Em pauta!

segunda-feira, março 21, 2016

[Guest Post] Daiya no Ace: o difícil caminho para ser um Ace

A chamada da vez.
Momento das apresentações...

Daiya no Ace (Ace of Diamond em inglês) é um anime produzido pelos estúdios MadHouse e Production I.G, cuja primeira temporada contém setenta e cinco episódios e a segunda está em vias de terminar, tendo até aqui cinquenta e um episódios. A animação é baseada no mangá homônimo, escrito e desenhado pelo mangaká Terajima Yuuji e serializado na revista semanal Shounen Magazine, da editora Kodansha.

Devido ao meu grande apreço e carinho pela obra, o nobre Carlírio me convidou para essa postagem especial (pedido que não pude recusar). Então convido você, leitor do NETOIN!, a me acompanhar neste texto sobre esse ótimo anime de esportes.

Para quem não me conhece, meu nome é Joana Barbosa (você poderá ver onde estou nas redes sociais ao final deste post). Sou fã de animes e mangás e cai de paraquedas nesse universo de Daiya no Ace (quem quiser me salvar, agradecerei muito). Estou sempre disponível para conversar sobre assuntos que gosto, então não é a toa que estou aqui no NETOIN! apresentando um dos meus animes favoritos. Obrigada Carlírio pelo convite e espero que possamos trocar experiências sobre essa obra maravilhosa.

Daiya no Ace: o difícil caminho para ser um Ace...
por: Joana Barbosa

"Vamos ganhar o campeonato de outono!".
A história acompanha a vida do arremessador Sawamura Eijun, sendo ele um jovem da região de Nagano que, próximo ao fim do seu Ensino Fundamental, é convidado para jogar baseball em uma escola de elite na região de Tokyo chamada Seidou High. No principio, o Sawamura é muito relutante em aceitar o convite, já que o fato de continuar jogando com os seus colegas e amigos já é suficiente. Entretanto, a professora Takashima Rei não desiste e o convida para assistir um dos treinos.

Lá, Eijun tem seus planos mudados ao conhecer o receptor Miyuki Kazuya, um gênio em sua posição e em visão de jogo, e também após ter enfrentado o rebatedor veterano Azuma. Logo após o desafio, e com o apoio de familiares e amigos, Sawamura decide fazer seus estudos em Tokyo e se juntar ao time de baseball da Seidou, a fim de crescer dentro do esporte e se tornar o Ace (Às no caso), enfrentar atletas mais poderosos e conquistar o campeonato nacional do Japão.

Com uma premissa muito comum a todos os animes do gênero, acredito que Daiya no Ace se destaca pelo carisma dos personagens e pela forma como se desenvolve a história. Mesmo com uma narrativa lenta (afinal a primeira temporada tem setenta e cinco episódios), os eventos não são desnecessários e o mesmo acaba valendo para os fillers, pois o crescimento dos personagens é verdadeiro, eficaz e preciso em todas essas etapas. Podemos pegar o próprio Eijun como exemplo, pois no início (mesmo possuindo um imenso potencial para ser arremessador), o nosso protagonista precisava fortificar o corpo e melhorar em muitos quesitos dentro do jogo, já que o mesmo não sabia todos os esquemas defesa presentes em um time de baseball.

Os melhores arremessos são obras de arte, feitas pelo trabalho em conjunto
do arremessador e do receptor.
Logo, mesmo que o anseio do público estivesse em ver o Sawamura vestindo a camisa número #1 (sendo esta destinada ao Ace), sabemos que nas condições que ele chegou ao time isto seria inviável. Assim, esse longo caminhar da história não é só para mostrar que ele melhorou como atleta, mas que ele chega cada vez mais próximo de ser um Ás que o time merece e precisa em campo. Sem falar que o crescimento dentro do esporte reflete também na pessoa que o personagem é, uma vez que antes ele não demonstrava tanto respeito por alguns senpais e falava com o próprio técnico em uma linguagem informal.

