Em pauta!

quinta-feira, dezembro 18, 2014

[N! 8 Anos] Vislumbrando o mundo dos mechas!

O logo oficial.
É a vez dos robôs gigantes invadirem este espaço na internet...

O aniversário se aproxima de sua data oficial. É bem verdade que a data é digna de comemoração, mas dividir este momento com todos é ainda mais gratificante. Esta é a razão de ser destes posts especiais, que buscam mostrar o quanto o ganho de conhecimento e a curiosidade com tal podem estar atrelados a um momento festivo como este.

E desta vez, naves arrebatadoras estarão invadindo o NETOIN!. Sejam seres interplanetários buscando a dominação da Terra, os humanos indo explorar o universo ou os terráqueos apenas defendendo-se de si próprios, o gênero mechas em animes é sempre alvo de intensa troca opinativa. E para esta ocasião, nada melhor do que uma nobre que entende da área para dissertar sobre o tema.

Por isto, a convidada da vez é a nobre Nayara, administradora do blog parceiro Alchemist Nany, que tecerá nos parágrafos mais abaixo suas palavras e ideias sobre o gênero mecha em animes. É chegado o momento do conhecimento, pois você lerá um pouco da história dos mechas no Japão, as temáticas inclusas em tal e até receber ótimas dicas sobre quais animes assistir, visando uma experiência maior e positiva na área. Com certeza, mais um texto de respeito à aparecer nesta humilde casa na internet.

Desde agora, nobre visitante, tenha uma boa leitura.

Vislumbrando o mundo dos mechas!
por Nayara, do blog parceiro Alchemist Nany

O esquadrão de prontidão.
Olá, caro leitor do NETOIN!, blog este que está completando 8 anos em 2014! Tudo bom com você? Sou a Nany-chan, administradora do blog Alchemist Nany, que volta a este endereço eletrônico com muita alegria, visto que minha primeira aparição aqui foi ao escrever uma opinião franca sobre To Aru Kagaku no Railgun S, meu amorzinho de 2013. Hoje, a fim de colaborar com as celebrações de um dos maiores aniblogs do Brasil, retorno a casa para falar de outro amor que tenho em meu coração: animês mecha. Pronto para entrar no robô e voar por galáxias distantes?

Uma breve história de como tudo começou…

Uma visão direta.
Nos meados dos anos 60, o Japão estava praticamente recuperado das consequências devastadoras deixadas pela Segunda Guerra Mundial (1939 a 1945), e entrou em um período econômico crescente devido ao desenvolvimento científico e tecnológico. Porém, talvez isso só tenha se tornado incontestável ao mundo quando Tóquio sediou os Jogos Olímpicos em 1964, pois a fim de receber inúmeros espectadores para este evento esportivo, era necessário que o país investisse em infraestrutura e modernizar sua capital. A resposta veio através da criação do Shinkansen, o trem-bala, que iniciou a transformação de Tóquio para uma grande metrópole e provou que os avanços tecnológicos japoneses estavam apenas começando. Osamu Tezuka percebendo isto em solo nipônico, provavelmente viu uma inspiração para nascimento ao primeiro anime no Japão, Astro Boy, do qual mostravam humanos e robôs vivendo em uma civilização futurista.

Por outro lado, também víamos o nascimento dos famosos tokusatsus, séries de TV com efeitos especiais centradas em monstros kaiju, heróis gigantes e veículos de tempo-espaço. Os tokusatsus acabaram conquistando o público infantil com a ideia de heróis e vilões gigantes, sendo também uma grande influência para a evolução das animações com robôs. A grande reviravolta veio em 1972 com o anime Mazinger Z, baseado em um mangá de Go Nagai, que juntamente com Kidou Senshi Gundam de Yoshiyuki Tomino em 1979 ratificou o nascimento do gênero mecha, em que nos deparamos com robôs gigantes que são controlados e pilotados por humanos. Lembrando que a palavra mecha (メカ) vem da abreviação de mechanical.

Por que os japoneses gostam tanto de mechas?

Um embate majestoso.
Primeiramente, é válido lembrar que o gênero mecha é um sub gênero da ficção científica, que sempre procura retratar contos imaginários futuristas e que de certa forma acabam influenciando o curso que muitas pesquisas podem tomar, além de procurar conectar o campo tecnológico com o entretenimento. É inegável que atualmente um dos países que mais se destaca no desenvolvimento de robôs é o Japão, além de ser um dos mais desenvolvidos se tratando de tecnologia, o que torna toda essa busca por conhecimento robótico, tecnológico e científico algo parte de sua cultura, que muito provavelmente foi influenciado por nossas queridas animações de robôs gigantes.

