Em pauta!

domingo, janeiro 24, 2016

[N! Drops] Jan'2016 #5: em Gundam, o codenome é Kudelia...

A capa da vez.
Sobre desenvolvimento de personagens...

A franquia Gundam é mais do que um ícone no Japão. Este mesmo nome, espalhado por quase todo o planeta, é muito representativo. Sempre que surge uma nova obra  que carregue estas seis letras, a atenção se volta completamente para tal. Não é preciso que a pessoa seja fã da franquia para reconhecer sua história e importância, mas é necessário ter a atenção necessária para atrair, para si, tudo aquilo que suas obras buscam transmitir (algo que vai além de uma luta entre mechas, por mais que seja este o ponto máximo para muitos).

Atualmente está em exibição Mobile Suit Gundam: Iron Blooded Orphans. Esta obra teve início em outubro'2015 e deverá estender-se até março próximo. Os últimos boatos sobre uma nova temporada deste anime ainda não foram esclarecidos (até a publicação deste post), mas o momento é direcionado para um outro fator. Em si, este título da franquia Gundam está ganhando a insatisfação de uma parcela do fandom graças à velocidade com a qual seu enredo avança, com o adendo do desenvolvimento de alguns personagens não ser exatamente aquilo que tais pessoas podiam esperar.

É uma reclamação justa, sem dúvida alguma. Mas também digna o bastante de outros pontos de visão e compreensão, que tanto define o argumento citado (no parágrafo acima) como também pode retaliá-lo com força. Dificilmente todo o escopo da obra conseguirá ser trabalhado até o mês de março, isto sem citar o fato de que o elenco em si possui muitos pontos de atenção máxima, no que diz respeito às motivações de cada um para ali estar e, por conseguinte, a correlação existente entre os mesmos e o ambiente hostil que os rodeia.

Com tudo que se mostrou em evidência neste anime ao longo de seus dezesseis episódios exibidos, o que se tem é uma situação onde as colônias espaciais, próximas à Terra, estão em um conturbado momento social e político. As classes desfavorecidas anseiam por uma melhor situação de vida, e "a ação detrás dos panos do poder"  tem elaborado algumas artimanhas em desenvolvimento paralelo, visando não apenas manipular as informações e incidentes, como principalmente erradicar qualquer possibilidade de tais reivindicações se espalharem pelas demais colônias.

Kudelia sendo vista pelas câmeras...
Neste verdadeiro fogo cruzado de incertezas e interesses, a personagem que atende pelo nome de Kudelia possui uma importância alta para o desenvolvimento do anime em si. Ela está a favor da independência da Chryse perante a Terra, o que certamente enerva as opiniões contrárias. Com a responsabilidade de zelar pela sua segurança, uma mulher chamada Fumitan tem cuidado da Kudelia desde que esta era uma criança, tendo consigo a atenção máxima para que a pequena representante da realeza não ousasse conhecer o mundo dela, como era de verdade.

A curiosidade da Kudelia sempre dividiu a Fumitan, que passou à enxergá-la com duas vertentes diferenciadas. Um lado prezava pela sua segurança e tinha orgulho da maneira com a qual a jovem se lançava para conhecer a realidade, mas o outro extremo simplesmente odiava a serenidade e a sinceridade com a quais a Kudelia se fazia apoiar. Não é difícil ponderar que a Fumitan estava sempre no limiar da fronteira entre trair a sua protegida ou apoiá-la integralmente. Por detrás disto tudo, com o adendo daquilo que se fazia ocorrer nas colônias, o desenvolvimento da Kudelia (como personagem em si) era deveras lento e pouco promissor, praticamente fazendo com que a balança de senso do anime (desde a sua primeira aparição real) se desequilibrasse quase constantemente.

O décimo sexto episódio de Iron Blooded Orphans surgiu com uma ideia clara e direta. Em meio à concepção de um colapso político e social em ascensão, a Kudelia carregava consigo a incerteza sobre as palavras direcionadas à realidade da ações da Fumitan, no capítulo anterior. Aparentemente, a jovem não tinha plena concepção de sua importância em meio à ambientação em desenvolvimento na colônia. O pessoal aliado à ela, do Tekkadan, procurava resgatá-la de qualquer ação que poderia se desenvolver contra a mesma. Não havia muito tempo para atenuantes, mesmo com o episódio tendo dedicado uma média de cinco minutos para contar do passado dela, Kudelia, com a Fumitan.

Em si, este episódio do anime pode ter servido como um estopim para que parte do elenco, em especial a Kudelia, se lancem à frente da obra verdadeiramente. Longe de ser decepcionante para este humilde blogueiro (que está apreciando muito o anime), Mobile Suit Gundam: Iron Blooded Orphans tem muito à mostrar no aparente pouco tempo que dispõe para fazê-lo. As perdas humanas, originárias de ações lamentáveis e persuasivas politicamente, podem ter dado um valor imenso para o anime em si no foco do enredo. E nisto, a Kudelia pode ser considerada, ainda mais, um tipo de força motriz para que tudo isto ocorra. A Mari Okada, quando quer falar de sofrimento e dor em seus scripts, realmente mostra não desperdiçar oportunidades para levar adiante tal afirmativa.

E assim se segue...

Momentos...


"A situação cada vez mais tensa..."


"A Kudelia nem imagina a razão dos agradecimentos/do que ocorre..."


"Existe uma razão para a Kudelia estar sendo assim carregada..."

Até a próxima!

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Carlírio Neto
Carlírio Neto, um fã de animação e cultura japonesa desde os anos noventa. Dramas são a especialidade pessoal. O personagem Wataru, de Sister Princess, representa bem a personalidade de minha humilde pessoa.

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