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quinta-feira, agosto 07, 2014

Análises em Geral - parte #75: Final Fantasy IX e o adeus para uma geração...

O logo e elenco de Final Fantasy IX.
O clássico que selou o fim de uma geração...

O ano de 1998 já havia marcado muitos fãs da franquia Final Fantasy em solo japonês. De fato, pois no final do mesmo o oitavo game da série foi lançado com grande fulgor. Filas quilométricas se formaram horas antes de muitas lojas abrirem, tudo isso com o pretexto claro de obter uma cópia do, até então, supremo RPG da série para o saudoso PlayStation (em sua primeira versão). Meses após, já em 1999, Final Fantasy VIII chegara ao mercado norte-americano com uma repercussão das mais bem-vindas. Mas tudo isto não foi o bastante para que os fanáticos por este jogo ficassem extasiados.

No momento que uma conceituada revista de jogos revelou que um novo game da Squaresoft estava sendo produzido, desde épocas antes da finalização do Final Fantasy VIII, o mercado internacional da área estremeceu-se por algum tempo. Isto porque a diferença de meses entre os lançamentos do sétimo e oitavo games de tal saga não havia sido grande e, vendo apenas desta maneira, cogitar que um novo jogo com tal marca estava para chegar ao conhecimento de todos beirava a loucura e surrealidade.

Contudo, e indo contra qualquer previsão que fosse aliada da normalidade, Final Fantasy IX foi anunciado oficialmente pouco tempo após o lançamento do oitavo jogo nos Estados Unidos. O lançamento do mesmo se deu no ano 2000 nos mercados japonês e norte-americano, com os europeus recebendo o jogo em citação em 2001. Quando as primeiras imagens se fizeram presentes os questionamentos sobre tais não demoraram a aparecer. Tratavam-se de dúvidas pontuais pois, pelo modal dos personagens e apresentação dos primeiros cenários, a ideia que se fazia presumir era de que este novo Final Fantasy seria um retorno aos primórdios da série.

Uma inusitada batalha em detalhe...
De fato, foi exatamente isto que acabou ocorrendo. Final Fantasy IX tinha uma missão em especial para levar adiante, sendo que tal estava pautada no adeus da série para o PlayStation (que já vivia os últimos momentos de seu ciclo). Para que isto tivesse o efeito esperado, a Squaresoft deu ao jogo os ares clássicos que consagraram-no como um dos maiores RPGs do mundo até aquele momento. Não há o mínimo de exagero nesta afirmativa, uma vez que competir com o lançamento de Dragon Quest VII era uma tarefa das mais indesejadas e que o remake de Grandia (originalmente lançado para o Sega Saturn) também chamava muito a atenção, o que levava Final Fantasy IX a tentar reter público com a chamada ao saudosismo em sua total complexidade.

Desnecessário dizer que o nono game da maior saga de RPGs da Squaresoft não suplantou em vendas seu maior concorrente (a saga Dragon Quest com o seu sétimo jogo). Mas o enredo carismático, as alusões clássicas e o grupo irreverente de personagens em seu elenco fizeram Final Fantasy IX ter a sua merecida atenção e, porque não enfatizar, dar ao seu público o que realmente se fazia buscar.

Não é o objetivo deste post falar dos dados mais técnicos do jogo ou de fazer um passo a passo de seu enredo central, mas é seguro e importante enfatizar o porque de Final Fantasy IX ter feito por onde ser reconhecido como um grande jogo da saga. Sua estória, mesmo repleta dos clichês mais básicos possíveis, ainda cativava pela alusão ao principal herói do jogo ser um bandido (não na força da palavra, mas sim em sua profissão, um conhecido atributo de Final Fantasy) e, não obstante à isto, por apresentar um hilário soldado leal ao seu reino e uma princesa que não aceitava a maneira com a qual sua mãe adotiva levava o reino adiante. As citações vão para os personagens de nomes Zidane, Steiner e Garnet, respectivamente. A maga negra Vivi foi extremamente apaixonante. A pequena Eiko sabia aprontar nos momentos mais delicados e corretos. Freya fazia as vezes da profissão Lancer do jogo, com todos os atributos possíveis. Amarant era o silêncio (e falta de educação) em pessoa. E a Quina Queen imitava os golpes dos inimigos, fazendo um verdadeiro banquete dos mesmos para si.

Vivi, olhando atentamente para algo nos céus de Alexandria...
O enredo se desenrolava sobre uma verdadeira reviravolta no mundo, tendo por base a loucura inicial da rainha de Alexandria e encerrando-se com apelo de Kuja que, entre outras coisas, era o derradeiro inimigo na obra. Visualmente, Final Fantasy IX é considerado até hoje como um dos jogos mais belos do antigo e pioneiro console da Sony. Os personagens em SD faziam a graça saltar pela tela da televisão, sem falsa modéstia. O apelo se formava logo com este primeiro impacto. O mapa do mundo era densamente vasto e repleto de locais para visitação. É claro que os Chocobos estavam ali presentes, muito embora a utilidade dos mesmos fosse a menor dos três jogos da saga (em sua cronologia) lançados para o PlayStation.

Essencialmente, o jogo soube realmente dar um adeus simbólico e justo ao grande console da Sony do final do século vinte. Não apenas por tudo que foi descrito nos parágrafos acima, mas essencialmente por ter carregado consigo o nome de uma franquia que perpetuava-se desde a época do Nintendo (8-bits), que tinha passado com brilhantismo pelo Super Nintendo (16-bits) e que encontrou no PlayStation (32-bits) seu novo lar exclusivo por longos anos à fio. Na medida em que se avançava no jogo era possível notar, com cada diálogo e ação por parte do elenco, que Final Fantasy não apenas estava se despedindo de uma geração como também agradecia a mesma pelo seu sucesso.

É possível afirmar que, nas condições atuais, fazer o download oficial do jogo e aproveitá-lo no PlayStation 3 é uma ideia das mais agradáveis (por mais que se possa sentir a ação do tempo nos gráficos e visual do jogo em si). Mas nada que impede, na essência, o aproveitamento singular que Final Fantasy IX oferece ao seu jogador. Trata-se de um respeitoso capítulo da saga que, entre outras coisas, merece forte recomendação positiva por parte do NETOIN!.

E assim se fez Final Fantasy IX...

Zidane partindo para uma luta das mais importantes...
Dicas de leitura aqui do NETOIN!

Garnet e Zidane em um momento bem especial...
Até a próxima!

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Carlírio Neto
Carlírio Neto, um fã de animação e cultura japonesa desde os anos noventa. Dramas são a especialidade pessoal. O personagem Wataru, de Sister Princess, representa bem a personalidade de minha humilde pessoa.

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