A chamada pelo poder!
Toda a revolução clama por um herói, ou todo o herói clama por uma revolução?
A sentença acima citada busca por uma resposta. E não importa o ângulo de visão que seja aplicado para tanto, ela continuará sem uma pronta definição. E mesmo que tal exista, ela não será dada à ninguém abertamente. De certa maneira, Kill la Kill mostrou isso ao longo de seus treze episódios lançados. Contudo, o último destes soube trabalhar ainda mais este aspecto com doutrina e severidade.
A Satsuki tem as suas representações bem nítidas. O seu fascínio pelo poder não apenas desconhece limites como também procura quebrar qualquer muralha existente para tanto. A Incursão nas Três Cidades provam isso com ampla magnitude. Conquistar as escolas japonesas pode ser o passo inicial para a chegada a um território muito maior e mais amplo.
Sua própria mãe, dona de um vasto império conhecido por Revocs, tem este apelo da conquista estampado na sua testa. Segundo ela, noventa por cento dos Países do mundo (inclui-se o Brasil nisto) possui suas vestimentas à venda. A ideologia dos "macacos nus" possui uma visão levemente diferente aqui, principalmente ao ser comparada com a ideologia propagada pela Satsuki.
A Mako encrencando-se novamente...
Toda a revolução que se preze tem um líder nato à sua frente, ou então um grupo de pessoas que tenha a aptidão de comandar outras centenas e milhares ao seu lado. A Ryuuko poderia ser a candidata ideal para este cargo. A sede de vingança desta personagem, no que tange à encontrar e aniquilar a pessoa responsável pelo assassinato de seu pai, não é mais a única força motriz dela para batalhar ao lado de seu Kamui.
Mas a própria Ryuuko aparentou estar perdendo a sua gana pelo combate. Há um motivo forte demais para isto, estando o mesmo presente nos eventos do episódio doze deste anime. A dor interna dela é forte e presente. A visão dela agora está em tentar entender o que ocorreu, assimilar novas perspectivas e, de acordo com tais, seguir adiante como se deve. O Senketsu, seu fiel companheiro de tantas lutas, reconhece o sofrimento de sua aliada e tenta entendê-la.
Talvez faltasse para a Ryuuko a prerrogativa de alguém que precisasse dela, verdadeiramente, após tão duras batalhas. E quando surgiu um estranho estudante a resposta veio automaticamente. Com o nome de Nagita, este rapaz clamava pela líder de sua revolução. Uma guerra contra a doutrina da Satsuki na Academia Honnouji. Mas a dona do Senketsu estava com seu espírito combativo totalmente descrente de qualquer possibilidade de luta.
O medo da Ryuuko em exposição...
Mas a tentativa aqui é de tratar uma revolução como a própria merece. Como a prerrogativa tem valor, vale-se aqui a frase do famoso Shaka de Virgem (a referência é direta ao Cavaleiro de Ouro mais próximo de Buda, em Saint Seiya) que proferiu o seguinte dizer: "não existe justiça perfeita e nem maldade perfeita". A frase tem um poder enorme e credibilidade ainda maior nos eventos seguintes do episódio treze de Kill la Kill. Isto porque toda guerra que se preze tem um evento no qual um traidor em potencial aparece.
O Nagita estava ansioso por uma líder em seu ideal. Mas ele era a própria controvérsia disto, pois uma certa personagem se encarregou de executar um plano bem redigido adiante, de forma a fazer com que a Ryuuko caísse em uma armadilha e acabasse com toda e qualquer possibilidade de ela prosseguir batalhando. Ao menos, durante algum tempo.
Quem aqui precisa de um herói agora? Seriam os estudantes de uma estrela da Academia? Seria a família que acolheu a Ryuuko consigo? Por ventura, poderia ser a própria protagonista que, no momento, encontra-se fora de combate (e por tempo indeterminado assim estará)? Toda a revolução precisa realmente de um espelho, um modelo para seguir em frente? Não seria a própria Nui à clamar por uma revolução?
Eis quem busca a revolução...
As ações da Nui conseguem ser controversas e ao mesmo tempo totalmente compreensíveis. Esta é uma definição abstrata, estranha e, talvez, até ligeiramente incrédula e sem sentido algum. Mas é uma sentença com objetivo palpável. Tudo que a Nui quer é testar a fúria da Satsuki, pois no presente momento ela sabe muito bem onde e como provocá-la com cem por cento de seguridade. Entretanto, a regente maior da Academia Honnouji não parece disposta a entregar tudo com facilidade.
