enganar muito bem, digamos que ele cumpriu seu papel.
      O final se aproxima... Estou muito ansiosa para assisti-lo.

      Disponha ^^

      Até mais o/

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    3. Saudações


      A nobre Melima está realmente sendo participativa de uma forma honrosa e muito elogiável...

      Falar do Kyousuke, só de forma completa mesmo.
      Tens razão.^^

      E sim, continuo à lhe agradecer muito por tudo isto.^^


      Até mais!

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    4. Que isso... Fico lisonjeada em saber disso.

      Eu que tenho a agradecer, grande Carlírio.

      Até o/

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  3. Concordo plenamente. O personagem Kyousuke foi responsável por uma das maiores montanhas-russas emocionais já existentes em uma obra oriunda do Japão. Como fã incondicional da franquia "Little Busters!" desde a minha leitura da visual novel no final de 2011, fico extremamente feliz em saber que a mensagem por trás do personagem Kyousuke conseguiu ser passada para alguém que acompanhou a série não pela obra literária original, mas sim pela sua adaptação, digamos, polêmica da J.C. Staff. Afinal, estamos falando de um enredo cujo tema não é nada mais, nada menos do que a "amizade" e o "crescimento", tanto no sentido de envelhecer como no de amadurecer. Kyousuke não planejava nada mais, nada menos do que preparar a sua irmã e o seu melhor amigo para a fria e imperdoável realidade que os aguardava além do "Mundo onde Nada Acontece", independente dos meios que levariam a esse fim serem considerados aceitáveis ou não. Não só Kyou, mas de certa forma todos os Little Busters tiveram que permanecer firme e forte diante da situação: Masato continuou sendo o amigo estúpido que costumava ser, mas estava sempre lá para ajudar o RIki quando ele precisava. Nas suas horas de maior dificuldade, Naoe sempre se deparava com o quarto vazio. Porque? Pelo fato de Masato saber de tudo o que está acontecendo e querer que Riki chegue chegue às respostas de suas charadas sozinho. Até o seu último momento, Inohara Masato continuou sendo o amigo fiel e idiota que sempre foi, sem se deixar abalar com o destino que o esperava. Kengo, por outro lado, não conseguiu ser tão forte assim. O praticante de kendô era contra os métodos que Kyousuke pretendia utilizar e no fim das contas, não conseguiu manter a compostura. Lembram quando Kengo começou a ficar "animado e sorridente" do nada? Era a sua vontade de ficar com os amigos que tomou conta de suas ações. Ao mesmo tempo, Kengo sempre estava lá por contra própria para ter certeza de que RIki estava mesmo fazendo a coisa certa. No episódio em que Naoe estava no cemitério tentando pensar no que fazer para salvar a sua amiga Komari, por alguns segundos é possível ver um guarda-chuva branco no background, logo após Riki começar a correr de volta para o dormitório. O anime infelizmente não especificou, mas quem estava debaixo daquele guarda-chuva era o Kengo. Basicamente, Kengo era o mais apegado aos outros Little Busters, mas não podia mostrar esse seu lado tanto por não poder quebrar a sua compostura em frente dos outros, como por não aprovar o que Kyousuke estava fazendo. E quanto ao lado do irmão Natsume, creio que já foi dito tudo por aqui.

    Gostei bastante desse post e li por recomendação de um amigo meu - não me decepcionei. Muito bem escrito e com uma análise profunda da história e de seus personagens, de forma que eu provavelmente começarei a acompanhar o "NETOIN!" agora. Parabéns pelo texto, e continue com a qualidade excepcional! o/

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    Respostas
    1. Saudações


      É possível tirar muitas lições deste anime...
      O Kyousouke, em si, pode fazê-lo muito bem...

      E a verdade é que este anime surpreendeu de uma forma tão positiva, que os poucos deslizes do mesmo podem ser apaziguados de forma bem humilde e presente.

      Agradeço por suas palavras, imensamente.^^
      Pode aqui visitar e comentar quando bem desejar.


      Até mais!

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