Em pauta!

quarta-feira, setembro 26, 2012

Confissões de um blogueiro: a vontade de estar em um anime...

 
 A Sunohara Mei parece estar curiosa...

Assistir animes é algo que minha pessoa faz há muitos anos. Existe a questão do gosto, o encantamento com cada história, com aquele personagem no qual você se identifica, tem a música que lhe toca fortemente, entre tantas outras coisas...

Enfim, são muitas as razões que podem lhe fazer assistir a um anime. Logicamente, tem aqueles que acabam entrando em um seleto grupo, que seria o das obras preferidas. É a chamada elite que cada um tem para si próprio, que se vê contente em dizer o porque gostou de tal título e gosta ainda mais de propagar a informação para os demais à sua volta.

De igual forma existem os títulos que, após serem vistos, não causam uma sensação tão impactante de satisfação. Mesmo eles possuem as suas boas características que, certamente, tendem à ficar na cabeça por algum tempo. Inclusive, até mesmo as obras que venham à ser consideradas como ruim tem similar característica. Sinceramente, é algo tão natural quanto se faz imaginar.

Ash e a Chikorita: o pokémon preferido deste blogueiro era ela...

Entretanto, existe uma questão que está intimamente ligada aos animes que são assistidos. É algo pouco comentado, quase nada explorado. Pois se trata de uma característica presa à própria mente, naqueles momentos do mais puro e sossegado devaneio mental (um sonho, um pensamento ou até um pesadelo). Em outras palavras, a ideia à ser passada está em se imaginar dentro de um anime.

Não é algo estranho, nem tão pouco surreal. Este blogueiro já se imaginou interagindo nos mais diferentes universos animísticos, lado a lado com personagens que tenham marcado algum período em especial ou que, tão pura e simplesmente, tenham fornecido um bom divertimento dentro dos animes aos quais pertencem.

Porém, o fato de se imaginar em um universo animado pode acarretar em surpresas tenebrosas e obscuras. Além disto, nem todas as experiências são satisfatórias e, em vários momentos, o papel secundário é que acaba combinando mais. Visitante, se prepare para os exemplos de interação com os quais este blogueiro já deixou passar pela mente, em oportunidades únicas... 

O sério Keitaro...

O primeiro caso disto que vem à mente é Love Hina. Sim, a obra de Ken Akamatsu que me fez dar ótimas risadas em incontáveis pontos do mangá, quando o mesmo se fez por mim colecionar em 2003. Não havia nenhum segredo ali: a história divertia, a leitura era feita com vontade (a cada página um anova emoção, por assim exclamar) e os personagens conseguiam fortalecer a proposta de divertimento lançada por esta obra.

Este blogueiro se imaginava como um visitante no Japão. Planejava ficar cerca de três dias no balneário onde se passa a história de Love Hina. Um esbarrão com o Keitaro no meio da rua selava o convite para ir até e Hinata-Sou e lá ficar durante a estadia em terras japonesas. Minha pessoa se surpreendera com uma voadora certeira que a Kaolla Su havia desferido no pobre Keitaro, ao perguntar para ele onde esteve e quem era eu.

Não há tantos detalhes, mas pode-se aqui citar que foram três dias simplesmente hilários. Em todos eles o Keitaro apanhou cerca de três vezes da Narusegawa Naru, uma vez da Mokoto, altos chutes por parte da Kaolla e altos deslizes nas escadarias e arredores da pensão. Um desastrado nato. Mas houve uma passagem de desconforto, na qual a Kaolla questionou minha pessoa sobre o porque do Brasil ter tantas bananas e o Japão não. Um momento de desconforto, deve-se admitir...

A cena mais improvável da história de Tenchi Muyo!.

Mas a criatividade mental não parou por aí. Outra obra na qual este blogueiro se viu aventurando foi Tenchi Muyo!. A série de tv Universe, para ser mais preciso.O início dos anos 2000 reservaram este anime para ser visto todas as tardes. O harém descomplicado e certeiro havia ganho a minha simpatia com a mesma velocidade que um cometa rasga o sistema solar...