As crianças que nasceram na primeira geração dos animês de TV não só foram educados por pais que viveram a Segunda Guerra Mundial, mas também cresceram em um ambiente de fascinação por armas militares misturadas com tecnologia. Certamente, Tomino e muitos diretores de animação perceberam isso criando um forte desejo em contar uma história onde robôs gigantes poderiam ser usados como armas, além de resgatar memórias de uma guerra dolorosa que roubou a juventude de muitos, mas que se fez necessária para o país crescer em grande escala.

Quais as principais características do gênero mecha?

O espaço sempre em franca evidência.
Animês mecha têm em sua essência a responsabilidade em contar e recontar o drama que uma guerra pode trazer, mas dentro de inúmeras batalhas, heróis sempre aparecem dando a crianças mensagens singelas de persistência, esperança e todos os atributos necessários para superar um determinado problema de dimensão épica. Em geral, alguns elementos repetidos dentro do gênero são colônias espaciais que existem para expandir terráqueos pela galáxia, confrontos militares e políticos, alienígenas ou seres místicos como inimigos, mortes, drama, e muitas vezes, bom desenvolvimento de personagem, pois o piloto protagonista precisa disso para tornar-se um herói para sua nação, colônia ou raça.

Se tratando dos robôs, poderíamos dividi-los em dois grupos: real robots e super robots. Os real robots são aqueles robôs que têm seu poder concentrado em armas ou ferramentas desenvolvidas através do uso da ciência e tecnologia como rifles, escudos ou espadas. Já os super robots seriam aqueles que possuem vontade própria ou têm poderes super especiais normalmente ligados ao sobrenatural, magia ou alguma fonte aleatória de energia que dá força para o mecha se movimentar. Com o passar do tempo, fazer uma distinção entre um e outro se tornou complicado, pois a maioria dos mechas de hoje acabam tendo características de ambos, causando até inúmeras discussões e incertezas do conceito de cada um. Mas para diferenciá-los com mais segurança, nada melhor que se basear em exemplos. Um bom exemplo de real robot encontra-se na franquia Patlabor, em que os robôs são apenas equipados com armas das quais a polícia japonesa usa em combate e jamais se moveriam sem um piloto; exemplos de super robot são mais fáceis de encontrar, mas de longe Gurren Laggan é o melhor exemplo, pois se a obra é nonsense por si só, o mecha da animação só poderia ser baseado em poderes sem explicações lógicas.

Por quais animês devo começar minha jornada com robôs?

A beleza em prol da batalha.
Apesar dos animês mecha seguirem certo padrão, obviamente algumas obras acabam se destacando por peculiaridades as fazendo inesquecíveis e clássicas. A franquia Gundam possui inúmeros universos paralelos além do Universal Century, que é a linha temporal considerada mais importante. De modo geral, Gundam mostra uma guerra entre duas Federações com pensamentos distintos, mas onde ambas utilizam Mobile Suits para concretizar seus planos ao mesmo tempo em que defendem interesses próprios. É uma intensa trama política repleta de reviravoltas, mortes, sacrifícios e um piloto herói. A melhor maneira de mergulhar na franquia é iniciar pelo clássico Kidou Senshi Gundam (1979), porém, este possui uma animação da época e aquém do que estamos acostumados nos dias de hoje podendo trazer certo desconforto a muitos. Portanto, caso queira começar sua “graduação” em Gundam vendo algo de melhor qualidade de animação o ideal seria assistir Mobile Suit Gundam Unicorn (2010), pois o mesmo também faz parte do U.C. ou Mobile Suit Gundam Seed (2002), que tem algumas características do primeiro Gundam, apesar de cada um seguir sua trama de formas distintas.

