A capa da vez. |
A franquia Gundam é mais do que um ícone no Japão. Este mesmo nome, espalhado por quase todo o planeta, é muito representativo. Sempre que surge uma nova obra que carregue estas seis letras, a atenção se volta completamente para tal. Não é preciso que a pessoa seja fã da franquia para reconhecer sua história e importância, mas é necessário ter a atenção necessária para atrair, para si, tudo aquilo que suas obras buscam transmitir (algo que vai além de uma luta entre mechas, por mais que seja este o ponto máximo para muitos).
Atualmente está em exibição Mobile Suit Gundam: Iron Blooded Orphans. Esta obra teve início em outubro'2015 e deverá estender-se até março próximo. Os últimos boatos sobre uma nova temporada deste anime ainda não foram esclarecidos (até a publicação deste post), mas o momento é direcionado para um outro fator. Em si, este título da franquia Gundam está ganhando a insatisfação de uma parcela do fandom graças à velocidade com a qual seu enredo avança, com o adendo do desenvolvimento de alguns personagens não ser exatamente aquilo que tais pessoas podiam esperar.
É uma reclamação justa, sem dúvida alguma. Mas também digna o bastante de outros pontos de visão e compreensão, que tanto define o argumento citado (no parágrafo acima) como também pode retaliá-lo com força. Dificilmente todo o escopo da obra conseguirá ser trabalhado até o mês de março, isto sem citar o fato de que o elenco em si possui muitos pontos de atenção máxima, no que diz respeito às motivações de cada um para ali estar e, por conseguinte, a correlação existente entre os mesmos e o ambiente hostil que os rodeia.
Com tudo que se mostrou em evidência neste anime ao longo de seus dezesseis episódios exibidos, o que se tem é uma situação onde as colônias espaciais, próximas à Terra, estão em um conturbado momento social e político. As classes desfavorecidas anseiam por uma melhor situação de vida, e "a ação detrás dos panos do poder" tem elaborado algumas artimanhas em desenvolvimento paralelo, visando não apenas manipular as informações e incidentes, como principalmente erradicar qualquer possibilidade de tais reivindicações se espalharem pelas demais colônias.
Kudelia sendo vista pelas câmeras... |
A curiosidade da Kudelia sempre dividiu a Fumitan, que passou à enxergá-la com duas vertentes diferenciadas. Um lado prezava pela sua segurança e tinha orgulho da maneira com a qual a jovem se lançava para conhecer a realidade, mas o outro extremo simplesmente odiava a serenidade e a sinceridade com a quais a Kudelia se fazia apoiar. Não é difícil ponderar que a Fumitan estava sempre no limiar da fronteira entre trair a sua protegida ou apoiá-la integralmente. Por detrás disto tudo, com o adendo daquilo que se fazia ocorrer nas colônias, o desenvolvimento da Kudelia (como personagem em si) era deveras lento e pouco promissor, praticamente fazendo com que a balança de senso do anime (desde a sua primeira aparição real) se desequilibrasse quase constantemente.
O décimo sexto episódio de Iron Blooded Orphans surgiu com uma ideia clara e direta. Em meio à concepção de um colapso político e social em ascensão, a Kudelia carregava consigo a incerteza sobre as palavras direcionadas à realidade da ações da Fumitan, no capítulo anterior. Aparentemente, a jovem não tinha plena concepção de sua importância em meio à ambientação em desenvolvimento na colônia. O pessoal aliado à ela, do Tekkadan, procurava resgatá-la de qualquer ação que poderia se desenvolver contra a mesma. Não havia muito tempo para atenuantes, mesmo com o episódio tendo dedicado uma média de cinco minutos para contar do passado dela, Kudelia, com a Fumitan.
Em si, este episódio do anime pode ter servido como um estopim para que parte do elenco, em especial a Kudelia, se lancem à frente da obra verdadeiramente. Longe de ser decepcionante para este humilde blogueiro (que está apreciando muito o anime), Mobile Suit Gundam: Iron Blooded Orphans tem muito à mostrar no aparente pouco tempo que dispõe para fazê-lo. As perdas humanas, originárias de ações lamentáveis e persuasivas politicamente, podem ter dado um valor imenso para o anime em si no foco do enredo. E nisto, a Kudelia pode ser considerada, ainda mais, um tipo de força motriz para que tudo isto ocorra. A Mari Okada, quando quer falar de sofrimento e dor em seus scripts, realmente mostra não desperdiçar oportunidades para levar adiante tal afirmativa.
Momentos...
"A situação cada vez mais tensa..."
"A Kudelia nem imagina a razão dos agradecimentos/do que ocorre..."
"Existe uma razão para a Kudelia estar sendo assim carregada..."
Até a próxima!
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