Em pauta!

segunda-feira, dezembro 26, 2011

O mais forte está aqui: Street Fighter II Victory

O logo de Street Fighter II Victory.

Quando se vem à mente falar de eventos nostálgicos, os animes desembarcaram de forma fulminante na cabeça deste blogueiro. Mais precisamente, em uma época na qual a televisão aberta brasileira tinha um considerável leque de possibilidades dentro desta questão.

Várias são as oras que destacaram nos anos oitenta e nos anos noventa. No último período citado, tudo teve início com Saint Seiya, que inaugurou uma aguçada e forte febre entre os jovens brasileiros. Outros animes foram aparecendo nas telinhas onde, de forma até incrível, conseguiam atender à uma considerável variedade de gostos pessoais ( basta citar obras como Magic Knight Rayearth, Dragon Quest, Sailor Moon e Shurato ).

Dentre tantos animes que se faziam exibir, um contava uma das histórias mais conhecidas do universo dos videogames. Tratava-se de uma versão que era, precisamente, a mais próxima possível da realidade. Neste anime, os ditos "poderes" eram arduamente conquistados, através de muita determinação, estudo e disciplina corporal e espiritual.

Amigo visitante, esteja convidado à conhecer ( ou à se recordar ) um pouco do anime Street Fighter II Victory. Ryu, Ken, Chun Li e companhia o aguardam com muita vontade e força para demonstarr...

Conhecendo toda a trama...

Chun Li, Ken e Ryu: um trio bem jovem...

Street Fighter II Victory faz um convite extremamente sutil e chamativo. Nele, o primeiro nome de peso que se faz aparecer é o do jovem Ryu, que vive em uma das várias ilhas do arquipélago japonês. Junto de um familiar ele trabalha ao ar livre, em uma floresta. Obviamente, existia uma jovem interessada nele, que acabou sendo uma responsável indireta pela mudança na vida do jovem rapaz...

A vida de Ryu prosseguia na mais perfeita normalidade, até o dia no qual a citada jovem lhe trouxe uma correspondência. Esta era uma carta de seu grande amigo Ken, que vivia nos Estados Unidos. No envelope, um curto chamado para ir até a América do Norte, além de uma passagem aérea e um belo maço de Dólares.

Mesmo com as negativas iniciais, Ryu viajou até os Estados Unidos. E o reencontro com o Ken acabou unindo o inesperado e o saudosismo. Filho único de uma família muito mais do que rica, Ken vive ao lado do bom e do melhor. E nada melhor do que uma pequena saída à noite para revigorar o espírito combativo dos jovens lutadores...

O coronel Guile: uso da força para dar lições para os jovens Ken e Ryu...

O problema é que ambos, Ryu e Ken, depararam-se com o maior de seus adversários até então. Um coronel do exército norte-americano de nome Guile. Com uma bela surra inicial aplicada no japonês e, mais tarde, mostrando ao jovem Ken o como que se faziam as coisas na hora da luta, os dois amigos resolveram viajar pelo mundo, para aprimorar as suas técnicas e conhecer pessoas fortes...

Na primeira parada, eles acabam conhecendo uma jovem chinesa de nome Chun Li. Ela é a filha única de um investigador da Interpol, o Inspetor Dubal. A jovem moça se encarrega de mostrar a cidade para os dois viajantes, enquanto o seu pai fica preso à uma dura rotina de investigações...

Em meio à algumas confusões os três jovens acabam se conhecendo cada vez mais, partilhando experiências do fascinante universo das lutas. Até uma ida à Hong Kong valeu a pena para conhecer Fei Long, o grande astro das telas. E assim, a corrida ao encontro do mais forte teve início. Mas...

Na viagem o slogan: vamos ao encontro do mais forte!

Dhalsim: lições de como ligar harmoniosamente força e espírito...

Uma viagem que tinha, no seu escopo, servir para aprimoramento das técnicas de luta visando, inicialmente, revidar as surras sofridas pelo coronel Guile passaram à sofrer, pouco à pouco, uma grande mudança no porque de ser feita, além de passar à ganhar uma nova definição ( muito mais importante do que um revide, diga-se de passagem ).

