Heartcatch Precure!: um dos animes que formam o tema em questão...
A questão é direta o bastante para valer uma nota solo em uma edição desta seção. À bem da verdade, se nota que a cada passo ( sem um limite de tempo uma ação e outra ) as autoridades japonesas tem fechado o cerco na caça de pessoas que coloquem, na internet, animes para que outros usuários façam downloads dos mesmos.
Uma visita rápida no portal de streaming Crunchyroll foi o suficiente para atestar tal fato acima citado. Isto porque a nota presente no portal ( que pode ser aqui vista, sendo originária do Anime News Network ) dá uma clara ênfase para a última ação realizada em território japonês.
Segundo se fez constar, um homem havia colocado na internet dois episódios de animes diferentes ( Heartcatch Precure! e One Piece, sendo um episódio de cada ) sem a prévia autorização da empresa mandatária destas obras, no caso, a Toei. Investigações no local revelaram outros dados de importância, como uma imensa quantidade de arquivos ( animes ) terem sido disponibilizados na internet pelo mesmo homem estando, entre os mesmos, imagens de caráter obsceno.
É interessante notar que estas ações tem aumentado nos últimos meses. Não apenas no que se refere a encontrar pessoas que disponibilizem os arquivos na grande rede mundial de computadores, como também a presença dos mesmos em sites como o YouTube tem sido combatida ( com a retirada deles ). Está sendo enfatizado o que tem ocorrido em território japonês e que, certamente, poderá acarretar em maiores desdobramentos.
A internet é um local onde as informações são atualizadas, basicamente, segundo após segundo. Um acesso a um site, ou uma pesquisa para os mais variados fins, são ações das mais comuns à serem realizadas na grande rede. Contudo, tudo aquilo que gira em torno da chamada propriedade intelectual está ficando cada vez mais em clara evidência. Não se faz aqui um sinal de alarde, mas sim uma leve constatação dos fatos.
Para se opinar assertivamente.
[ made in NETOIN! ]
Carlírio Neto, um fã de animação e cultura japonesa desde os anos noventa. Dramas são a especialidade pessoal. O personagem Wataru, de Sister Princess, representa bem a personalidade deste humilde blogueiro. Veja um pouco mais sobre o autor do blog NETOIN!aqui. |
Deixando um pouco de lado a piada óbvia da frase "Rapaz de 40 anos" que tem no animeblade sobre esta notícia. Acredito que a questão é importante, mas até que ponto... Para quem ver anime na internet por exemplo, é fato que se um dia os uploads parassem a situação ia ficar complicada, ou todo mundo acha mesmo que é isso que bloqueia a vinda de material para cá? Agora e a questão da disseminação da cultura? É complicado ambas as frentes, pois bem verdade que ganhar dinheiro com a distribuição de propriedade intelectual de terceiros é um crime sério, mas e quanto a proibir o acesso a este material cultural? (e não me venham falar que é só todo mundo aprender Inglês ou japonês). Penso que a propriedade intelectual deve ser protegida sem dúvida, mas em se tratando de distribuição de material cultural é preciso se repensar bem sobre o assunto, pois estaremos sim sendo lesados com a perca de acesso a um tipo de cultura e entretenimento que gostamos pelo simples bloqueio comercial de algo...
ResponderExcluirSaudações
ResponderExcluir*animeportfolio: devo aqui concordar em vários pontos de seu comentário mas, se me permite assim enfatizar, alguém poderia pedir para você definir [material cultural] dentro de seu conceito.
Existem meios e meios de se ver arquivos na internet (inclusive os legais, que estão em franco crescimento). Mas a grande questão é se, realmente, as pessoas se encontram dispostas a mudar alguns conceitos e aderir à novos modelos de se ter acesso aos materiais como o presente no citado texto.
Realmente, é uma questão bem intensa esta.
Grato por seu comentário.
Material cultural a que me refiro se trata de qualquer tipo de material que represente e apresente a cultura de um país, ou grupo de indivíduos, no caso me refiro a exposição da cultura literária e visual do Japão e também, porque não dizer, do grupo extenso de pessoas que viram neste tipo de material um elemento de entretenimento que se tornou importante de alguma forma para sua vida.
ResponderExcluirCom relação ao material legal, vejo sim com bons olhos, mas em se tratando por exemplo de nosso país, ele é diminuto, pois só posso considerar material aberto ao público nacional o oferecido em nossa língua de origem, pois, como já citei de outra forma, aprender um língua diferente de nossa língua mãe é sim um grande empecilho que inviabiliza a divulgação de tal material. Além disso, se pudermos tentar se colocar no local de um país de língua ainda menos famosa, por assim dizer, como um país norte africano o material é sem dúvida ainda mais escasso (qualquer busca na internet com intuito de ver animes em qualquer língua comprova isso). Por isso a questão se torna ainda mais delicada.
O mesmo vale para outros tipos de mídias intrínsecas a cultura de um país, como por exemplo filmes e quadrinhos
Acredito que provavelmente esse cidadão acabou preso não somente por 2 episódios, mas como foi constatado, pelo fato de fazer muuuuitos uploads. Mas enfim, eu concordo em parte com os pontos de vista apresentados.
ResponderExcluirPrimeiro, temos ainda pouco conteúdo em português, para realmente fazer cair muito a nossa dependência de materiais de meios... comunitários.
Só que... os meios que existem ainda estão sendo ignorados por boa parte dos consumidores, nem só no nosso idioma. Particularmente eu não sou ainda consumidora massiva de mangás em inglês (que é um idioma que tem várias obras que desejo traduzidas) por não ter um cartão de crédito pra fazer compras fora do país =p
Enfim, tema relevantíssimo senhor Carlírio o/
Saudações
ResponderExcluir*animeportfolio: não podemos nos esquecer que tudo demandará em muito estudo de conscientização e da capacidade que as pessoas terão ( ou não ) de vivenciar um "novo meio de se usar a internet". Humildemente, consigo ver verdades nas quais concordo totalmente em suas palavras mas, para os chamados leigos ( sem a menor intenção de ofensa ) isto, talvez, não passe de uma mera desculpa graças aos "modos errados" de se definir a internet em si ( e o seu uso ). Realmente, para se pensar...
*Lilian Kate Mazaki: correta você, Mazaki. Os dois episódios foram apenas a gota d'água que faltava. Acredito que o idioma, por mais que haja quem diga e que confie no contrário, seja um sério empecilho para a maioria dos fãs de animes e mangás no Brasil. Gostei do termo [comunitários] por ti utilizado para definir a questão dos downloads de arquivos. Há um longo caminho para ser percorrido ainda, no qual ainda acredito com vontade...
Grato pelos seus comentários.