As "patadas" que ele tomou no início da obra serviram para o rapaz também ser mais humilde e refletir que não apenas ele, mas todos os alunos que ali estavam também trabalharam duro e queriam ser reconhecidos como grandes jogadores. E, como Ace, o Eijun teria de carregar todos os sentimentos do time consigo, o que é uma responsabilidade que não pode ser dada para qualquer um.

Não se joga baseball sozinho...
Esse arco de crescimento do Sawamura acontece também com outros personagens, afinal não se joga baseball sozinho. Muitos dos jogadores que estão em volta do Eijun, tanto os que já estão no time principal quanto no reserva, também tem arcos de desenvolvimento que são importantes para a história. Furuya Satoru, o rival do protagonista no time, tem um papel fundamental para o próprio Sawamura Eijun, pois ambos precisam um do outro para crescer, justamente pelo fato de a relação rivalidade/amizade existente entre eles os impulsionam a serem cada vez melhores.

E isso reflete na filosofia do técnico Kataoka Tesshin, cuja filosofia de trabalho está na crença de que em um time bom e forte, todos crescem juntos. Ele aprendeu isso tanto na vida dele como estudante (ex-aluno da Seidou), quanto com os alunos com os quais convive todos os dias. Assim, não apenas o protagonista toma cena, mas sim todos os elementos acabam sendo bem importantes.

Os adversários também vão ganhando destaque com o passar dos episódios, o que permite ver as diferentes visões de cada técnico e as contrapor entre si. Isso que resulta em times com personalidades diferentes, mas não menos fortes que o principal. Essa riqueza de personagens e histórias (em ciclos) dentro de Daiya no Ace fazem com que, a experiência que se tem ao assistir o anime, valer muito a pena.

"Prazer em conhecê-lo, perdedor..."
Outro ponto chave dentro da série é o próprio esporte, uma vez que o baseball é a modalidade mais popular no Japão, refletindo assim em um grande número de torneios e times escolares (considerando diretamente o Ensino Médio). Os campeonatos que aparecem na animação são correspondentes aos que acontecem na vida real, e tocam em um elemento importante dentro do universo de Daiya no Ace, cuja fidelidade com a qual apresenta o esporte é muito admirável.

Em todas as táticas, jogos e treinamentos, o baseball é fielmente adaptado na obra (tanto nos momentos bons, quando um jogador consegue se superar e melhorar em campo, quanto nos ruins, como machucados que impedem um atleta de fazer parte do time). Essa realidade em torno do esporte é muito apreciada pelo público cativo e muito elogiada pelos próprios fãs da modalidade (bastando ver em fóruns de discussão sobre a série o quanto que a mesma é prestigiada por tais valores). Acompanhar Daiya no Ace é também acompanhar esse mundo, mesmo possíveis incoerências (como a carga de treinamento físico para alunos tão jovens, algo que, fora do basabell japonês, eu não consigo conceber na minha mente por mero desconhecimento aprofundado sobre o assunto).

Para quem não entende nenhuma regra do desporto em si, não existe uma razão para se assustar, pois é possível aprender o que está acontecendo em campo conforme os episódios vão passando. Tanto os momentos de treino do time quanto as explicações durante os jogos são muito esclarecedores e um telespectador atento consegue pescar todas as informações necessárias para entender as dinâmicas. Desta forma, assistir Daiya no Ace é também uma oportunidade de conhecer esse esporte, que passa de desconhecido para familiar conforme a história vai progredindo a cada novo episódio.

A glória de um verdadeiro Ace está nesta ação...
Aparentemente, Daiya no Ace é um anime pouco apreciado pelo público brasileiro, visto aquilo que percebo transitando nas redes sociais (e se verídico for acabará sendo uma grande injustiça com a obra). O anime é bem produzido, animado e dirigido, e, como dito durante todo esse texto, a história vai crescendo gradativamente, mantendo a atenção do telespectador. Com personagens carismáticos e um universo que consegue atrair tanto conhecedores do esporte quanto leigos, acho válido a obra receber uma chance por quem ainda tem alguma dúvida sobre vê-la ou não.

