Em pauta!

quarta-feira, abril 09, 2014

Falando sobre o anime Magi...


O universo onde a magia é motivo de alegria e tristeza...

Saudações, amigo visitante. O NETOIN! lhe faz um convite muito sucinto e direto nesta oportunidade. Isto porque você lerá neste site, de maneira meticulosa e honesta, um post totalmente dedicado às duas séries animadas de Magi, obra esta que já fez por merecer ser aqui comentada tem longa data.

Entretanto, a incumbência de tal análise ficou à cargo de uma jovem amiga deste humilde blogueiro, que não é apenas a redatora de um dos parceiros deste site, como também em tal espaço desenvolveu os comentários semanais sobre a segunda temporada de Magi.

Trata-se da Beatriz, que atua no blog parceiro Hajimari no Sora. Ela aceitou o convite de minha pessoa e produziu um post muito interessante sobre a obra já citada. Você lerá, nos próximos parágrafos, não apenas as opiniões da jovem blogueira sobre a temática proposta, como também alguns dados técnicos de interesse estarão prontos para a sua apreciação.

Desta forma, tenha uma boa leitura.

Falando sobre Magi
por Beatriz (redatora do blog parceiro Hajimari no Sora)

Morgiana, toda tímida e sem jeito...

Antes de qualquer coisa digo olá à você, leitor do NETOIN!. Espero que o texto agrade (e pra quem não conhece a obra, sirva de indicação), e muito obrigada ao blogueiro da casa pelo espaço.

Conheci Magi pela animação que estreou em 2012 e continuou em 2013. Esta obra (que eu tive contato antes) veio do mangá, que é de 2009 e que conta com a assinatura de sua autora, Shinobu Ohtaka. O texto fala com base nas duas temporadas do anime, onde eu me sinto mais segura pra opinar. E adianto que está cheio de elogios (que eu acredito que sejam merecidos). Magi me fascinou, e foi muito bom escrever sobre e analisar.

Tenha uma boa leitura.

Enredo


Falando de magos poderosos...

A narrativa inspirada no conto Mil e uma Noites se centra em dois protagonistas – Aladdin e Alibaba - é no geral muito bem orquestrada. Justamente no aspecto do enredo que Magi se diferencia de vários outros mangás do mesmo gênero. Ele começa bem simples, introduzindo o conceito das dungeons, dos djinn e o tipo de sociedade onde tudo vai se passar, através de pequenos conflitos onde Aladdin, Alibaba e Morgiana se envolvem. Nisso tanto os personagens como o contexto vão sendo desenhados, até Alibaba ter que se separar do grupo e o primeiro arco com um pouco mais de complexidade começar.

O “diferencial” citado antes é o aspecto político que os conflitos da narrativa têm. O arco de Balbadd se baseia nisso, enquanto os outros têm esse aspecto em alguma medida. Guerra entre nações, rebeliões civis e choque de interesses são um tema incomum na ficção? Definitivamente não são, mas dificilmente vão ser tão centrais e tão próximos do real em histórias do mesmo gênero que Magi. A história te pergunta, e te dá várias alternativas possíveis: se há um rei, como ele deve reinar? Até que ponto uma autoridade tem poder sobre o povo e vice-versa?

E o mais interessante é que quem assiste é livre para responder e escolher, porque a questão é recorrente, cada nação tem seu líder e é governada de um jeito diferente. Os conflitos em Magi que mexem com os caminhos dos protagonistas não são sempre entre o bem e o mal, mas sim de interesses opostos que se chocam. Isso deixa a história instigante, porque nós não sabemos de cara o que vai acontecer nesse choque, e como os protagonistas vão lidar com isso.

Falando da união de poderes...

Na primeira temporada (Magi: The Labyrinth of Magic) esse aspecto não foi tão forte como na segunda. Ela teve um caráter mais introdutório e se focou muito mais em Aladdin, Alibaba e Morgiana como um trio, percorrendo lugares e com objetivos episódicos. No aspecto tratamento dos personagens ela foi ótima, boa parte do desenvolvimento deles ocorre nesses vinte e quatro episódios, inclusive pro Hakuryuu que se junta ao grupo no final. Também serviu pra construir as bases do que é e como se usa a magia nesse universo de vários jeitos.

Ainda sobre a primeira temporada, alguns episódios inteiros pareceram desnecessários e o final forçado, onde não vi boas lutas e não achei que encaixou com o resto da história. O começo dela, em contrapartida, é bem interessante e puxa para assistir e conhecer tudo, faz você pegar gosto pela obra.

Em Magi: The Kingdom of Magic, o universo da obra se expandiu, explorando não só Magnostadt que era o foco dos acontecimentos, mas também Kou e Leam. O tratamento do enredo foi bem melhor na segunda temporada: a impressão foi de começo, meio e fim delineados. Boa parte do que aconteceu inicialmente culminou no fim, e essa temporada foi também muito mais sucinta, enxuta. Provavelmente, porque ela cobriu apenas um arco enquanto a primeira cobriu mais de um, mas de qualquer jeito, a experiência de assistir foi melhor. O foco ficou em Aladdin (como magi, como mago, e como personagem). O clima na segunda temporada foi bem diferente, sendo mais pesado desde o começo.

