Em pauta!

sábado, dezembro 13, 2014

[N! 8 Anos] Iniciando no mundo das Visual Novels...

A chamada oficial do período festivo.
O primeiro guest post especial...

O oitavo aniversário do NETOIN! será comemorado oficialmente no próximo dia vinte e dois. Porém, muitos posts de convidados bem especiais aparecerão até lá, cada qual contribuindo com um tópico ou uma temática à parte, na qual domine ou que então possa engrandecer um assunto de momento com a própria opinião. Será um trabalho similar com o apresentado nas comemorações do sétimo aniversário em 2013.

E para dar início à tal empreitada, a primeira pessoa à aparecer aqui é um dos redatores que forma a dupla vencedora de um dos blogs parceiros desta humilde casa. Trata-se de um rapaz centrado, amante dos enredos com conteúdo e também de personagens que saibam aflorar os mais belos sentimentos nas pessoas. Entre suas obras favoritas estão aquelas que pertencem à família Monogatari, sendo esta o real escopo para a nomenclatura do blog no qual ele participa.

Em certa oportunidade passada, tal dupla já fez uma grande contribuição aqui no NETOIN!, mas na presente ocasião o rapaz atuará de maneira solo. E o assunto em pauta será um estilo de jogo chamado visual novel, ramo este no qual ele entrou recentemente e que tem se encantado com o mesmo. Sem maiores delongas, se fez chegar o momento no qual você é o convidado de honra para apreciar o primeiro post da série de especiais, em comemoração ao oitavo aniversário deste humilde blog.

Tenha uma boa leitura.

Visual Novel – "A Narrativa Encantadora"
por: Raigho, do blog parceiro OtomeGatari

Arte da novel Umineko no Naku Koro ni para PlayStation3.
Olá para você! Me chamo Raigho e escrevo no OtomeGatari, ao lado 
da inigualável Marcela. Tempos atrás fiz um texto sobre Monogatari para meu 
nobre amigo Carlírio, mas hoje o assunto é visual novel. Descobri uma paixão ardente 
por essa mídia de valor elevado e, aceitando o convite, escrevo um humilde texto 
sobre o porquê deste tipo de jogo ter me fisgado completamente. 
Espero que você possa apreciar o texto e novamente agradeço ao grande convite.

Sempre fui um amante de livros. Sempre os idolatrei e este sentimento nunca mudará. Livro é algo fascinante. Milhares de palavras, cenários, personagens, diálogos e muito mais. Talvez soe estranho pela forma como estou colocando, mas você entenderá em breve. Meu encontro com a mídia de valor elevado ocorreu por “osmose”, algumas amigas minhas estavam comentando frequentemente sobre um tal de Dramatical Murder e como era uma história ótima.

A grande questão era o fato desse jogo ser um boys love, coisa que particularmente me deixou receoso. Ainda assim, resolvi ler/jogar para ver o que aconteceria. Me disseram que tal jogo tinha uma história muito boa e nesta frase confiei. Fiquei realmente surpreso pela qualidade do enredo em si. Eram tantos pequenos detalhes, como o estilo do menu, as CGs/Backgrounds, o áudio e a dublagem incríveis. Nesse instante tive certeza que aquele estilo de narrativa seria o meu novo xodó.

Uma cena da visual novel Umineko no naku Koro ni.
Eu afirmo que o estilo visual novel não é exatamente receptivo aos novatos. São longas horas (ou não, dependendo da história), que por vezes tem um ritmo bem mais lento (não que seja ruim, pelo contrário) na construção do clímax. Muitas vezes não se tem dublagem, o que deixa essa mídia ainda mais semelhante aos livros. Mas posso garantir que após o período inicial, acostumar-se não chega a ser difícil e a experiência acaba se tornando algo primoroso.

Contudo, existem alguns jogos nos quais as pessoas nem percebem e estas se encaixam na mídia de valor superior. Por exemplo, temos a série Phoenix Wright que contém elementos de investigação, mas em essência não deixa de ser uma visual novel. O termo preciso seria algo como adventure game, pois sua base não é apenas na narrativa, uma vez que ela depende também da interação do jogador. Danganronpa é outro exemplo de adventure game.

Algo que me incomoda (e muito) é que quando costumo recomendar alguma visual novel e a pessoa simplesmente olha, vira, para então perguntar se demora muito para terminar. Não sou necessariamente um gênio letrado, mas creio que as pessoas não comecem um livro pensando que horas ele vai acabar (a não ser que você esteja sendo obrigado a ler, o que é bem diferente). Julgo ser extremamente frustrante obter essa resposta. Pessoalmente não começo algo esperando o momento “em que o enredo melhora” ou “quando fica animado”. A narrativa não começa em seu ponto alto, mas a crescente velocidade consegue ser logo sentida.

Uma cena da visual novel Umineko no naku Koro ni.
Frases como a seguinte são bem comuns: “Não quero ler isso não. Tem sexo aí, a história fica horrível.”. Compreendo o ponto de vista, mas não creio que funcione assim. A palavra eroge (erotic game) é muitas vezes usada como outro termo para visual novel e isso não é demérito algum. Quando se lê uma  obra da mídia em pauta é comum encontrar cenas de sexo que podem ser facilmente puladas segurando a tecla “Ctrl”. Sendo bastante franco, as versões “all-ages” (designação feita para designar como jogo livre para todas as idades) e outras que não tem sexo boa parte das vezes são quase aliens para os japoneses.

No fundo, fica claro que uma visual novel tem muito do famoso “self-insert”. Certos jogos o protagonista não tem voz justamente para isso, você se inclui naquele lugar do personagem, é você quem está ali dentro da tela. Ninguém é obrigado a gostar disso, é só você esquecer que esse aspecto existe e a história se torna completamente apreciável.

Enfim, o meu ponto é que essa mídia tem de ser respeitada e vista (isso dizendo no geral) com menos preconceito. Ela tem seus próprios méritos, suas qualidades e defeitos. O meu apelo é para que, caso você assim deseje, ofereça uma chance a essa mídia. Digo de coração, vale muito a pena, é impossível não se encantar.

Encerro por aqui o meu texto para comemorar esse momento tão especial. 
Espero que você tenha gostado do texto e achado a leitura bem proveitosa.
Até qualquer dia.

Uma cena da visual novel Umineko no naku Koro ni.
Assim terminou o primeiro post especial da campanha [#netoin8anos].
Minha pessoa agradece ao nobre Raigho pela primorosa participação.
Nobre visitante, aguarde pelos próximos textos que aqui aparecerão.

Até a próxima!

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[ made in #netoin8anos ]


Conheça o jovem convidado, visitante...

Raigho, o ser eternamente apaixonado por Monogatari e pelas visual novels como um todo. Aquela pessoa que passa o ar de alegria no ambiente quando mais se precisa!

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