Detalhes à parte, em certa oportunidade imaginei-me andando pela cidade próxima à residência dos Masaki. Até aí estava tudo bem, sem nenhuma complicação aparente. Bom, estava tudo na mais nítida ordem até o momento no qual uma explosão acabara de acontecer, atingindo a minha pessoa em cheio, no meio da rua. Ficar estirado com a fumaça à sair de meu corpo, somado aos olhos em estado psicodélico não foi uma visão das mais confortáveis...

Ayeka e Ryoko estavam brigando, para variar. Sem nenhuma novidade, por causa do Tenchi. Entretanto, o rapaz viu o incidente acontecer e ofereceu auxilio para este blogueiro, ainda "anestesiado" no chão. Levado até a sua residência, a Princesa Sasami passou à me aplicar os devidos curativos, enquanto o Tenchi chamava a atenção de suas principais pretendentes de forma bem direta. Uma sessão de desculpas aconteceu depois que minha pessoa recobrou os sentidos. Convidado para jantar, ali fiquei até o anoitecer. Realmente, pode-se dizer que o perigo havia batido em minha face...

E a Yamada não perdoa, nem um pouco...

Ainda há mais. E este consegue ser um tanto quanto mais recente, pois se fez passar no universo de Honey and Clover. Neste caso, este blogueiro era um estudante era universitário, alocado na mesma ala que Morita e companhia limitada. O problema central estava justamente ali. Ao invés do Takemoto ser o alvo central das provocações do Morita, minha pessoa servia de cobaia para a causa...

Aparentemente, neste universo a minha vida não passava de um grande turbilhão. Basicamente, todo dia o Morita aprontava alguma coisa para a minha pessoa, que não conseguia revidar como realmente deveria fazê-lo. De nada adiantava os apelos do Takemoto e da Hagu, pois cada palavra sobre isso não fazia o menor efeito no cidadão das brincadeiras.

Por fim, eu havia conseguido me formar e o Morita havia repetido uma vez mais. Nem assim houve paz. Pelo menos, já não precisava ir tanto até a universidade e só esbarrava com o cidadão muito raramente. Sair com o pessoal era um convite à diversão, mas ver o Morita ficar judiando a Hagu não era muito legal...

Zetsuboushita!

Em meio à tantas passagens diferentes, esta em especial beirou o surrealismo com maestria e muita competência. Até porque, como poderia se virar um estudante brasileiro transferido para o Japão, sem entender nada do idioma local, indo parar justamente na turma do professor Itsohiki Nozomu? Ele mesmo, o senhor mais desesperado dos animes, protagonista maior de Sayonara Zetsubou Sensei e detentor de um desejo de morte simplesmente assustador.

Na maior parte do tempo, ficar com a boca devidamente fechada era tudo que eu podia fazer naquela sala de aula, repleta de alunos únicos em suas concepções. À todo instante, sem entender uma única palavra do que tanto falavam, minha pessoa ficava simplesmente sem ação. Olhos arregalados, o suor frio caindo pelo corpo e aquele medo de que uma pergunta poderia ser feita para mim a qualquer instante...

Eis que o senhor Nozomu fez uma pergunta. É claro que naquele lugar, este blogueiro era o estudante estrangeiro que não sabia japonês. Comicamente, o professor começou a tentar fazer com que minha pessoa compreendesse o que ele tanto queria perguntar. A única coisa que ele conseguiu foi ouvir o som das risadas que ecoavam pela sala, provindas de seus enigmáticos alunos. Diz a lenda que, logo após tal fato, ele soltou a seguinte frase: "Estou desesperado! Estudantes transferidos do Brasil me deixam desesperado!". Ele teria dito isto enquanto batia com a cabeça no mapa mundi...

A maldade está apenas em quem vê maldade nesta imagem...

Amigo visitante, este post não teve o intuito de servir de atestado de insanidade mental ou algo do gênero. Este blogueiro quis, unicamente, experimentar um pouco da mais pura descontração enquanto  faz redigir um post. A escolha deste tema pareceu ser muito atrativa, uma vez que não há uma recordação (imediata) de alguém que tenha feito tal ato na blogosfera brasileira sobre animes...

Qualquer que seja o risco ofertado por um texto assim, este blogueiro admite que gostou de fazê-lo. Houve diversão e descontração mesmo que, nos quatro casos citados, a minha pessoa não tenha se dado bem uma única vez. Costuma-se dizer que isto faz parte da vida e do crescimento como pessoa...

