Em pauta!

terça-feira, junho 10, 2014

[N! Drops] Jun'2014 #31: desafios de Black Bullet...

Esperança.

Falando de preconceito e incitação ao ódio...

Black Bullet é um anime de facetas distintas. Mesmo que seu trama central não possua atributos que façam com que a obra seja lembrada e relembrada após o seu encerramento, a verdade é que algumas variantes estão sendo trabalhadas com exímio vigor. É interessante notar quando um anime quer mostrar mais do que, em teoria, se poderia imaginar que o mesmo viesse à mostrar. Mas a temática tratada na excelência, em si, nem de longe é das mais belas ou dignas de palavras em verso e prosa.

O décimo episódio deste anime em pauta mostrou a faceta de uma sociedade dominada pelo medo. Na Tóquio futurista, que se protege dos Gastrea por intermédio de grandes blocos que circundam a cidade (chamados monolíticos), a população local arranjou não apenas a quem temer como, principalmente, à quem lançar todo o seu ódio e fúria presos em suas mentes e corpos.

E os olhares, com isso, voltam-se totalmente para as crianças amaldiçoadas. Tratam-se de garotas que cresceram na parte da cidade infestada pelo vírus tão duramente combatido e que, graças à isto, possuem grande poder (e um período de vida medido através do uso de tal força). Estas meninas, em um trabalho compartilhado com os agentes locais, tentam salvar o que restou da grande metrópole.

Ao salvamento.

Eis aí uma função ingrata. O oficial Rentarou, disposto à lutar contra os Gastrea na companhia da pequena Enju, estava dando aulas para um grupo de crianças amaldiçoadas (com a ajuda da Kisara). As meninas pareciam estar bem alegres, felizes, envoltas por um espírito caridoso emanado por tal oficial. Infelizmente, os sonhos destas jovens acabaram não encontrando a linha de chegada tão desejada, pois o ódio e o medo fizeram com que tais garotas não mais pudessem aprender, brincar ou simplesmente olhar para o mundo uma vez mais.

Com tal ocorrência, o Rentarou passou a questionar-se sobre "o quê" ou "quem" valia a pena salvar naquele "ninho de cobras" de nome Tóquio. É digno ressaltar que, uma vez estando dominada pelo medo e pela iminência da destruição, toda a população busca encontrar um alvo para tentar "aliviar a sua dor". Infelizmente esta é uma ação que soa de maneira viril e egoísta, mas que não se faz situar distante da realidade humana deste planeta (imaginar o mundo em situação de um conflito de grande escala ganha muita força neste momento).

Com grande contundência, o décimo episódio de Black Bullet pode ser oficialmente colocado na lista dos mais tristes não apenas da atual temporada, como também de todo 2014 até o momento. Embora pode-se aqui mensurar que o anime não é um marco e nem deve ser citado como uma obra diferenciada em seu segmento, a verdade está em dar um atributo bem positivo ao drama e, principalmente, às amostras da facetas da sociedade humana que a obra tem mostrado desde o seu início (basicamente). É difícil não sentir pena pelas meninas, mas é possível imaginar o que se passa na mente do grupo.

E o anime continua clamando por atenção...

Momentos...


"Momento de entregar as tarefas e de declarar um sentimento especial..."


"Olhares tortos e viris durante o passeio..."


"Momento de explicações durante um bom passeio..."


"E todas as crianças amaldiçoadas gostam muito do Rentarou..."


"Kisara e seu pedido para que o sonho dela nunca se acabe..."


"Um sorriso em meio a um ato de crueldade..."


"Olhando para algo simplesmente inaceitável..."


"O resultado do medo e do ódio de muitos..."


"Afinal, quem realmente está sendo protegido aqui? Onde existe justiça neste mundo?"


"A defesa que cai com força..."


"A visão arrebatadora..."

Até a próxima!

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Carlírio Neto
Carlírio Neto, um fã de animação e cultura japonesa desde os anos noventa. Dramas são a especialidade pessoal. O personagem Wataru, de Sister Princess, representa bem a personalidade de minha humilde pessoa.

2 comentários:

  1. A série usa e abusa das lolis para acertar tal público alvo, e tem alguns defeitos técnicos e de direção, mas não podemos negar que seu enredo mesmo que não marque e seja considerada uma obra que se eternizará, tem esses pequenos senão que fazem pensar pelo menos enquanto você a esta acompanhando.

    Sobre as meninas mortas foi um ato cruel, mas não marca tanto como a pequena jovem cega que sorri por ser a unica forma que conhece de expressar sua gentileza após ter furado seus próprios olhos pelo preconceito que recebia dos mesmos que a intimidavam no momento, e foi mostrado no episódio anterior.

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    Respostas
    1. Saudações


      O que ocorreu neste episódio me marcou mais que o anterior, nobre... E pode acreditar: muito disto em virtude da garota cega, que parece possuir um grande poder escondido (vide últimos momentos do episódio #10).


      Até mais!

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