Uma ida até a Índia fez com que os jovens despertassem para uma verdade, até então, desconhecida. Na busca pelo dito correto e pela perfeita harmonia com a natureza que os cerca, sérias provações foram feitas aos jovens Ryu e Ken...

Após conhecerem Fei Long, Ryu e Ken despertaram para o óbvio: que o mundo é muito grande, sendo que sempre deverá existir alguém mais forte do que você. Além disso, vários eventos paralelos acabaram marcando a vida dos jovens, em especial, com o envolvimento direto de uma grande organização criminosa...

Cammy: o engano caminha com ela, lado a lado...

Em solo espanhol, mais precisamente na cidade de Barcelona, o trio de jovens ( Ryu, Ken e Chun Li ) estiveram mais acerca da face da morte e do medo terrível. Tudo intimamente ligado à um estranho festival com direito ao show sem escrúpulos encabeçado pelo nativo Balrog, um usuário de afiadas garras em seu braço direito.

Pior do que isso era o fato do Dubal ter sido uma vítima da circunstância, do mais puro e ledo engano. Neste contexto, uma exímia lutadora de nome Cammy aparece como sendo a estrela da vez no anime. Em seu encalço está Mike Bison que, à mandos da anteriormente citada grande organização criminosa, busca eliminar aqueles que se atreverem à ir contra ela ( a organização ).

Vega, o homem forte da Shadaloo em sua corrupta e onipotente ambição...

O líder de tal organização era um ser dotado de poderes sobre-humanos quase únicos na face da Terra. Este era Vega, líder da organização Shadaloo, que visava o controle total do mundo. Graças à sua incrível força dizia-se como sendo um novo messias, tamanha prepotência e arrogância que exalava de sua face...

Sim, esta viagem passou à ganhar novos cursos: sérios, audaciosos, investigativos e, além de tudo, com um novo e contundente propósito. Os jovens Ryu, Ken e Chun Li passaram à experimentar novos significados para palavras como força, medo e aprendizado.

Na medida em que os eventos iam afunilando-se, Street Fighter II Victory foi colocando o seu trio de protagonistas em uma verdadeira "roda-viva". Não haviam certezas. A claridade das informações despontavam à base de certo sofrimento e angústia onde, ao menor deslize, alguém poderia se aproveitar da situação e sair com o triunfo no final...

A concentração da força...

Hadouken: a manifestação máxima do poder de Ryu.

Se você está acostumado à jogar Street Fighter e tantos outros jogos de luta, está mais do que à par sobre as concentrações de energia que podem ser lançadas contra um oponente. Em outras palavras, se faz referência direta ao que é comumente chamado de "magia" nestes jogos por seus jogadores.

Em Street Fighter II Victory, pode-se dizer que um dos pontos altos do anime foi o aprendizado submetido aos seus personagens, em especial à dupla Ryu e Ken. Desde a ida até a Índia, os jovens lutadores passaram à estudar-se mais como pessoas. Conhecer os próprios poderes passou à ser mais que uma obsessão, pois tornou-se uma real e clara necessidade.

Os poderes tendem à trazer consigo certos "efeitos colaterais" e, no enredo proposto pelo anime, tais efeitos se traduzem na cobiça e na necessidade crescente de se obter o poder máximo, independente das finalidades reservadas para o mesmo.

Ryu sob o controle do Cyber Chip: o medo estampado na própria face...

Ryu foi o primeiro à manifestar o seu poder. Diferentemente do que se vê nos jogos de luta, em Street Fighter II Victory soltar um Hadouken exigiu mais do que força de vontade por parte do jovem japonês: disciplina, determinação e concentração foram chaves determinantes na busca de tal concretização. O mesmo pode ser aplicado ao Ken, cuja manifestação de poder pôde ser vista com o seu golpe Hadou Shoryu.

Interessante notar, também, que o anime tentou aplicar a sua história o mais próximo possível de como seria em uma realidade. Tanto que, para o Ryu manifestar o Hadouken, dava-se tempo de sobra para se fazer muita coisa. Este humilde blogueiro se recorda de ter lido certa vez, em uma edição da revista AnimeDo, certa frase que resume bem isso...