Para quem teme pelo fato de assistir a mais um "anime infinito", reitero o que o fim da segunda temporada já está confirmado para este mês de março, finalizando assim com cinquenta e um episódios. Se somarmos com os setenta e cinco capítulos da primeira temporada, ficamos com um total de cento e vinte e seis episódios do anime,  que cobrem fielmente os quarenta e sete volumes do mangá, já finalizado.

Caso você já acompanhe a série, não tem porque se desesperar de nenhuma forma. Isto porque Daiya no Ace Act II, que cobre o 2º ano do Ensino Médio do Sawamura Eijun, está sendo publicado pela Shounen Magazine (ainda com pouco conteúdo para se tornar uma série animada). Dê uma chance para este anime, pois tenho quase certeza de que a pergunta à ser feita por ti terá como base o fato de não ter começado a ver esta ótima obra antes.

"É como se você fosse um bebê que acabou de aprender sobre o baseball..."
E este foi o texto da nobre Joana, cuja última frase impactou
diretamente no íntimo deste humilde blogueiro.

O NETOIN! agradece a jovem por este ótimo post, com a
segurança de que ela deverá retornar para este humilde
espaço na internet para breve.


"Não somos reis, mas sim desafiadores!"


"Ah, Sawamura e seus momentos de aprendizado com lágrimas e suor..."


"Isto é Daiya no Ace!"

Até a próxima!

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[ made in NETOIN! ]


Conheça a jovem convidada, visitante...

Joana Barbosa, integrante do blog Shoujismo e amante de ótimos shoujos e joseis. Além disto, divide tais paixões com os eventos desportivos (como as Olimpíadas) e ama as obras de tal temática. O título Daya no Ace deixa bem nítida esta característica da nobre.

3 comentários:

  1. Devia se chamar Furuya of Diamond kkkkkkkkkk é um anime de qualqualidade, mas o Eijun é mt apagado e os momentos de gloria dele são mt momentaneos e superficiais, tipo fogos de artifício, na hora que explodem São lindos, mas quando o show acaba, ngm lembra e nem da crédito, so pelo fato do Furuya roubar o foco do Eijun jah da raiva, afinal, se o Furuya fosse um Ace tão bom, não precisaria ser substituído, e o Eijun pra mim é o melhor pitcher do anime todo, conseguiu jogar 9 entradas na segunda temporada e ainda levou o time a vitória, sem contar que, a maioria dos jogos desse anime tooodoooo, só tiveram a vitoria conquistada graças a ele... E uma história muito boa, mas ao mesmo tempo desanimadora, por que você fica que nem um babaca esperando o Eijun virar o Ace, e isso nao acontece...

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    Respostas
    1. Saudações


      Pontos interessantes os seus, nobre.

      Pedi para que a jovem responsável por este texto venha até aqui responder o vosso comentário. Acredito que ela seja, disparadamente, a mais indicada para fazê-lo.


      Até mais!

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    2. Oi Jubiye, aqui é a Joana (quem escreveu o post). Entendo totalmente o seu sentimento. Meu personagem favorito em Daiya no A é o Eijun. Ele tem uma evolução incrível como atleta e como pessoa durante a história. Cada capítulo, cada situação e cada pessoa fazem ele ser um personagem melhor, conforme o andamento da história. E é muito frustante ele não receber a camisa de Ace por conta disso. Eu não sei em que parte do anime/mangá você está, mas ainda há esperança.

      O anime só adaptou o Ato I, que são os primeiros 42 volumes do mangá. Agora está sendo publicado o Ato II, que já conta com 120 capítulos. Eijun ainda não é o Ace (infelizmente), mas existem muitas chances dele ser nomeado, já que ele é o melhor pitcher do time. Vamos torcer pra que ele finalmente seja o Ace. Eu tbm estou no aguardo, como você. Não vejo a hora do meu Bakamura ser considerado Ace, como ele merece! Toda a espera vai valer a pena!

      (se tiver twitter e quiser falar mais sobre como o Eijun é incrível e sobre Daiya, só vem falar comigo: @daimines)

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