Ficam aqui os anseios de que você tenha gostado deste texto. Aproveite a oportunidade e, nos comentários, deixe registrado algo parecido ao que foi aqui mostrado. Ou seja, se você já se imaginou dentro do universo daquele anime (ou mangá) que tanto admiras.

Até a próxima.

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O autor do NETOIN! é...
Carlírio Neto Carlírio Neto, um fã de animação e cultura japonesa desde os anos noventa. Dramas são a especialidade pessoal. O personagem Wataru, de Sister Princess, representa bem a personalidade deste humilde blogueiro. Veja um pouco mais sobre o autor do blog NETOIN!aqui.

14 comentários:

  1. Linha leitura de Love Hina coincidiu com minha época de mapper de CS.
    Tentei recriar toda a Hinata-sou no Hammer. Era um desafio ambicioso, aprendi bastante em projetar um ambiente grande, incluindo construção e terreno com vários níveis e desníveis, vários tipos de material e lidar com as texturas para eles, entre outros.
    No grosso ficou 60% toscamente completo pelo que me lembro.

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    1. Saudações

      Então ao anime lhe serviu de inspiração para tanto, Panino? Ao acaso tens o arquivo original ainda (só pela curiosidade)?


      Até mais!

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  2. Cara, adorei esta postagem!
    Magnifica, dei muitas risadas e refleti em varios pontos...

    Um post bem montado e interativo, eu já tive destes meus desvaneios também... principalmente se tratando de Pokemom. (confesso que até achei que voce iria falar dele, quando vi a imagem da Chikorita)
    Na epoca era vendo o anime e jogando o game, logo era impossivel não se imaginar dentro daquele universo, onde era eu quem enfrentava os lideres de ginasios, logo mais enfrentando o Ash na grande final.

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    1. Saudações

      Que bom que gostaste deste post, Heverton.

      O intuito era exatamente este, de divertir quem ler este texto. Ao que parece, estou começando à colher tais frutos.

      Quanto à Pokémon, realmente nunca me imaginei no lugar do Ash ou algo do gênero. Assistia o anime sim (época da Record, entre 1999 e 2001) mas nunca me imaginei envolto por aquele universo todo... E sim, a Chikorita era o meu "monstrinho" favorito daquele anime...

      A ideia está aí: instigar quem leu o post a citar aqui seus pensamentos. Sou grato à você por isto, Heverton.


      Até mais!

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  3. aaaaa isso me lembra o dialogo final de SAO entre o boss final e kirito, quando kirito perguntou PQ dele ter feito tudo isso.

    eu diria que qualquer pessoa que goste de um anime/mangá ou RPG/MMORPG "sofre" deste mal em algum momento.

    QUEM NUNCA SE IMAGINOU vivendo em um mundo diferente, “mais” emocionante e considerou o nosso mundo real entediante, estar preso ao ciclo vicioso de 'trabalho-casa,casa-trabalho' conhecer alguém/se casar/ter filhos/criar os filhos/morrer no netos/e ser esquecido nos bisnetos.

    também entra no mérito nossas leis da física, química e biologia limitadas e nosso corpo “sem graça” se comparado as façanhas de personagens do mundo dos animes/mmorpgs, logo não podemos fazer nada das varias coisas que mais gostamos nos heróis de um anime/rpg.

    enfim, é normal o desejo de "ser parte da historia" de "fazer algo realmente emocionante e grandioso" ou de "viver uma aventura que nosso mundo não oferece"... mas no fim sabemos que isso são so fantasias que temos.

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    1. Saudações

      Recebo com alegria o seu comentário, nobre Silas.

      Apenas me pergunto o porque de nunca ter feito este post antes. Até porque, tal como você bem citou, dificilmente uma pessoa nunca terá se imaginado dentro daquela história que tanto gosta ou admira.

      É algo natural... Bem natural...


      Até mais!