Agora se romance for seu ponto forte, nada melhor que assistir a franquia Macross de Shoji Kawamori. Além de um intenso triângulo amoroso, o espectador verá que a cultura e a música também podem ser usadas como armas para derrotar os inimigos, fazendo da franquia uma obra de ficção científica única. Para começar, há duas opções certeiras: assistir o clássico Choujikuu Yousai Macross (1982) ou Macross Frontier (2008), que é uma homenagem de 25 anos à série clássica e tem elementos muito similares ao primeiro Macross. Todavia, o melhor caminho seria assistir ao filme Macross: Do You Remember Love? (1984) que consegue ser igualmente incrível ou até melhor que a série de TV, e caso goste assista o animê de 1982. Se a animação vir a incomodar, tudo bem, assista a série de TV de Macross Frontier e os dois filmes, afinal, você não vai querer perder as composições musicais que Yoko Kanno fez à obra, vai? Além disso, ainda temos May’n emprestando sua bela voz a idol Sheryl Nome e Megumi Nakajima dando vida a princesa de Galia-4 Ranka Lee. Resumindo: depois que você terminar a leitura deste texto, assista Macross! É uma ordem! Desculpe, mas é uma de minhas franquias preferidas de animê, não resisti ser mandona.

Uma ilustração digna.
Neon Genesis Evangelion (1995) tem seus méritos por ser um animê psicológico e de drama profundo criado pelo mítico Anno Hideaki, mas como também faz parte do gênero mecha, não poderia deixar de citar. Entretanto, não recomendaria assistir Evangelion apenas por ser um clássico mecha, recomendaria assistir porque é um clássico dos animês! Daqueles que qualquer otaku deve assistir! Maratone a série de TV, assista aos filmes Death & Rebirth (1997) e The End of Evangelion (1997) e vá para a quarteto de filme sob o título Rebulid of Evangelion (entre 2007 e 2015). Faça o caminho completo até o fim e nesta ordem, senão não compreenderá a essência e a grandeza da obra.

Além destes citados acima, seria interessante conferir: Mobile Police Patlabor (1989), Magic Knight Rayearth (1994), Ghost in the Shell (1995), Martian Successor Nadesico (1996), Tenkuu no Escaflowne (1996), FullMetal Panic! (2002), RahXephon (2002), Sousei no Aquarion (2005), Eureka Seven (2005), Code Geass (2006) e Tengen Toppa Gurren Lagann (2007). Da década da qual estamos, facilmente recomendaria dois animês prontamente: Ginga Kikoutai Majestic Prince (2013) e Sidonia no Kishi (2014). Majestic Prince é ótimo por resgatar o puro entretenimento em um animê mecha mostrando batalhas extremamente empolgantes e bem animadas entre robôs, além do núcleo principal de personagens ser carismático e o protagonista ter um sonho simples: querer se tornar um herói. Sidonia tem destaque por ser FullCG proporcionando uma aventura no espaço ainda mais encantadora, que é repleta de mistérios e drama.

Animês mecha teriam espaço no Brasil?

Um olhar mais para frente.
Infelizmente não. Como você pôde ver no início do post, os japoneses têm uma forte conexão com o gênero devido a estar fortemente ligado culturalmente e historicamente com os nipônicos, portanto mesmo que mecha fosse sucesso no Brasil, certamente não chegaria nem aos pés do que representa para o Japão. Aqui acolhemos bem os tokusatsus, seja o saudoso Kamen Rider ou até mesmo o “sentai” americano Power Rangers, mas animês mecha clássicos seria complicado. Poderíamos citar que Code Geass conquistou fãs, mas somente idolatram o animê por Lelouch ser um protagonista diferenciado, não porque Lancelot é um robô com qualidades interessantes de batalha. A robótica definitivamente não é um dos grandes amores do público otaku brasileiro em geral, mas sempre temos exceções e hoje vim até aqui para servir de exemplo.

Evangelion em evidência.
Por fim, gostaria de agradecer ao convite que Carlirio-onii-sama fez a mim. 
Mais que um irmãozão, é um blogueiro admirável e valente. 
Que o NETOIN! possa manter-se por muito tempo na blogosfera animística 
trazendo inúmeros conteúdos para todos os gostos! 
Parabéns, Carlirio! Parabéns, Netotin! Parabéns, NETOIN! 
Muitas felicidades e muitos anos de vida!

A minha pessoa recebe com muita alegria este post feito com carinho pela 
nobre amiga Nayara, que realmente mostrou o quanto ama o gênero mecha. 
O NETOIN! agradece e muito por este verdadeiro presente. 
Caro visitante, aguarde um pouco mais pois ainda terá mais 
posts especiais para você ler e se vislumbrar por aqui.

Até a próxima!

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[ made in #netoin8anos ]


Conheça a convidada do NETOIN!, visitante...
Carlírio Neto
Nayara, a garota que por onde passa deixa no ambiente aquele ar de ternura e pura descontração. O poder da mahou shoujo com um quarto de sangue japonês. Criadora do blog parceiro Alchemist Nany.

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