La vie est drôle! Sim, a vida pode ser bela. A revolução pode ser majestosa. Tudo poderá resultar em eventos chamativos, preciosos e únicos. Aparentemente, Kill la Kill está bem disposto à mostrá-los, nobre visitante...
"A Satsuki aparenta não estar à fim de perdoar ninguém..."
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"A Nui não perdoa nada nem ninguém..."
Até a próxima!
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Olá, Carlírio!
ResponderExcluirAntes de tudo quero frisar que adorei a fluidez desse episódio! Sabe quando alguém te conta algo tão bem que coloca só os detalhes que realmente interessam? Então... Eles conseguiram!
Sobre a discussão, primeiro queria falar do suposto revolucionário nomeado Nagita. No começo, eu queria que ele fosse um personagem fixo. Sério. Gostei de sua presença na estória. E foi aí que percebi o quão grandioso a série vem sendo. Quando foi revelado o propósito do personagem, comecei a pensar de como o autor vem trabalhando bem a personalidade de cada indivíduo, as relações e as motivações. Pois é, meu Hype cresceu depois desse episódio!
Quanto à discussão em pauta, o final do capítulo deixou tudo isso em aberto. Eu acrescentaria mais em suas perguntas finais: se precisamos do herói para uma revolução, que tipo de herói precisamos? Eu apostaria em algo menor. Ryuko não me parece uma líder de revolucionários, e sim, um dos revolucionários. Se fosse uma manifestação (pra pegar como exemplo), ela estaria lá no meio, gritando com todos. E é nesse momento que a Satsuki te completaria (só uma suposição, ok?).
Obs.: Era clarividente que essa interação entre Ryuko e Satsuki aconteceria, mas até isso me pegou de surpresa.
Obs.2: Carlírio, estou esperando impressões mais completas sobre o 1º episódio de Nagi no Asukara da nova cour, haha. O que já posso te dizer é que minha 1ª impressão foi a melhor possível!
Abraços.
Concordo com o que o Pedro colocou acima, também comecei a gostar do Nagita, mas ver que tudo não passou de um disfarce, me deixou ainda mais entusiasmada com as infinitas possibilidades que o enredo reserva para Ryuuko-tan. Também não vejo a Ryuuko como líder, mas uma revolucionária sim que tem o espirito bravo e aguerrido. Eu só não contava com mais esta queda; ela que já estava com a moral baixa, vai ficar ainda mais pra baixo, mas isto tudo será importante, creio eu, para sua construção em alguém mais resistente. Minhas maiores preocupações são: SENKETSU! Alguém precisa salvá-lo!
ExcluirQuanto ao tema do post, eu acredito que sim, toda revolução, movimento, etc, precisa de um rumo, uma liderança, um objetivo. Pessoas quando se juntam em grande número, não diferem muito de ovelhas. E estas precisam de um pastor ou a causa se torna dispersa e sem um objetivo central. Em outras palavras, a causa acaba se perdendo no meio do caminho.
Saudações
ExcluirNobre Roberta, muito embora eu concorde com a definição dada por ti para o conceito de revolução (a parte do rebanho está me levando à reflexão neste momento), digo que agi de maneira totalmente proposital para tais questões sobre o mesmo neste post.
Pode-se aqui conotar que os eventos ocorridos neste episódio me levaram à crer nisto. Mas a prerrogativa quanto à continuidade da obra está totalmente em aberto e, creio eu, logo haverão outras temáticas para serem comentadas.
Até mais!
Saudações
ExcluirNobre Pedro, eu concordo que uma rebelião/revolução clama por um líder (ou um grupo de pessoas dispostas à tanto). Entretanto, a tangente das questões por mim levantadas é esta mesma: saber até aonde o opinativo pode chegar, ser mensurado qualitativamente e assim conduzir as possibilidades que o plot está oferecendo para o prosseguimento da obra em si.
O tipo de herói, creio eu, varia com o momento, a causa e a circunstância. A história da humanidade na Terra tem provado isso até então. Não dizer, com assertividade e sinceridade, sobre até que ponto uma obra como Kill la Kill (por exemplo) poderá trabalhar este tema. Mas anseio em ver o prosseguimento disto para distinguir, com alegria ou tristeza, sobre até aonde minhas perspectivas foram atendidas (ou não).
Sobre Nagi no Asukara: estou no aguardo do próximo episódio para poder comentar o retorno do anime de forma bem sincera. A obra tem me agradado desde o seu início e, agora, está chamando a minha atenção ainda mais...
Obrigado pelo apoio.
Até mais!