Em pauta!

sexta-feira, fevereiro 13, 2015

Análises em Geral - parte #81: especial Yumemi de Planetarian...

Planetarian.
E na véspera do Valentine's Day...

Uma robô que guarda consigo a lembrança de uma humanidade que, desde algumas décadas atrás, tem definhado em progressiva velocidade. A ganância e a luta pelo poder fizeram com que a espécie humana fosse "traída" pela sua própria tecnologia, fazendo com que o meio ambiente se voltasse contra tais seres vivos. Hoje, o planeta Terra não é nem sombra daquilo que exibia outrora e, entre pilhas de construções cinzas e um céu de igual cor, tal robô permaneceu sempre em seu posto atrás de uma visita.

Em Planetarian, uma das novels que carrega consigo a assinatura da Key Visual Art's, a presença da sempre esperançosa Hoshino Yumemi marca um verdadeiro ciclo dentro da obra. Mesmo à par de que o mundo mergulhou em caos sem volta, ela cuida como pode de um abandonado planetário, sempre aguardando um novo visitante com muito afinco, visando mostrar para tal as belezas do universo que rodeia a Terra. Visões estas que, graças ao estado atual do ambiente no planeta, não podem mais serem simplesmente vistas ao olho nu.

Esta robô possui as suas características de interesse. Embora não fosse humana, possuía claras feições e um certo sentimento de calmaria plena no ar, dando a ideia de que ela poderia ser uma pessoa comum ao primeiro olhar (o que já era possível graças a sua apresentação visual). Foi assim que um humano chamado Kuzuya, sendo ele um Junker (andarilho à procura de raros itens para revendê-los à preços ebm extravagantes). Toda a sutileza e inocência da Yumemi deixaram o citado humano demasiadamente bravo, confuso e até hostil. Mas aos poucos ele acabou notando que a simpática robô era, de fato, alguém que lhe cativava no âmago do seu subconsciente.

A inocência sem fim de uma androide...
Ela, Yumemi, sempre semeou a bondade em seu local de trabalho. Gostava de ver as pessoas atentas às suas explicações sobre o universo, o próprio mundo e tudo que podia se coligar para esta temática. Sorria com vontade, aliás, tal ação por parte dela conseguia superar a mesma provinda de muitas pessoas, que geralmente as executavam por "obrigação social" ou apenas para "não parecer sem educação". Esta robô, que na verdade era uma androide, tinha uma base fixa na máxima regida pelos costumes da boa vizinhança, sempre utilizando-se de palavras e expressões forradas de boa educação, sentimento, cortesia e caridade.

Seus cabelos prateados/brancos/azuis davam uma conformidade gritante ao seu singelo ser. Seu visual, de maneira completa, dava tais ares de maneira humilde. A Yumemi sempre se desculpava por coisas mínimas e, não distante à isto, fazia de tudo para seguir adiante em ações com muita vontade. Para o público de outrora que visitava tal planetário, esta androide devia ter sido criada por alguma encarnação divina, pois a bondade que nela transbordava brindava a aura de todos com alegria. Décadas após a grande calamidade ambiental, ela ainda mantinha este seu aspecto legitimamente cortês. Nem mesmo o Junker com sua arrogância (mesmo que justificável pela vida difícil que tinha) conseguia vencer a Yumemi nestes momentos.

Desta forma prosseguiu a existência da simpática Yumemi. Toda a sua devoção e carisma jamais poderão serem esquecidos. Mas desde a sua primeira aparição até o derradeiro final que a aguardava em Planetarian, fica a singela e vistosa lição sobre bondade e carisma que desta personagem emanavam com toda a força possível. Para uma androide que ficara décadas sozinha sem ninguém aparecer na sua frente, ela realmente tinha um coração de ouro.

Bravo, Yumemi. Bravo...

Imagens...


"Fico feliz em ajudá-lo, senhor cliente!"


"Apresentando o planetário..."


"Um dócil momento..."


"Um perigo à frente..."


"Bondade e gentileza que tomam conta de seu ser..."


"A graciosa Yumemi!"

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Carlírio Neto
Carlírio Neto, um fã de animação e cultura japonesa desde os anos noventa. Dramas são a especialidade pessoal. O personagem Wataru, de Sister Princess, representa bem a personalidade de minha humilde pessoa.

2 comentários:

  1. Me lembro bem dessa obra. Comprei a versão para o PSP na época do Grande Terremoto. Uma história muito bonita, embora triste. Dói bastante a parte em que ela diz "Não era eu quem estava com defeito, mas sim..." e olha com tristeza ao redor. A referência às Três Leis também foi tocante.

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    Respostas
    1. Saudações


      Seja bem-vindo até aqui, nobre Usys.

      Eu acredito que Planetarian é uma obra tão tocante quanto a premissa faz assim presumir.
      E com o adendo da Yumemi ser um foco de carisma quase sem igual...

      Concordo totalmente com as suas observações.

      Grato pelo seu comentário e visita, rapaz!


      Até mais!

      Excluir

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