Em pauta!

domingo, março 26, 2017

[Semanal] Seiren #12 (Final): Primeiro amor


Cativante...

Possivelmente, a palavra acima citada é a que melhor resume o episódio derradeiro de Seiren, que por si já tinha uma importância dupla. Isto em razão do mesmo encerrar o arco da Kyoko e também de dar os números finais para o anime em si. E para a alegria deste humilde blogueiro, houve a dupla entrega de maneira bem positiva, mesmo com as ressalvas já aguardadas de longa data, estando estas direcionadas para os vícios que o anime tem mostrado possuir (em abundância) desde o seu primeiro episódio.

Quando se fala em Seiren, de imediato tem de vir à mente o fator ecchi alinhado ao fetiche. Por mais que o arco recém terminado tenha sido o de menor incidência das duas características citadas, ainda assim elas se fizeram presentes. Nem mesmo a Kyoko, tão recatada e quieta no seu canto, acabou sendo salva disto. Ainda assim não houve algo que tenha atrapalhado a experiência ao se assistir estas quatro episódios tendo ela como a protagonista maior, então o saldo final acabou sendo mais positivo.

Um ponto que realmente a minha pessoa tem de destacar, sobre o décimo segundo episódio de Seiren, está na sutileza com a qual foi se desenvolvendo a conversa crível entre a Kyoko e o Shoichi. Acabou resultando em um misto de inocência com humor, além da falta de tato que ambos os personagens mostraram possuir (em larga escala) para momentos sentimentais como este. Mas tudo correu muito bem, mesmo com os já tão falados vícios que acabaram aparecendo até neste diálogo tão importante e de cunho sentimental.

 A sempre quieta e comportada Kyoko.

A Kyoko é simplesmente um encanto de garota, e isto não é algo que se discuta em contrário com facilidade (ao menos não para a minha pessoa). Ela não apenas conseguiu fazer com que seu amigo de infância a olhasse de outra maneira (sem perder sua preocupação e sentimento de zelo), como a própria teve um crescimento notável como pessoa. Por sua vez, o Shoichi mostrou que pode ser um bom rapaz além de seu comportamental, incluindo nisto o fato de não se deixar levar pelos seus estranhos gostos (entenda-os como fetiches).

De toda a forma, a garota acabou vendendo os seus temores e lavou adiante a ideia de dizer o que queria ao Shoichi. O rapaz se fortaleceu, teve coragem o bastante e se declarou para a Kyoko como deveria ser. Ambos foram bem sucintos neste ponto. E neste meio tempo, o festival tinha seu prosseguimento na escola, com direito à Toru vencendo o concurso de Mamãe Noel e notar a Tsuneki estar vestida como um veado (promovendo a barraquinha que venderia espetos com a carne do mesmo animal).

Foi um belo final. De certa forma, o episódio anterior já havia preparado devidamente o terreno. O que ocorreu, agora, foi nada além do dito óbvio (mas bem trabalhado e motivador, em certos aspectos). A história da Kyoko foi a que mais agradou este blogueiro em Seiren e, se o anime não tivesse apelado tanto em seus vícios desde o início, poderia ter recebido uma avaliação final melhor. O que vale, no momento, é que o episódio foi recompensador.

Assim é que tem de ser...

Momentos...
Do capítulo final de Seiren.


Vícios #1 - a Tsuneki fazendo propaganda da barraquinha que venderia espeto de carne no festival escolar...


Riscos - o que acontece quando se come algo muito quente...


Chamada - quando chega a coragem para o Shoichi, mesmo que a Kyoko tentasse escapar...


Noel - e a Toru foi eleita a Mamãe Noel do festival escolar, com direito à pose de tokusatsu, sendo este o fator que lhe valeu a primazia...



Vícios #2 - quando uma espiada pode valer um castigo bem doloroso...


Entendimento - quando o Shoichi e a Kyoko começaram a conversar. O destino os reservaria uma boa surpresa...


Timidez - a calmaria fez a força da conversa entre a Kyoko e o Shoichi...



Resultado - o primeiro amor sorriu para ambos, naquele dócil e carismático momento...



Seiren - Episódio #12
*** avaliação: 7,5 pontos de 10,0 possíveis ***

A análise final de Seiren

O amor se fez presente em Seiren.
Momento da verdade...

Quando surgiram os primeiros informativos sobre Seiren nos grandes portais internacionais, a minha pessoa tratou de lê-los rapidamente. Os PVs liberados também auxiliaram no processo de contextualização da obra. Sendo assim, ainda em dezembro de 2016, o anime em pauta acabou sendo o escolhido para ter comentários semanais neste humilde espaço na internet. E desde então, uma frase que este humilde blogueiro sempre entoou, no que tangia a obra em pauta, é que não havia nada de grandes expectativas acerca da mesma.

Por naturalidade, tanto havia a chance real de tal falta de perspectiva quanto à Seiren acabar se confirmando, como também do anime se mostrar melhor do que imaginava-se anteriormente. Após doze episódios, o termo que melhor contextualiza esta obra é famoso "mediano". Em outras palavras, as desventuras do jovem Shoichi e as heroínas Tsuneki, Toru e Kyoko, não são do nível para uma indicação altamente positiva (algo como "veja este anime pois é bom demais"), mas sim direcionada a linhagem do "é legal em alguns pontos e não passa disto".