Em si, o anime presenteou quem o assistiu com uma história e desenvolvimento mais do que decentes. Street Fighter II Victory pode até não ter agradado à quem não aguenta esperar para ver uma "magia" sair, mas certamente ganhou pontos preciosos pela sua execução e pelo modo como os eventos foram se encaixando.

Objetivamente

Ken e Ryu, no encontro dos mais fortes...

O anime Street Fighter II Victory foi exibido no Japão no ano de 1995, entre os meses de abril e novembro. Contou com um total de vinte e nove episódios e mostrou que é possível fazer um ótimo anime à partir de uma história baseada em um jogo de luta.

No que diz respeito à sua animação, nada deve ser contestado com veemência. O anime faz um bom papel em seus cenários e no molde de seus personagens, onde o ótimo uso de cores acabou ajudando à fazer a diferença. Na parte acústica, nenhuma música acabou sobressaindo-se, muito embora todas elas e os pequenos temas tenham total concordância com o ambiente da obra animada.

Um anime que deixou sua marca, e remete à quem na época o assistiu ( como é o caso deste humilde blogueiro ) à muitas saudades. Street Fighter II Victory não carrega consigo um troféu de melhor anime do ano ou algo do gênero, mas mostra que uma história simples pode, sim, render um ótimo anime como produto final...

Com base em tudo que foi aqui descrito, Street Fighter II Victory é um anime que merece ser recomendado. Assim que lhe for possível, aproveite a oportunidade e vá você também ao encontro do mais forte!

[ made in NETOIN! ]

6 comentários:

  1. NÓS VAMOS AO ENCONTRO DO MAIS FORTE!
    hehehehe

    Verdade, tocou num ponto interessante. Uma das coisas que eu mas curtia nesse animê era o treinamento. Deve ter algum por aí, mas não me lembro de animê que valorize tanto o esforço do treinamento quanto esse.
    Mesmo pq, oficialmente, Street Fighter mal tem história, mesmo. É uma merda confusa. Dá pra adaptar pra qualquer coisa, e eles escolheram (acertadamente) focar nisso.
    Street Fighter II V, bem lembrado, hein, Carlírio.

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  2. É um anime que eu adorava. Um dos meus favoritos da época.

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  3. Um dos meus favoritos da minha infância, Talvez o segundo, atrás apenas dos onipresentes cavaleiros.

    História cativante e cenas de ação bem feitas. Aquelas pancadas realmente entravam "tsáááá"

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  4. Eu conheci esse anime na época que eu adorava o jogo Street Fighter , eu não sabia nada de inglês e até hoje eu não sei nada de japonês então eu vivia lendo textos pra saber mais sobre a história de SF , acredita que eu até li um artigo da desciclopédia sobre o Guile a achei que era verdade? xD (LOL) Eu nem sabia o que era a desciclopédia na época , uma criança curiosa , era isso que eu era.

    Até que um dia assistindo video no you tube eu achei esse anime , então eu fui assistindo pelo you tub mesmo, o anime estava disponibilizado lá , mas parece que ele não estava completo U.U e também quando eu descobri que aquele anime não seguia a história fielmente eu perdi a vontade de assistir, é isso mesmo ,eu assisti uns 14 episódios pra perceber isso , eu não sabia a história do jogo então nem dava pra eu notar isso tão cedo xD

    Acho que um fã dos jogos prefere assistir aquele filme Street Fighter Alpha ou algum dos outros animes que são fiéis ao jogo , mas eu gostei dos 13/15 episódios que eu assisti desse anime na época que eu nem sabia o que era a desciclopedia.

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  5. Puxa eu queria que ainda passasem esses animes na tv aberta :/ parece mt legal

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  6. Como aqui em casa não pegava Manchete, Street Fighter foi, ao lado de Dragon Ball e Fly, os desenhos que me iniciaram no mundo dos animes. Pena que eu era muito novo (tinha 6 anos na época) e quase não me lembro mais dele.

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