"Gao! Beam!!!". Eis a frase do Kurogane na imagem acima. |
Tsubasa Chronicle foi um anime bastante promissor que, dentro daquilo que se esperava, entregou tudo que se fazia possível ao longo de seus cinquenta e dois episódios. A obra foi exibida entre abril'2005 e novembro'2006, contou com três capítulos em OVA (Tokyo Revelations), mais dois em OAD (Tsubasa Shunraiki) e um filme (Genkijouban Tsubasa Kuronikuru: Torikago no Kuni no Himegimi). Por mais que tenha sendo divida no fandom entre insatisfações e congratulações, o anime em si acabou realizando um bom papel, conseguindo trabalhar diversos de seus temas originais ao explorar o vasto universo que se fazia cercá-lo.
Contudo, o episódio que será aqui tratado é deveras interessante, justamente no sentido de sua aparente calma ter resultado em um bom impacto (dentro daquilo que se define por diversão). De fato, o entretenimento mais do que absoluto se fez presente no trigésimo sétimo capítulo deste anime em pauta. E tudo isto por que o conhecido grupo de viajantes (Syaoran, Sakura, Kurogane e Fye) acabaram apartando em um mundo, no mínimo, curioso. Um ambiente nada hostil e mal, mas sim cercado de muita beleza e fofura para todos os lados.
Tendo como título "Mokona é um artista", este episódio foi ao ar no segundo cour do anime, em 2006. Enquanto os quatro viajantes interplanetários estavam juntos na forma mais caricata e meiga possível, o simpático ser branco e saltitante se encontrava em um sala, aparentemente de uma mansão, na qual se deparou com uma das penas da Sakura e uma estranha garota. Esta jovem por sinal era uma adoradora convicta na fina arte de criar histórias, sentir-se livre para imaginar novos universos, e o objeto de busca do citado grupo lhe conferia poderes excepcionais para tanto.
Do encontro ao Mokona surpreso, passando pelo Kurogane sendo
devorado e o mundo com os seus dias contados...
A jovem artista disse ao Mokona que, para salvar seus amigos e trazê-los novamente ao mundo real, seria necessário criar um enredo no qual eles pudessem sair daquele estado caricato. Contudo, não podia ser escrito/desenhado "qualquer coisa", pois o simpático ser teria de executar a ação com o mais sincero sentimento por eles, que residia em seu coração. Um projeto ambicioso, em tese, que acabou levando o "senhor puu" a se perder inicialmente com aquilo que via e tentava criar em cima.
Por sorte, a moça que o observava concordou com um pedido feito pelo próprio Mokona e ele pôde, então, criar uma nova estória do zero com os seus valiosos amigos. Aquele universo acabou sendo apagado e o novo enredo se desenvolveu na Terra conhecida pelo simpático mascote. Para cada viajante um papel digno e diretamente ligado ao seu contexto. O Kurogane era um professor na escola. A Sakura (e vários outros personagens que já haviam aparecido na série até então) era uma aluna dele. O Fye era um dos instrutores da instituição. E o Syaoran era um aluno transferido.
Todo o enredo, segundo a mente do Mokona, se passava no dia em que o rapaz chegava àquela escola, como um estudante transferido. Ele foi se sentar ao lado da Sakura e ela, gentilmente, se apresentou ao recém-chegado (embora tinha se recordado dele). Por sua vez, o Syaoran disse à ela que não havia a necessidade de se apresentar, pois nele haviam muitas recordações de quando ambos brincavam juntos quando crianças, com o adendo de um certo e rico sentimento sempre ter estado ao lado desta dupla.
Agora, o Kurogane é professor. Syaoran e Sakura são dois jovens apaixonados
que se encontram depois de um bom tempo. E o Fye... Bom...
O Mokona havia pensado em tudo. Ele criou um mundo (ambientado na Terra) no qual o Syaoran não iria se sentir sozinho com relação à Sakura, dando-lhes a oportunidade de se entenderem e ficarem juntos. Outorgou ao Kurogane a responsabilidade de sábio e mestre, muito disto graças à sua seriedade constante. E colocou o Fye como aquele personagem que sabe quebrar um clima nítido, e que também consegue ser muito atrapalhado. O mascote saltitante também se colocou em tal universo, de uma maneira extremamente adorável, como um tipo de robô que salvaria o mundo de uma terrível profecia (a qual o Fye foi o grande culpado em tê-la concretizado).
Contudo, o Kurogane acabou sendo um grande ícone neste episódio em questão, pois ele foi o alvo da citada profecia e acabou se transformando em um "perigoso" e "horrendo" monstro, similar ao Godzilla na essência (poderia ser ele o "Kuroganezilla") e dono de um poderoso golpe, batizado unicamente como "beam" (raio em inglês). Somado ao seu assustador "Gao" (servindo de fala única e bem chamativa) ele estava destruindo a cidade, até que ele acabou encontrando o seu fim, graças a uma certa ação ter sido realizada por um apaixonado casal levando, assim, ao encerramento da profecia e a salvação do quarteto de viajantes, de volta para a sua realidade.
Um episódio carismático, cômico e (como se pode esbravejar) muito fofo. Tsubasa Chronicle saiu por um momento de seu contexto mais linear e resolveu dar uma pausa na profundidade do seu enredo, apresentando um capítulo de relaxamento e digno de suaves suspiros risonhos ao ser assistido. A arte simplória, caricata em formato super-deformed (o conceituado SD) ajudou muito na premissa, trazendo para si a grande responsabilidade na ação deferida. Mesmo já tendo passados quase nove anos desde a sua exibição original, este episódio é digno de grande e irrefutável recordação.
E um viva para o Mokona...
Momentos...
"Estas eram as ruínas... Extremamente fofas, não?"
"Alguém fez o que não devia e o resultado final foi..."
"Gao! Beam!!!"
"Um beijo poderia salvar o mundo... Mas algo não ocorreu bem assim..."
"Puuu!!!"
"Kurogane, como dragão, sendo derrotado pelo Mokona metálico gigante..."
"Para voltar à realidade, então que seja sugado pelo Mokona metálico!"
Tsubasa Chronicle - Episódio #37
"Mokona é um artista!"
Até a próxima!
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