A premissa por detrás do anime em pauta esteve em mostrar como o protagonista central, Shoichi, se saía em tentar uma aproximação mais sentimental com as três protagonistas de arco (Tsuneki, Toru e Kyoko, nesta ordem), cada qual em seu momento e com a história voltando do zero, quando um ciclo se encerrava para outro ter o seu início. Em outras palavras, Seiren teve verdadeiramente três histórias independentes entre em si, contadas em quatro episódios para cada. Neste tipo de contagem de enredo outras obras já tiveram tal sistemática, o que não acabaou sendo grande novidade nesta oportunidade justamente por tal fato.

Um exemplo de vício onde nem a Kyoko se salvou.
Se dependesse unicamente de cada história, Seiren terminaria com uma avaliação melhor do que acabou recebendo. Cada uma das três garotas tinha um comportamento próprio, chamativo à sua própria forma, e que certamente sabia onde chamar a atenção para si. O Shoichi e elas tiveram de se descobrir a cada episódio, mostrando um crescimento pessoal destes personagens, além de deixar aflorar aqueles pensamentos e dúvidas típicos da adolescência. Ao seu modo, cada arco agradou um público em específico, o que é perfeitamente normal.

Contudo, este anime abusou demais dos seus vícios mais nocivos, ao mostrar o efeito de ecchi de maneira bem inapelável (especialmente no primeiro arco da obra). Desde pensamentos maliciosos, passando pelos fetiches do jovem protagonista e até finalizar com situações inusitadas e/ou constrangedoras, Seiren acabou perdendo pontos preciosos por ter dado prioridade para isto em vários momentos, ao invés de desenvolver melhor a história central para cada arco. Em outras palavras, o problema do anime foi o de exagerar na dosagem do seu ecchi e não por simplesmente ter tais vícios.

Tecnicamente, a obra em pauta foi bem normal e branda, tanto no seu visual como na parte acústica. Nenhum destes pontos empolgaram, mas também não atrapalharam. Não vale aqui uma menção mais trabalhada para tanto. Ademais, Seiren acabou servindo para o seu propósito ao final do todo. Na visão deste humilde blogueiro, este anime pode ser visto sem grandes empecilhos, mas não se deve esperar nada acachapante ou maravilhoso em sua história, personagens ou na parte técnica. Como já se fez citar parágrafos acima deste, Seiren é uma obra comum, mediana e que nunca tentou ir além disto.

E assim se seguiu...


Seiren
Estúdio: Gokumi (AXsiZ)  /  Origem: obra original
Temporada: janeiro'2017  /  Total de episódios: 12

*** avaliação final: 6,8 pontos de 10,0 possíveis ***


Na próxima temporada será a vez de Alice to Zouroku
clique aqui para ver a chamada

Até a próxima!

O NETOIN! está com você, no Facebook e no Twitter

[ made in NETOIN! ]

Conheça o autor do NETOIN!, visitante...
Carlírio Neto
Carlírio Neto, um fã de animação e cultura japonesa desde os anos noventa. Dramas são a especialidade pessoal. O personagem Wataru, de Sister Princess, representa bem a personalidade de minha humilde pessoa.

4 comentários:

  1. Então, os romances com as garotas seguem em linhas diferentes no tempo?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Saudações


      Na verdade é a mesma linha de tempo, porém contada de maneira independente para cada uma.

      Exemplificando melhor:
      * no arco da Tsuneki imagina-se que as histórias da Toru e da Kyoko jamais ocorrerão;
      * no arco da Toru, imagina-se que o arco da Tsuneki nunca ocorreu e que o da Kyoko nunca acontecerá;
      * no arco da Kyoko, imagina-se que os arcos da Tsuneki e da Toru jamais ocorreram.

      Em outras palavras, cada arco (com os seus quatro episódios de duração) podem até ser definidos como "três animes independentes dentro de Seiren". Um não dá sequência e nem é prequel do outro. Deve ser ressaltado que isso não impede das garotas aparecerem nos arcos das outras heroínas, mas todas as ações delas (e do Shoichi) partirão de tais enunciados já citados.

      Basta ter apenas isso em mente, nobre.


      Até mais!

      Excluir
    2. Ainda bem, porque me familiarizei com a Tsuneki, e acabei não gostando das outras. E consequentemente, irritado por ter deixado para trás a personagem

      Excluir
    3. Saudações

      Te entendo perfeitamente, nobre.

      Até mais!

      Excluir

Dê a sua opinião sobre este texto do Netoin!, visitante.

Critique, elogie, argumente sobre o post que acabou de ler.

Quer indicar alguma matéria? Fique à vontade. Esse espaço também é seu.

Expor as ideias é legal e algo bem-vindo, tenha certeza. Apenas peço para que mantenha o bom senso no que você escrever.

Apenas uma observação deve ser feita, pois não será admitida nenhuma forma de spam.

Agradecido pela sua visita e por seu comentário.

Até mais!