Personagens


Aladdin e Alibaba.

A maioria dos personagens em Magi é bastante carismática, fácil de gostar. Mesmo que esse carisma demore a aparecer, a história sempre pega um tempo para explicar as falhas e acertos de cada um e dá a possibilidade de entendê-los por inteiro, até mesmo com os antagonistas que aparecem no caminho. A maioria dos antagonistas que tiveram participação grande na trama é um exemplo. A história tem um cuidado tão grande em não deixar nenhum personagem sem propósito e desenvolvimento, que em muitas das vezes eu me peguei simpatizando com os antagonistas (Mogamett e Cassim são o que eu tomo de base pra falar isso), e eu acho que boas histórias com bons personagens pra sustentá-la fazem isso.

Aladdin, Alibaba e Morgiana (ainda mais alguns outros personagens que estão na história desde o começo), passaram por desenvolvimento suave e bem feito. Alibaba teve um destaque maior na primeira temporada, e depois de todo o arco em Balbadd e ter sido traído duas vezes por Cassim, mudou bastante as resoluções que tinha, mas sem mudar o que era como personagem. Sua personalidade idealista e ás vezes ingênua alavanca e faz andar o enredo. Por isso ele sempre procura resolver os conflitos primeiro pela diplomacia, e por não ter nenhum poder superior e especial que os outros personagens não tenham – ele não é o tipo de protagonista abençoado com alguma virtude única no mundo. A única coisa do tipo que ele tem desde o início é a amizade e cooperação de Aladdin que foi o que desencadeou todas as mudanças que ele sofreu, e só aconteceu porque ele tomou a iniciativa.

O Aladdin, por outro lado, é mais inteligente. É ainda mais ponderado e às vezes até mais maduro (e o melhor, ele não aparenta nada disso no início). Ele está lá pra completar Alibaba e, na segunda temporada, pra tomar uma posição mais central. Aladdin é um personagem interessante porque tudo que aparece de novo sobre ele é um pouco inesperado, é muito mais do que aparenta ser. Fora o desenvolvimento, o molde que ele ganha na segunda temporada. Morgiana, muito fiel aos dois e poderosa o bastante pra salvá-los ás vezes, completa o trio.

Arte


Grandes embates desenrolaram-se durante as duas temporadas do anime...

Na arte, Magi (o anime) também não perde, em nenhuma das duas temporadas. Os cenários são muito bem feitos e bonitos de se olhar, a trilha sonora, característica, adequada e cheia de instrumentos que ajudam na ambientação. O design dos personagens também é bom, mas a autora tem um estilo muito marcado, o que deixa às vezes os personagens com o rosto muito parecido entre si. Isso não tira muito do conjunto da obra, no entanto; a riqueza de detalhes em todo o resto compensa.

A animação mantém uma média boa durante as temporadas, apesar de em alguns episódios oscilar muito de qualidade. A trilha sonora, da autoria de Shiro Sagisu (que também fez a de Evangelion, que eu gostei muito) é muito boa, abre um portão pro cenário arábico onde a série começa se passando, até nas aberturas e encerramentos. Ela é variada e característica, acho que é até um dos pontos fortes na série.

Opinião final...


Uma aventura que ainda está longe do seu final...

Em resumo,Magi vale para se assistir e/ou ler, e bastante. Dentro do gênero shounen ele se destaca. Se tornou uma obra favorita pra mim pelos diferenciais, pela riqueza de detalhes e acho até que a obra como um todo tem um carisma seu, um jeito de ir do humor à seriedade, da ação aos diálogos longos, sem perder a qualidade. A animação acabou recentemente, mas o mangá com certeza tem qualidade equivalente ou maior e vale a pena continuar acompanhando por lá.

Com isso, encerra-se a participação especial da nobre Beatriz aqui
no NETOIN!, que agradece imensamente pela sua pronta participação,
com este ótimo post sobre as duas temporadas animadas de Magi.

Link de apreciação, no blog parceiro Hajimari no Sora

Até a próxima!

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4 comentários:

  1. Só para complementar o que você escreveu. Existe uma terceira fase que é Magi: As aventuras de Sinbah. Tem na Netflix. Foi criada em 2016. Ela conta o inicio de tudo. Vale muito apena assistir. Agora quero é saber se existe uma 4 fase. Abraços a todos.

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    Respostas
    1. Saudações


      Ratificando que o texto é de 2014, nobre. Na época nem se pensava na obra indo para o Netflix. Mas agradeço pela vossa colocação.

      Mas, infelizmente não há uma quarta fase animada da obra.


      Até mais!

      Excluir
  2. magi não foi inspirado em apenas mil e umas noites árabes,também é inspirado na chave menor de salomão,todos os djins foram inspirados nesses demônios(NÃO SOU HATER,SÓ COMENTEI POR COMENTAR MESMO)

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