Mokona voltando para o Brasil.
Um título de valor e carisma, mas de anúncio um pouco equivocado.
A Editora JBC tem realmente mostrado um grande trabalho, especialmente no que tange à época que coincidiu com a chegada de Cassius Medauar a citada empresa (como editor de conteúdo). O fato ocorrera em maio de 2012 (relembre-o ao clicar aqui) e acabou tendo uma representatividade que suplantara a ideia de dimensão da mesma, que por sinal já era grande.
Embora o próprio Cassius não aceite ser chamado de o único responsável pela novo modo como a JBC tem sido vista por boa parte dos fãs brasileiros de mangás (como pode ser observado na curta entrevista dada oa NETOIN!, durante a GibiCON #1 em Curitiba/PR), a verdade é que para muitos tal fato é justificável justamente pelo modo como as mudanças nas publicações acabaram ocorrendo em tal espaço de tempo. Cassius, com toda justiça, já havia dito para minha pessoa em Curitiba/PR que todas as mudanças teriam ocorrido com ou sem ele, sendo tal pessoa parte de uma grande equipe.
Os parágrafos acima se justificam ainda em uma dosagem à mais, quando se faz aqui citar a volta de uma obra memorável ao Brasil. Tal título já havia sido publicado no distante ano de 2001, fazendo parte da famosa leva dos quatro primeiros mangás que a Editora JBC havia trazido para o solo tupiniquim, o que realmente alegrou a muitos (incluindo este blogueiro) em tal época).
As capas da fase #2 de Magic Knight Rayearth.
Magic Knight Rayearth foi o anúncio dado ontem, dia 11 de setembro, pela já citada editora na rede social Twitter e pelo portal de comunicação Henshin. Trata-se de mais uma republicação, que seguirá os passos do trabalho feito nas novas edições de Card Captor Sakura e Rurouni Kenshin, ou seja, o chamado mangá de colecionador. Originalmente, a obra foi publicada em doze volumes no Brasil (isto em 2001), mas o retorno das guerreiras mágicas será tal como se dera em sua investida original no Japão, contando com um total de seis volumes em tankobon. Infelizmente não há maiores informações sobre a republicação (além do Cassius ter enfatizado, em seu Twitter, que haverão surpresas na nova publicação), então aguardar por novidades é preciso.
A história da obra é bem conhecida entre os brasileiros (ao menos minha pessoa presume isto), uma vez que o anime de Magic Knight Rayearth começou a ser transmitido na televisão aberta em 1995 (no SBT) e, sete anos depois, acabou ganhando a sua versão em mangá no Brasil. E o enredo da obra, como se pode averiguar, une características bem comuns das publicações japonesas, como lutas entre mechas, poderes mágicos e um romance bem presente (na verdade alguns).
Em sua história, a obra o lança em uma mundo desgarrado onde a vontade de uma pessoa tudo define no planeta. Tal lugar se chama Cephiro (Zefir no Brasil). Quando a pessoa com tamanha responsabilidade não mais podia pensar unicamente no mundo e em seus habitantes (o chamado Sistema do Pilar), a própria acabara convocando guerreiras de um planeta distante com uma finalidade brutal que, de momento, foi escondido das três jovens chamadas Hikari, Umi e Fuu (Lucy, Marine e Anne, como ficaram conhecidas entre os brasileiros). Um enredo que não apresentou um vilão declarado e que lançou uma questão na mente de quem leu a obra ou viu o anime, estando a mesma sobre a definição do certo e errado.
Imagem do último volume de Magic Knight Rayearth no Brasil (em 2001).
Normalmente, a chamada para uma republicação como esta seria comemorada por uma boa fatia dos consumidores de mangás, uma vez que muitos destes não tiveram contato com a publicação inicial e, certamente, tal republicação acabara chegando em momento oportuno. Entretanto, uma pequena falha acabou ocorrendo no marketing em torno de tal obra nas redes sociais. As chamadas enalteciam a chegada de um novo shoujo mangá no Brasil, o que acabou fazendo a mente das pessoas trabalhar muito sobre qual título estava por vir.
Na já citada data 11 de setembro, o que acabou acontecendo foi o contrário da premissa inicial enfatizada no merchan explicado acima. A JBC anunciara a republicação de um mangá, e não a chegada de uma nova obra. Desnecessário enfatizar que isto acabou deixando muitas pessoas chateadas, pois estavam ansiando por uma novidade. Muitas opiniões se fizeram repercutir nas redes sociais e no próprio Henshin, deixando clara a insatisfação de tais pessoas não pelo retorno de Rayearth, mas sim pela maneira que a propaganda foi conduzida. Este é um fato que certamente será considerado pelos mesmos.
