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sexta-feira, junho 17, 2016

Análises em Geral - parte #89: Soul Calibur II e uma digna recordação...


Se existe uma série dentro do universo dos jogos de luta, que consegue apresentar uma história de fundo chamativa (tanto no título em si como cada para personagem), alinhada à gráficos extremamente bem feitos e uma OST digna de se aplaudir de pé, esta é Soul Edge/Soul Calibur, feito pela Namco. Desde a sua primeira versão, lançada ao final dos anos de 1990 para o PlayStation (e com uma edição extremamente bela para o Dreamcast), esta obra busca reter a atenção dos fandom deste estilo de jogo, justamente pela combinação dos apelos visual e de grande jogabilidade.

A Soul Edge, espada demoníaca que possui um imenso poder que pode, inclusive, "moldar" o caráter de seu usuário, estava uma vez mais liberta. O guerreiro Siegfried pensava que a mesma tinha se destruído (Soul Calibur para Dreamcast em 1999) mas, em suas andanças na busca de reconhecer os pecados praticados, ele e o citado item acabaram tendo os seus destinos cruzados uma vez mais. Tendo isto como verdadeiro, a Soul Edge tomou conta de Siegfried novamente, fazendo com que o perigoso Nigthmare ressurgisse na Terra, acumulando as almas dos oponentes e aumentando o poder da espada.

De diferentes partes do mundo, podendo desde representar novas potenciais ameaças até querer acabar com a espada demoníaca para todo o sempre, diversos guerreiros se puseram em batalha para delimitar os vossos próprios destinos (e em alguns casos, o do mundo como um todo). Este enunciado, somado ao descrito no parágrafo acima, acaba dando o enredo central de Soul Calibur II, lançado para arcade (fliperamas) em 2002 e nos consoles domésticos mais aclamados daquele momento, durante o ano de 2003.

Link, da série de RPGs The Legend of Zelda para as arenas de combate em Soul Calibur II.

Nobre visitante, está justamente na última citação do parágrafo mais acima a real razão de existir deste texto para você. Quanto se fala em consoles domésticos, a Namco resolveu "agradar" à todos da época com uma ação que acabou sendo muito benéfica e bem-vinda. Isto porque, para cada versão (GameCube, PlayStation 2 e XBox) existia um personagem novo em comum e a adesão, em caráter exclusivo de cada console, um combatente único para o sistema de entretenimento em uso. Em outras palavras, existia um personagem com o qual tu podia lutar no console da Sony que não se fazia presente no da Nintendo, por exemplo. E isto acabou chamando a atenção, na época, de uma maneira quase avassaladora.

O personagem em comum para todas as versões era uma criatura vinda diretamente da mente de Todd McFarlane. Tratava-se de um monstrengo chamado Necrid, cuja força bruta corporal (e visual) era realmente de se temer. Sua arma estava nas próprias garras, tão potentes quanto podia se pressupor. Apenas a presença de tal combatente, ao lado de nomes mais conhecidos na franquia Soul Calibur (como Cervantes, Sophitia, Raphael e Cassandra, por exemplo) já seria um ponto de grande atenção por si mesmo. Porém, como já foi enunciado antes, o jogo em pauta ainda possuía mais surpresas neste aspecto.

Para quem jogava no console da Nintendo, o GameCube, a Namco mostrou no que uma parceria bem feita poderia proporcionar. Isto porque o personagem exclusivo para tal videogame era justamente ele, o elfo Link, vindo diretamente da série The Legend of Zelda. Empunhando sua espada tradicional, o guerreiro desferia seus golpes conhecidos durante as batalhas nas quais se fizera presente em Soul Calibur II, contando com muitos movimentos de suas aventuras e, sobretudo, do arsenal à ele concebido de longa data (como a rede de pegar fadas e o útil arco e flecha). Sua música tema, vinda diretamente das aventuras do mundo de Hyrule, foi mais um ponto positivo nesta feliz (e positiva) escolha de personagem único para o GameCube.

Heihachi, um dos grandes vilões de Tekken também presente em Soul Calibur II.

Aos usuários do PlayStation 2, a Namco acabou reservando algo mais conhecido como sendo "dentro de uma área segura de escolha". Em outras palavras, a citada softhouse buscou em uma de suas séries conhecidas aquele que seria o combatente exclusivo no console da Sony. A responsabilidade para tanto coube ao guerreiro Heihachi, vindo diretamente de Tekken e fazendo uso unicamente de seus próprios punhos para lutar ante seus adversários, em Soul Calibur II. Trata-se de um personagem com boa jogabilidade, mas que acabou ficando um pouco aquém (para muitos na ocasião) sobre as expectativas do lutador exclusivo do jogo para o PlayStation 2.

Por sua vez, o console da Microsoft acabou recebendo aquele que, na ocasião, acabou sendo aclamado como a melhor investida da Namco em seu ideal. Mostrando que a parceria com Todd McFarlane iria além do que a criação do monstro Necrid, os possuidores do XBox tinham à disposição o combatente Spawn para lutar o quanto desejassem. O sombrio guerreiro, usando de seu potente armamento, tinha uma jogabilidade totalmente de acordo com o universo de Soul Calibur, sendo ele um dos lutadores mais poderosos do jogo em si. Detentor de uma áurea demoníaca, Spawn sabia chamar e reter a atenção com um estilo próprio e quase irretocável.

De toda a forma, Soul Calibur II foi um jogo que marcou época, por tudo que foi aqui citado no post e ainda um pouco além. A ideia de colocar personagens exclusivos para cada console foi deveras bem-vinda. Atualmente, existe uma versão aprimorada deste título, chamada Soul Calibur II HD, na qual tanto Heihachi quanto Spawn estão disponíveis entre os combatentes (entretanto, o Link está ausente desta vez). Nobre visitante, se tu ainda não foi apresentado à esta bela obra dos jogos de luta, aproveite quando tiver a oportunidade e desfrute de um dos mais aclamados títulos do início da década passada.

Isso é digno...

 Spawn, o poderoso guerreiro protagonizando grandes lutas em Soul Calibur II.

As aberturas de Soul Calibur II

Os personagens exclusivos em cada versão de Soul Calibur II

Até a próxima!

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