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  4. Sinceramente achei o post hilário e fiquei feliz em ver que não sou a única que já se imaginou dentro de um anime. XD
    Eu queria ter entrado em Yu Yu Hakusho, porque é meu anime favorito e eu seria a irmã menor de Yusuke Urameshi (a dupla das porradas). XD
    Adorei MUITO o post. :)

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    1. Saudações

      Grato por suas palavras, Kimono Vermelho.

      Yu Yu Hakusho: um dos poucos animes "porradão" que posso dizerq ue realmente gosto, muito embora não esteja nem próximo de meu top em animes. Mas sim, só de ler o seu comentário (ao dizer onde estaria em tal anime e como quem) fiquei bem curioso aqui...

      O post ter lhe soado como hilário é algo que me deixa contente. Quem sabe não apareçam mais postas inusitados como este por aqui, não é mesmo?

      Mais uma vez, obrigado pelo comentário.

      Até mais!

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  5. huehuehuehuehueuheuhe post divertido \º/
    Mas eu nunca me imaginei em um anime...quer dizer...eu acho que não. Mas já quis muito fazer parte de um ou outro, por motivos escusos, claro XD



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    1. Saudações

      Amiga Roberta, realmente este post conseguiu ser bem divertido, não é mesmo? Fugir da rotina às vezes é algo válido... Como agora.^^

      Quanto aos seus motivos escusos, bem, esta é a amiga Roberta que conheço. Sempre enigmática nestes momentos. Mas se quiseres falar quais animes seriam estes, fique à vontade.^^

      Muito agradecido.

      Até mais!

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  6. Hehehe, eu FAÇO isso ainda hoje, é parte do prazer de assistir, imaginar o que eu faria no lugar do personagem...
    Costumo fazer esse exercício em todos os animes e séries, e em mais de um papel. Coloco-me no lugar do protagonista, do rival/vilão, dos aliados, e vou imaginando como faria aquela cena ou episódio, como agiria no lugar deles. Tem muito do meu lado RPGista ai. Depois que decido qual papel mais me agrada, passo a focar só nele, mas ainda vario um pouco.
    Mas ler este post me fez perceber que, da atual temporada, eu não fiz isso com nenhum, não com o mesmo empenho. Houveram momentos em que me peguei pensando "se fosse eu ali...", mas nenhum em que tenha de fato composto um enredo, como fez aqui, Carlírio.
    Será que não fui cativado o suficiente, ou apenas me faltou o olhar afetivo?
    Dos animes que acompanhei mais recentemente, não surpreende a quem me conhece que Fate/Zero tenha sido o que eu fiz isso. Imaginei-me como um dos Mestres, e mais, com vários Servos diferentes, imaginando cada situação a que eu poderia ser testado. E que lutas eu imaginei travar...

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    1. Saudações

      Nobre Fellipe, acredito humildemente que se você não se sentiu [dentro da história] dos animes da atual temporada, deve ser unicamente porque aquele fulgor para tanto não surgiu.

      Eu poderia ter listado aqui, neste post, uns dez animes tranquilamente. Contudo, nenhum deles seriam de obras que eu tenha assistido do final de 2010 para cá. Gosto de ver animes, fato. Entretanto, o fator da imaginação prevalecer para você se situar naquele mundo tão especial é algo que, acredito humildemente, deverá demorar à ocorrer novamente.

      Se passar por um, dois, três personagens é normal. Eu preferi "me jogar" na história... Optei por ali me colocar... Aderi à esta ideia e... Estou muito contente com o resultado.

      Grato por seu comentário.

      Até mais!

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  7. Olá!!

    Pensei que eu era a única doida. Mais pelo que vejo não. Kkkkk

    Já fiz isso e ainda faço muito. É só eu "viciar" nunca série que acabo indo dormir tarde, pois fico imaginando coisas antes de dormir... e as vezes as pessoas a minha volta perceber, as vezes é difícil disfarçar, tanta a excitação!! xD

    Gostei do texto... Até a próxima!!

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    Respostas
    1. Saudações

      Que bom que gostaste do texto também, Naty.

      Realmente, foi bem espirituoso este post, não foi? Acredito que todos nós tenhamos este lado mais escondido, no qual deixamos o medo prevalecer ao invés de "por para afora" de dizer o que pensa. No caso, se imaginar dentro do universo daquele anime/mangá que é tão especial para cada um.^^

      Até mais!

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