Minha pessoa não acredita que isto abalará as estruturas da Editora JBC tão negativamente, mas fica o registro (opinião pessoal deste blogueiro) de que o dito merchan não foi bem conduzido, e a lição serve para isto (no intuito de ser estudada para que tal engano não ocorra novamente). Quanto a Magic Knight Rayearth em si, adquirir a nova versão do mangá não é prioritário para este blogueiro no momento, mas tudo poderá ocorrer. A obra é de imensa valia, apenas sendo necessário salientar que a forma que o merchan foi realizado acabou deixando a desejar.
Até a próxima, visitante!
Leia o post sobre o anime Magic Knight Rayearth ao clicar aqui
Veja o texto sobre o mangá Magic Knight Rayearth, clicando aqui
[ made in NETOIN! ]
O autor do NETOIN! é...
Carlírio Neto, um fã de animação e cultura japonesa desde os anos noventa. Dramas são a especialidade pessoal. O personagem Wataru, de Sister Princess, representa bem a personalidade deste humilde blogueiro. Veja um pouco mais sobre o autor do blog NETOIN!aqui. |
Olá.
ResponderExcluirNão há como ter uma opinião diferente (pelo menos no meu caso). A mente humana gosta de ruminar ideias e viajar. Eu fui daqueles que viajou para o mundo de Tonari, mas meus balões de gás hélio foram estourados por algumas guerreiras... =(
Saudações
ExcluirNão consegui achar ruim a volta de Rayearth, pois acho até bem-vinda a ação.
O problema está, para mim, unicamente na premissa do marketing feito, que acabou fuscando em grande parte o poder do nome de tal obra.
Até mais!
Olá!!
ResponderExcluirVocê esqueceu de falar que a editora havia dito que não publicaria shoujo porque este gênero não vende. Escorregada feia da editora hein? E o merchan deixou todo mundo irritado, principalmente aqueles que esperariam uma obra nova e não uma republicação.
Infelizmente, não faz parte da minha lista, tanto porque eu tenho os volumes antigos, que foram conseguidos com várias visitas a um sebo. ^^
Até mais
Saudações
ExcluirNobre Natália, não citei isto por não me recordar sobre a época na qual tal frase foi entoada (se na época do Cassius ou não). E evitar descrédito é importante, então se eu me lembrasse direito poderia realmente ter feito a menção.
E espero que a nova publicação esteja a altura do que a obra merece.
Até mais!
Hummm, O que posso falar a respeito dessa notícia?
ResponderExcluirNão adquiro qualquer mangá da editora JBC por motivos de que os título trabalhados por esta não me agradam. Apesar disso, quero expressar a minha opinião concernente a republicação, que por sinal, tornou-se moda da JBC. Nunca gostei de republicações (apesar de achar que alguns títulos merecem, devido as inconstâncias de periodicidade no passado prejudicando os consumidores), porém, vejo pelo prisma de que a JBC tenta mesclar republicações para suprir o tempo pelo qual é gasto para negociações e legalização das obras, ainda mais por prometerem anunciar um título por mês sendo, portanto, um prazo muito curto. Além disso, prefiro que a JBC relance algumas obras para que tenha tempo para trazer excelentes mangás e que façam um produto de qualidade, pois temos, como exemplo, ao no exorcist que muitos aguardavam e a qualidade não foi o que se esperava (segundo um colega, ele esperava muito mais).
Fora isso, povo reclamão se tudo que nós quiséssemos se realizasse o mundo seria muito melhor e não haveria tantos problemas. Para aqueles que acharam ruim é simples de resolver, simplesmente não comprem.
Obs: já que estão reclamando, só para constar o título que eu quero é Higurashi no Naku Koro Ni, e já até pedir minhas esperanças de ser publicado por aqui (obra muito longa e já foi finalizada a algum tempo atrás).
Saudações
ExcluirDe minha parte só reclamo de como a propaganda foi feita, pois de novo lançamento para relançamento há um agrande diferença de significado e amplitude. No mais, acredito que venderá bem ainda assim, pois a obra tem prestígio o bastante para "andar sozinha".
Quanto à quem reclama pelo hábito de reclamar (unicamente), só posso lamentar...
E Higurashi seria realmente digno. Tens meu apoio, nobre.
Até mais!